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25/12/2004 - 12h04

Ucrânia faz novo 2º turno presidencial neste domingo

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da France Presse, em Kiev

A Ucrânia vai às urnas pela terceira vez no domingo para eleger o sucessor do presidente Leonid Kuchma, 66, em um ambiente de grande tensão depois da "revolução laranja".

Mais de 37 milhões de eleitores poderão votar entre as 8h e as 20h (entre 4h e 16h). Os primeiros resultados preliminares na manhã de segunda-feira devem dar uma idéia clara da opção dos ucranianos.

O candidato da oposição, Viktor Yuschenko, 50, é o grande favorito, enquanto o atual primeiro-ministro Viktor Yanukovich, 54, afetado pelas fraudes do segundo turno, que foi anulado, deve amargar uma derrota.

Neste sábado, a Corte Constitucional da Ucrânia anunciou que as recentes mudanças na lei eleitoral limitando o direito de voto a domicílio são inconstitucionais, uma decisão que pode colocar em dúvida a legitimidade da votação de domingo.

A decisão foi anunciada depois de uma ação apresentada pela equipe do candidato Yanukovich, que considerava que tais emendas "violavam os direitos e liberdades dos cidadãos". A porta-voz de Yushchenko disse que a decisão não questiona a legitimidade da eleição presidencial de amanhã.

"A legitimidade da votação não está em dúvida de nenhuma maneira com esta decisão da corte", declarou Irina Herashchenko. "A Corte julgou que não é constitucional a emenda que proíbe o voto a domicílio a todos os cidadãos, exceto os deficientes de primeiro grupo", declarou o juiz Mykola Selivon.

"A decisão da Corte Constitucional é definitiva e não tem apelação. Agora ninguém poderá dizer que o próximo presidente é ilegítimo e que foi eleito de maneira não constitucional", acrescentou.

A Comissão Eleitoral Central será informada sobre a decisão e, segundo a lei, os eleitores que desejam votar em suas casas por motivos de saúde deverão obter uma autorização da comissão local no mais tardar até as 20h deste sábado (16h de Brasília).

Yuschenko, partidário da integração de seu país à União Européia (UE), viu sua popularidade crescer com a onda de manifestações sem precendentes no país.

Depois das eleições fraudulentas de 21 de novembro, o movimento popular saiu às ruas para pressionar o governo e obrigou a imprensa a levar em consideração a campanha de Yuschenko, o grande favorito da nova eleição.

Seu rival, o primeiro-ministro pró-russo Yanukovich, vencedor da eleição de novembro que foi anulada pela Suprema Corte, é o maior perdedor da crise.

Vários membros de sua equipe o abandonaram e o presidente Kuchma preferiu se afastar dele para concluir um compromisso político com a oposição, em nome de uma reforma constitucional que ele havia apresentado há mais de um ano.

As últimas pesquisas apontam uma vantagem de 14 pontos de Yuschenko, com 51% das intenções de voto contra 37% para o primeiro-ministro, que também perdeu apoio em seus redutos do leste e sul do país.

No entanto, a oposição advertiu a seus partidários que não se deve cantar vitória antes do tempo e os convocou para mais uma manifestação na noite deste domingo na Praça da Independência em Kiev, onde devem aguardar os resultados definitivos da votação.

Apesar da nova lei eleitoral aprovada recentemente reduzir bastante os riscos de fraude, não há garantia absoluta contra os problemas. Para vigiar o processo, foram registrados mais de 12.300 observadores estrangeiros, contra 5.000 na votação do mês passado.

Com agências internacionais

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