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01/01/2005
-
15h39
da France Presse, em Phuket
Os especialistas deram início neste sábado à ingrata tarefa de recolher amostras dos corpos das vítimas do maremoto na Tailândia, para tornar possível sua identificação e enterro apropriado até mesmo meses depois. Se o estado de decomposição dos corpos permitir, também poderão ser utilizadas digitais.
A comunidade internacional levou sete dias para estabelecer os protocolos e coordenar o trabalho com as autoridades tailandesas, um problema de magnitude e complexidade sem precedentes.
"Dezenove países atuam em conjunto. Mais de 300 pessoas trabalham com as mesmas orientações e sob uma mesma direção", disse o coronel da polícia Pornprasert Kanchanarin a diplomatas e voluntários do centro de crise de Phuket.
"Todos os dados serão enviados à polícia de Phuket. Já criamos uma página na internet", acrescentou.
A China se ofereceu para fazer de graça a identificação de DNA. Entretanto, recolher as amostras em si deve levar várias semanas. A comparação das informações genéticas com base nos dados das vítimas fornecidos pelos países promete demorar meses.
Chip eletrônico
As autoridades tailandesas decidiram colocar um chip eletrônico nos corpos das vítimas fatais do maremoto de 26 de dezembro para facilitar sua localização após as difíceis tarefas de identificação.
"Os corpos receberão um número. Já colocamos um chip em 2.000 cadáveres", que foram armazenados em câmaras frigoríficas, explicou o coronel da polícia Porprasert Kanchanarin.
O oficial acrescentou que estão sendo considerados praticamente como mortos os desaparecidos. "As possibilidades de continuarem vivos depois de seis dias são muito remotas. A maioria está morta", disse.
Os chips "nos ajudarão mais tarde a saber onde se encontra cada corpo e evitará o trabalho de verificação de cada bolsa [onde estão os corpos]", explicou o coronel.
As autoridades tailandesas colocaram à disposição das famílias vários centros onde pode-se fazer coleta de amostra de sangue para facilitar o estabelecimento do parentesco.
Dentistas e especialistas médicos passaram neste sábado seu primeiro dia em meio aos corpos em decomposição, cujo aspecto e cheiro são terríveis. Apesar disso, é claro o alívio dos especialistas por finalmente começar seu trabalho, depois de dias de espera. Desde sexta-feira (30), os cadáveres encontram-se em refrigeradores ou cobertos com nitrogênio líquido para desacelerar sua decomposição.
Para evitar perda de tempo na locomoção, os cientistas viajam de helicóptero.
A coordenação das equipes não é fácil. Com tantos vôos para a região de Khao Lak, as autoridades tailandesas têm dificuldade para limitar o número de pessoas no local.
O coronel Pornprasert convocou os países afetados neste sábado a não adotarem nenhuma iniciativa individual. "Todo mundo deve se ajudar. Se cada um atuar por conta própria vai virar uma fonte de problemas", avaliou.
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DNA e chips devem ajudar a identificar corpos na Tailândia
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Os especialistas deram início neste sábado à ingrata tarefa de recolher amostras dos corpos das vítimas do maremoto na Tailândia, para tornar possível sua identificação e enterro apropriado até mesmo meses depois. Se o estado de decomposição dos corpos permitir, também poderão ser utilizadas digitais.
A comunidade internacional levou sete dias para estabelecer os protocolos e coordenar o trabalho com as autoridades tailandesas, um problema de magnitude e complexidade sem precedentes.
"Dezenove países atuam em conjunto. Mais de 300 pessoas trabalham com as mesmas orientações e sob uma mesma direção", disse o coronel da polícia Pornprasert Kanchanarin a diplomatas e voluntários do centro de crise de Phuket.
"Todos os dados serão enviados à polícia de Phuket. Já criamos uma página na internet", acrescentou.
A China se ofereceu para fazer de graça a identificação de DNA. Entretanto, recolher as amostras em si deve levar várias semanas. A comparação das informações genéticas com base nos dados das vítimas fornecidos pelos países promete demorar meses.
Chip eletrônico
As autoridades tailandesas decidiram colocar um chip eletrônico nos corpos das vítimas fatais do maremoto de 26 de dezembro para facilitar sua localização após as difíceis tarefas de identificação.
"Os corpos receberão um número. Já colocamos um chip em 2.000 cadáveres", que foram armazenados em câmaras frigoríficas, explicou o coronel da polícia Porprasert Kanchanarin.
O oficial acrescentou que estão sendo considerados praticamente como mortos os desaparecidos. "As possibilidades de continuarem vivos depois de seis dias são muito remotas. A maioria está morta", disse.
Os chips "nos ajudarão mais tarde a saber onde se encontra cada corpo e evitará o trabalho de verificação de cada bolsa [onde estão os corpos]", explicou o coronel.
As autoridades tailandesas colocaram à disposição das famílias vários centros onde pode-se fazer coleta de amostra de sangue para facilitar o estabelecimento do parentesco.
Dentistas e especialistas médicos passaram neste sábado seu primeiro dia em meio aos corpos em decomposição, cujo aspecto e cheiro são terríveis. Apesar disso, é claro o alívio dos especialistas por finalmente começar seu trabalho, depois de dias de espera. Desde sexta-feira (30), os cadáveres encontram-se em refrigeradores ou cobertos com nitrogênio líquido para desacelerar sua decomposição.
Para evitar perda de tempo na locomoção, os cientistas viajam de helicóptero.
A coordenação das equipes não é fácil. Com tantos vôos para a região de Khao Lak, as autoridades tailandesas têm dificuldade para limitar o número de pessoas no local.
O coronel Pornprasert convocou os países afetados neste sábado a não adotarem nenhuma iniciativa individual. "Todo mundo deve se ajudar. Se cada um atuar por conta própria vai virar uma fonte de problemas", avaliou.
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