Publicidade
Publicidade
29/12/2004
-
10h56
da Folha Online
Já passa de 67 mil o número de mortos no maremoto que atingiu o sul da Ásia e a costa leste da África no domingo (26). Oito países asiáticos e três africanos sofreram com as ondas gigantes causadas por um terremoto que chegou a 9 graus na escala Richter.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, afirmou que o número total de vítimas pode ser de "milhares ou dezenas de milhares" superior à contagem atual.
Milhões de pessoas estão desabrigadas e muitas passam fome. A ameaça da propagação de doenças como malária, cólera e febre tifóide entre os sobreviventes pode fazer ainda mais mortos do que as ondas gigantes, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
O desastre asiático superou em vítimas um dos piores terremotos dos últimos cem anos, que ocorreu no Irã, em 2003, e matou mais de 31 mil pessoas.
Índia, Indonésia e Sri Lanka foram os países mais atingidos pelo maremoto. Bangladesh, Malásia, Maldivas, Mianmar eTailândia, na Ásia, também foram afetados, além do Quênia, Somália e Tanzânia, na África.
As mortes foram causadas pelo terremoto e pelos tsunamis [tipo especial de onda oceânica, gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira].
Locais atingidos
O número de mortos ainda é provisório e deve aumentar com o trabalho das equipes de resgate, que ainda não chegaram aos locais mais remotos.
O governo da Indonésia anunciou nesta quarta-feira que o número de mortos chega a 36.268. O balanço pode subir nas próximas horas.
No Sri Lanka, 22.493 pessoas morreram no desastre, segundo o Exército. Na Índia, o número oficial de mortos é de 6.974, mas pode chegar a mais de 12 mil.
Na Tailândia, o número de mortos chega a 1.657. Ao menos 90 pessoas morreram em Mianmar. Nas ilhas Maldivas, 55 mortes foram confirmadas, e 68 pessoas são consideradas desaparecidas.
Na Malásia, 65 pessoas morreram, incluindo crianças e idosos.
Os países atingidos na costa leste da África, Quênia, Somália e Tanzânia, tiveram 133 mortos.
Turistas
Milhares de turistas continuam desaparecidos. De acordo com a ministra das Relações Exteriores da Suécia, Laila Freivalds, que chegou nesta quarta-feira à ilha tailandesa de Phuket, "mais de mil" suecos que estavam na região ainda não foram localizados.
Em Sydney, o ministro das Relações Exteriores australiano, Alexander Downer, informou que oito turistas da Austrália morreram e outros oito estão desaparecidos. Ele ainda disse que o número pode aumentar, já que o governo ainda não conseguiu contato com cerca de 5.000 australianos que estavam nos países afetados.
Já o secretário parlamentar das Relações Exteriores da Austrália, Bruce Billson, declarou que o governo confirmou que 2.400 australianos estão são e salvos na região.
O ministro das Relações Exteriores francês, Michel Barnier, anunciou nesta quarta-feira em Phuket que ao menos 19 franceses morreram no sul da Tailândia e um no Sri Lanka.
Ao menos 20 britânicos estão entre os mortos na Ásia, informou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores britânico em Londres [Reino Unido].
Tragédia
Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, o terremoto foi o quinto maior já registrado desde 1900 e o maior desde o tremor de 9,2 graus na escala Richter que atingiu o Estado do Alasca em 1964. O foco do tremor foi localizado na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 km da capital da Indonésia, Jacarta.
As ondas causadas pelo terremoto se propagaram pelo oceano Índico e pelo mar de Andaman [entre Índia e Tailândia] e chegaram a dez metros de altura. Milhares de pessoas arrastadas pelas águas ou que estavam no mar são consideradas desaparecidas.
Vilarejos de pescadores, hotéis, casas e carros foram varridos pelas ondas, causadas pelo forte terremoto, segundo fontes oficiais ouvidas pela agência de notícias Associated Press.
