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04/01/2005 - 14h47

Mulheres e crianças são as maiores vítimas de tragédia na Ásia

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da Folha Online

As mulheres e as crianças são as maiores vítimas do maremoto que atingiu o sul da Ásia e três países da África no fim de dezembro --a tragédia matou ao menos 145 mil pessoas. A ONG Women and Media Collective emitiu um comunicado ao governo do Sri Lanka, nesta terça-feira, pedindo reforço no policiamento nos campos de refugiados para que as mulheres e crianças sejam protegidas de estupros.

"Recebemos informações sobre estupros de mulheres por grupos, e também sobre meninas e mulheres que foram molestadas sexualmente durante operações de resgate sem supervisão, e enquanto ficavam em abrigos temporários", afirma o comunicado da ONG.

A ONG também disse que os incidentes acontecem principalmente na região sul do Sri Lanka. Não há detalhes sobre os crimes nem informações sobre como esses dados chegaram ao grupo.

O chefe de polícia D.W. Prathapasinghe disse que a polícia ainda não recebeu nenhuma reclamação formal ou informação que possa ajudar nas investigações.

"Não temos recebido reclamações dos refugiados", afirmou Prathapasinghe. Ele também disse que vários policiais e soldados estão a postos nos campos de refugiados.

Unicef

Carol Bellamy, diretora executiva do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) disse ontem, durante uma conferência com a imprensa em Colombo, capital do Sri Lanla, que o principal foco de trabalho da organização no país é garantir que as crianças sejam protegidas da exploração.

"Em tumultos como esses, quando as famílias são dissolvidas e os bens materiais estão perdidos, as crianças são mais vulneráveis a abusos", afirmou.

Grávidas

Entre os sobreviventes do maremoto nos 11 países afetados, há pelo menos 150 mil mulheres grávidas ou que enfrentam complicações na gestação, incluindo abortos causados pelo trauma, e precisam de apoio médico e nutricional urgente, segundo informações do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas).

Mais de 50 mil mulheres nas comunidades afetadas darão à luz nos próximos três meses. A destruição da estrutura da saúde pública e de suprimentos básicos para cuidados durante o parto prejudicam as chances de as grávidas terem seus bebês em circunstâncias seguras e higiênicas.

Muitas das parteiras que tradicionalmente ajudam nos partos domésticos estão desabrigadas e sem suprimentos médicos básicos. Mulheres com complicações do parto (15% das gestações, mesmo em condições normais) precisarão de assistência de urgência para garantir sua saúde e a sobrevivência dos bebês.

Em algumas das comunidades afetadas, mulheres que perderam todas as suas posses não têm acesso sequer aos itens mais básicos de vestimenta. Ainda assim, em muitos casos, são mulheres e meninas que assumem a responsabilidade de cuidar de outros membros da família e obter o que é necessário para sua sobrevivência.

Com agências internacionais

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