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03/01/2005
-
10h22
da Folha Online
Investigações da polícia apontam que uma criança com cerca de dez anos pode ter soltado o fogo de artifício que causou o incêndio na discoteca República Cromagnon, na quinta-feira (30), em Buenos Aires, matando ao menos 180 pessoas, e ferindo mais de 700.
O incêndio, que aconteceu durante um show, começou quando uma pessoa soltou um fogo de artifício que deu início ao fogo no teto. Cerca de 4.000 pessoas, a maioria adolescentes, tentaram sair correndo pela porta, mas enfrentaram dificuldades porque quatro das seis portas estavam trancadas, de acordo com informações de autoridades. Muitos morreram asfixiados.
Segundo uma testemunha-chave, um homem que operava a mesa de som, havia uma criança sobre os ombros de um adulto, entre o público. Outras crianças estavam em uma espécie de creche, no fundo do local.
Esta é uma das hipóteses mais firmes que a polícia argentina sustenta. A testemunha afirmou que o fogo de artifício que a criança segurava estava próximo ao teto do local.
Mas os investigadores também encontraram diversos testemunhos diferentes sobre a forma que começou o fogo. Segundo o "Clarín", outras pessoas disseram que três adolescentes soltaram o fogo de artifício, outras pessoas afirmaram que apenas um jovem foi o responsável.
A testemunha, contratada diretamente por Omar Chabán, um dos donos da discoteca, disse que a criança estava a cerca de cinco metros da mesa de som. A declaração foi reforçada depois que a polícia encontrou, naquele ponto, um fogo de artifício queimado.
Protestos
Ontem, centenas de pessoas marcharam pelas ruas de Buenos Aires em protesto contra o incêndio. As pessoas culpam as autoridades por permitir que a discoteca operasse com as portas de emergência trancadas, pelo uso de um filtro inflamável no teto e pela superlotação do local na hora do acidente. Mais protestos serão realizados hoje.
Cerca de 260 dos feridos ainda permanecem hospitalizados, e segundo a agência de notícias Reuters, 117 deles ainda estão em tratamento intensivo.
Mais de 90 enterros aconteceram ontem, e centenas de protestantes se encontraram perto da discoteca, onde há uma espécie de santuário feito de flores, velas e cartas.
Muitas pessoas também protestaram em frente à prefeitura, pedindo a renúncia do prefeito Aníbal Ibarra.
Ontem o secretário da Justiça e Segurança Urbana da cidade de Buenos Aires, Juan Carlos López, entregou o cargo. O gabinete de López era responsável pela subsecretaria de Controle Urbano, encarregado de fiscalizar os cerca de 200 mil imóveis comerciais da cidade.
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Investigações da polícia apontam que uma criança com cerca de dez anos pode ter soltado o fogo de artifício que causou o incêndio na discoteca República Cromagnon, na quinta-feira (30), em Buenos Aires, matando ao menos 180 pessoas, e ferindo mais de 700.
O incêndio, que aconteceu durante um show, começou quando uma pessoa soltou um fogo de artifício que deu início ao fogo no teto. Cerca de 4.000 pessoas, a maioria adolescentes, tentaram sair correndo pela porta, mas enfrentaram dificuldades porque quatro das seis portas estavam trancadas, de acordo com informações de autoridades. Muitos morreram asfixiados.
Segundo uma testemunha-chave, um homem que operava a mesa de som, havia uma criança sobre os ombros de um adulto, entre o público. Outras crianças estavam em uma espécie de creche, no fundo do local.
Esta é uma das hipóteses mais firmes que a polícia argentina sustenta. A testemunha afirmou que o fogo de artifício que a criança segurava estava próximo ao teto do local.
Mas os investigadores também encontraram diversos testemunhos diferentes sobre a forma que começou o fogo. Segundo o "Clarín", outras pessoas disseram que três adolescentes soltaram o fogo de artifício, outras pessoas afirmaram que apenas um jovem foi o responsável.
A testemunha, contratada diretamente por Omar Chabán, um dos donos da discoteca, disse que a criança estava a cerca de cinco metros da mesa de som. A declaração foi reforçada depois que a polícia encontrou, naquele ponto, um fogo de artifício queimado.
Protestos
Ontem, centenas de pessoas marcharam pelas ruas de Buenos Aires em protesto contra o incêndio. As pessoas culpam as autoridades por permitir que a discoteca operasse com as portas de emergência trancadas, pelo uso de um filtro inflamável no teto e pela superlotação do local na hora do acidente. Mais protestos serão realizados hoje.
Cerca de 260 dos feridos ainda permanecem hospitalizados, e segundo a agência de notícias Reuters, 117 deles ainda estão em tratamento intensivo.
Mais de 90 enterros aconteceram ontem, e centenas de protestantes se encontraram perto da discoteca, onde há uma espécie de santuário feito de flores, velas e cartas.
Muitas pessoas também protestaram em frente à prefeitura, pedindo a renúncia do prefeito Aníbal Ibarra.
Ontem o secretário da Justiça e Segurança Urbana da cidade de Buenos Aires, Juan Carlos López, entregou o cargo. O gabinete de López era responsável pela subsecretaria de Controle Urbano, encarregado de fiscalizar os cerca de 200 mil imóveis comerciais da cidade.
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