Com agências internacionais
Leia mais
Embaixada procura dezenas de brasileiros desaparecidos na Tailândia
OMS teme que epidemias causem ainda mais mortos na Ásia
Epidemias podem matar mais do que maremoto
Especial
Leia o que já foi publicado sobre maremotos
Leia mais notícias na especial Tragédia na Ásia
Número de mortos em maremoto na Ásia ultrapassa os 67 mil
Publicidade
Já passa de 67 mil o número de mortos no maremoto que atingiu o sul da Ásia e a costa leste da África no domingo (26). Oito países asiáticos e três africanos sofreram com as ondas gigantes causadas por um terremoto que chegou a 9 graus na escala Richter.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, afirmou que o número total de vítimas pode ser de "milhares ou dezenas de milhares" superior à contagem atual.
Milhões de pessoas estão desabrigadas e muitas passam fome. A ameaça da propagação de doenças como malária, cólera e febre tifóide entre os sobreviventes pode fazer ainda mais mortos do que as ondas gigantes, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
O desastre asiático superou em vítimas um dos piores terremotos dos últimos cem anos, que ocorreu no Irã, em 2003, e matou mais de 31 mil pessoas.
Índia, Indonésia e Sri Lanka foram os países mais atingidos pelo maremoto. Bangladesh, Malásia, Maldivas, Mianmar eTailândia, na Ásia, também foram afetados, além do Quênia, Somália e Tanzânia, na África.
As mortes foram causadas pelo terremoto e pelos tsunamis [tipo especial de onda oceânica, gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira].
Locais atingidos
O número de mortos ainda é provisório e deve aumentar com o trabalho das equipes de resgate, que ainda não chegaram aos locais mais remotos.
O governo da Indonésia anunciou nesta quarta-feira que o número de mortos chega a 36.268. O balanço pode subir nas próximas horas.
B.Muhammad/Reuters |
Veja mais imagens da tragédia na Ásia |
No Sri Lanka, 22.493 pessoas morreram no desastre, segundo o Exército. Na Índia, o número oficial de mortos é de 6.974, mas pode chegar a mais de 12 mil.
Na Tailândia, o número de mortos chega a 1.657. Ao menos 90 pessoas morreram em Mianmar. Nas ilhas Maldivas, 55 mortes foram confirmadas, e 68 pessoas são consideradas desaparecidas.
Na Malásia, 65 pessoas morreram, incluindo crianças e idosos.
Os países atingidos na costa leste da África, Quênia, Somália e Tanzânia, tiveram 133 mortos.
Turistas
Milhares de turistas continuam desaparecidos. De acordo com a ministra das Relações Exteriores da Suécia, Laila Freivalds, que chegou nesta quarta-feira à ilha tailandesa de Phuket, "mais de mil" suecos que estavam na região ainda não foram localizados.
Em Sydney, o ministro das Relações Exteriores australiano, Alexander Downer, informou que oito turistas da Austrália morreram e outros oito estão desaparecidos. Ele ainda disse que o número pode aumentar, já que o governo ainda não conseguiu contato com cerca de 5.000 australianos que estavam nos países afetados.
Já o secretário parlamentar das Relações Exteriores da Austrália, Bruce Billson, declarou que o governo confirmou que 2.400 australianos estão são e salvos na região.
O ministro das Relações Exteriores francês, Michel Barnier, anunciou nesta quarta-feira em Phuket que ao menos 19 franceses morreram no sul da Tailândia e um no Sri Lanka.
Ao menos 20 britânicos estão entre os mortos na Ásia, informou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores britânico em Londres [Reino Unido].
Tragédia
Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, o terremoto foi o quinto maior já registrado desde 1900 e o maior desde o tremor de 9,2 graus na escala Richter que atingiu o Estado do Alasca em 1964. O foco do tremor foi localizado na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 km da capital da Indonésia, Jacarta.
As ondas causadas pelo terremoto se propagaram pelo oceano Índico e pelo mar de Andaman [entre Índia e Tailândia] e chegaram a dez metros de altura. Milhares de pessoas arrastadas pelas águas ou que estavam no mar são consideradas desaparecidas.
Vilarejos de pescadores, hotéis, casas e carros foram varridos pelas ondas, causadas pelo forte terremoto, segundo fontes oficiais ouvidas pela agência de notícias Associated Press.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice