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31/12/2004 - 19h07

A guerra continua na Indonésia, apesar da emergência humanitária

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BHIMANTO SUWASTOYO
da France Presse, em Jacarta

O Exército indonésio reconheceu nesta sexta-feira que continua realizando operações contra os rebeldes separatistas na Província de Aceh (norte de Sumatra), devastada pelo maremoto de domingo (26), apesar da situação de emergência humanitária.

Meio milhão de vítimas precisam de assistência rápida e os militares são os únicos que dispõem de meios para chegar às regiões fora do alcance das equipes de socorro. Entretanto, as operações contra militantes separatistas continuam, reconheceram um oficial e um porta-voz militar.

"Continuamos lançando operações contra o Movimento Aceh Livre (GAM) e mantendo um alto nível de vigilância", declarou o tenente-coronel Nacherowi, do serviço de informação do Estado-Maior.

Na Província de Aceh, rica em petróleo, os rebeldes do GAM lutam desde 1976 por independência. Em maio de 2003, o Exército lançou uma vasta operação para destruir o movimento, depois de uma trégua fracassada. Mais de 2.300 rebeldes morreram desde então. Associações de defesa dos direitos humanos afirmam que vários civis também morreram.

Entretanto, o chefe do Estado-Maior do Exército indonésio pediu nesta segunda-feira uma trégua aos rebeldes de Aceh para facilitar as operações de socorro. Nesta terça-feira, o GAM respondeu ao pedido denunciando a violação da trégua decretada e criticando a lentidão no envio de ajuda às populações atingidas.

O presidente indonésio, por sua vez, Susilo Bambang Yudhoyono, pediu nesta quinta-feira aos membros da GAM que entreguem as armas e se dediquem à reconstrução, mas o dirigente não falou sobre uma possível suspensão das operações militares na província, um reduto muçulmano onde a guerra deixou 12 mil mortos em 28 anos.

A continuação das operações antiguerrilha só pode perturbar as operações de socorro, limitando, por exemplo, a utilização de transmissores de rádio imprescindíveis já que a maioria das linhas telefônicas está cortada.

Para poder utilizar uma freqüência civil "as duas partes têm que aceitá-la e só algumas delas começaram a funcionar recentemente", lamentou Hadi Deeng, responsável pela rede indonésia de freqüências civis.

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