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04/12/2004
-
16h55
ANIA TSOUKANOVA
da France Presse, em Kiev
O dia 26 de dezembro foi oficialmente escolhido hoje para o segundo turno da corrida presidencial na Ucrânia entre o opositor pró-ocidental Viktor Yushchenko e o primeiro-ministro pró-russo, Viktor Yanukovich.
O segundo turno das eleições de 21 de novembro, vencido por Yanukovich, foi anulado devido às graves fraudes cometidas e denunciadas pela oposição.
"Esta decisão é definitiva e não se pode apelar", anunciou ontem a Comissão Eleitoral Central, explicando que o segundo turno seria realizado no dia 26 de dezembro.
"A organização de uma nova votação em três semanas é difícil, porém possível", declarou Andriy Mahera, um membro da comissão.
Esta decisão deveria ser ratificada pelo parlamento em uma sessão neste sábado e depois assinada pelo atual presidente, Leonid Kuchma, mas os deputados não conseguiram alcançar um acordo para votar as mudanças na lei eleitoral e na Constituição com vistas ao segundo turno eleitoral.
A oposição se recusou a apoiar a resolução apresentada pelos deputados pró-governo que queriam vincular as mudanças a uma reforma constitucional, reduzindo os poderes do presidente.
O projeto de reforma constitucional, que foi submetido à votação dos deputados, previa reforçar os poderes do primeiro-ministro e do parlamento em detrimento dos do presidente.
A oposição continuou hoje bloqueando a sede do governo apesar de ter dito que suspenderia o sítio aos edifícios governamentais.
O primeiro-ministro ucraniano pró-russo, Viktor Yanukovich, confirmou sua participação no novo segundo turno das eleições presidenciais, ordenado pela Suprema Corte, em declaração transmitida no sábado à imprensa local, mesmo que tenha sustentado que acredita que a decisão viola a Constituição.
Por sua vez, o presidente ucraniano Leonid Kuchma pediu hoje a organização "com urgência" de uma mesa redonda com os mediadores estrangeiros e a oposição para impedir "que se agrave a situação", informou um comunicado da presidência.
Em uma conversa telefônica com o premiê holandês, Jan Peter Balkenende, que atualmente ocupa a presidência da União Européia, Kuchma disse que "praticamente nenhum dos acordos alcançados durante a última mesa redonda [no dia 1º de dezembro] foi respeitado pela oposição".
"Isto fez com que se agravasse a situação", disse o presidente, segundo o comunicado. Kuchma "destacou a necessidade de organizar uma nova mesa redonda para discutir a aplicação das decisões tomadas na mesa redonda anterior".
Os mediadores estrangeiros, em especial o presidente lituano Valdas Adamkus e seu colega polonês Aleksander Kwasniewski, que deviam deixar neste sábado Kiev e que estão na capital para ajudar a oposição e o governo na mudança da lei eleitoral, adiaram sua viajem para segunda-feira (6).
Uma nova mesa redonda, com os mediadores europeus e russos, terá lugar na próxima segunda-feira em Kiev para facilitar as negociações da oposição com o poder, revelou mais tarde a presidência do país.
O atual presidente, Leonid Kuchma, manteve uma conversa telefônica com o chefe de governo polonês que fixou um acordo para celebrar a nova rodada de negociações na capital ucraniana.
Kuchma também falou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a crise política na Ucrânia e concordaram que o presidente da Duma --Câmara baixa do parlamento russo--, Boris Gryzlov, viaje a Kiev como representante de Moscou na próxima mesa redonda.
Por sua parte, Jan Kubis, o secretário-geral da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) chegou no meio da manhã à capital ucraniana.
A decisão do alto tribunal é esperada desde que a equipe de Yanukovich também interpôs uma ação por fraudes cometidas, segundo ele, nas regiões ocidentais e favoráveis a Yushchenko.
Ucrânia, submetida a um crise que ameaça a unidade política do país e paralisa sua economia, espera uma solução pacífica que parece inalcançável devido às profundas diferenças que existem entre o poder pró-russo e a oposição liberal.
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Ucrânia volta às urnas em 26 de dezembro
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da France Presse, em Kiev
O dia 26 de dezembro foi oficialmente escolhido hoje para o segundo turno da corrida presidencial na Ucrânia entre o opositor pró-ocidental Viktor Yushchenko e o primeiro-ministro pró-russo, Viktor Yanukovich.
O segundo turno das eleições de 21 de novembro, vencido por Yanukovich, foi anulado devido às graves fraudes cometidas e denunciadas pela oposição.
"Esta decisão é definitiva e não se pode apelar", anunciou ontem a Comissão Eleitoral Central, explicando que o segundo turno seria realizado no dia 26 de dezembro.
"A organização de uma nova votação em três semanas é difícil, porém possível", declarou Andriy Mahera, um membro da comissão.
Esta decisão deveria ser ratificada pelo parlamento em uma sessão neste sábado e depois assinada pelo atual presidente, Leonid Kuchma, mas os deputados não conseguiram alcançar um acordo para votar as mudanças na lei eleitoral e na Constituição com vistas ao segundo turno eleitoral.
A oposição se recusou a apoiar a resolução apresentada pelos deputados pró-governo que queriam vincular as mudanças a uma reforma constitucional, reduzindo os poderes do presidente.
O projeto de reforma constitucional, que foi submetido à votação dos deputados, previa reforçar os poderes do primeiro-ministro e do parlamento em detrimento dos do presidente.
A oposição continuou hoje bloqueando a sede do governo apesar de ter dito que suspenderia o sítio aos edifícios governamentais.
O primeiro-ministro ucraniano pró-russo, Viktor Yanukovich, confirmou sua participação no novo segundo turno das eleições presidenciais, ordenado pela Suprema Corte, em declaração transmitida no sábado à imprensa local, mesmo que tenha sustentado que acredita que a decisão viola a Constituição.
Por sua vez, o presidente ucraniano Leonid Kuchma pediu hoje a organização "com urgência" de uma mesa redonda com os mediadores estrangeiros e a oposição para impedir "que se agrave a situação", informou um comunicado da presidência.
Em uma conversa telefônica com o premiê holandês, Jan Peter Balkenende, que atualmente ocupa a presidência da União Européia, Kuchma disse que "praticamente nenhum dos acordos alcançados durante a última mesa redonda [no dia 1º de dezembro] foi respeitado pela oposição".
"Isto fez com que se agravasse a situação", disse o presidente, segundo o comunicado. Kuchma "destacou a necessidade de organizar uma nova mesa redonda para discutir a aplicação das decisões tomadas na mesa redonda anterior".
Os mediadores estrangeiros, em especial o presidente lituano Valdas Adamkus e seu colega polonês Aleksander Kwasniewski, que deviam deixar neste sábado Kiev e que estão na capital para ajudar a oposição e o governo na mudança da lei eleitoral, adiaram sua viajem para segunda-feira (6).
Uma nova mesa redonda, com os mediadores europeus e russos, terá lugar na próxima segunda-feira em Kiev para facilitar as negociações da oposição com o poder, revelou mais tarde a presidência do país.
O atual presidente, Leonid Kuchma, manteve uma conversa telefônica com o chefe de governo polonês que fixou um acordo para celebrar a nova rodada de negociações na capital ucraniana.
Kuchma também falou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a crise política na Ucrânia e concordaram que o presidente da Duma --Câmara baixa do parlamento russo--, Boris Gryzlov, viaje a Kiev como representante de Moscou na próxima mesa redonda.
Por sua parte, Jan Kubis, o secretário-geral da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) chegou no meio da manhã à capital ucraniana.
A decisão do alto tribunal é esperada desde que a equipe de Yanukovich também interpôs uma ação por fraudes cometidas, segundo ele, nas regiões ocidentais e favoráveis a Yushchenko.
Ucrânia, submetida a um crise que ameaça a unidade política do país e paralisa sua economia, espera uma solução pacífica que parece inalcançável devido às profundas diferenças que existem entre o poder pró-russo e a oposição liberal.
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