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09/01/2005 - 10h34

Organizações fazem alerta para socorro de vítimas de maremoto

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da France Presse, em Banda Aceh

Muitos sobreviventes dos tsunamis que mataram cerca de 156 mil pessoas no sudeste da Ásia há duas semanas ainda não receberam nenhuma ajuda, apesar das operações de emergência, admitiram neste domingo várias organizações de socorro.

Os grupos de ajuda temem pelos habitantes da costa ocidental da Província de Aceh, na ilha de Sumatra, cujos povoados foram devastados pelas ondas gigantes.

De acordo com os últimos números oficiais, o maremoto causou 104.055 mortes na Indonésia. Também deixou mais de 10 mil desaparecidos e 659.142 desabrigados.

Em Aceh, que registrou uma nova réplica do terremoto de 26 de dezembro neste domingo, muitas comunidades continuam inacessíveis por terra e dependem dos alimentos e da ajuda lançadas por helicópteros.

"Segundo os pilotos dos helicópteros, muitos grupos de sobreviventes seguem a pé rumo à capital da Província, Banda Aceh, e só se alimentam de cocos", declarou Maria Theresa de la Cruz, chefe em Aceh das operações de socorro da Organização Internacional para as Migrações, que coordena ao lado da Força Aérea dos Estados Unidos o envio da ajuda por helicópteros.

Já Mike Huggins, porta-voz do Programa Mundial de Alimentos em Jacarta, declarou: "Não digo que todo mundo recebe alimentos. A grande maioria das pessoas que precisa de comida está recebendo, mesmo que não seja suficiente".

Na cidade costeira de Meulaboh, onde metade dos 56 mil habitantes morreu, grupos de refugiados seguem todos os dias para as cidades vizinhas, segundo um membro da organização Global Relief.

Nesta sexta-feira a ONU fez sua própria avaliação da situação nas zonas mais isoladas da costa oeste de Aceh.

"Ainda existem lugares aonde não foi possível chegar: 150 vôos de helicópteros [em uma semana] não permitem cobrir todas as zonas", acrescentou Chris Lom.

A distribuição de ajuda por helicóptero deve durar mais um ou dois meses, o tempo necessário para a reconstrução das estradas. Porém, os habitantes dessas regiões correm o risco de depender, durante muito tempo, de ajuda alimentar, já que as ondas gigantes destruíram as plantações de arroz e milho.

Enquanto o mundo inteiro já prometeu mais de US$ 4 bilhões aos países devastados, muitos sobreviventes dizem que o dinheiro deve começar a chegar de maneira urgente.

A organização Médicos Sem Fronteiras advertiu que não se deve construir acampamentos de refugiados imensos, dando preferência a preservar o que resta das comunidades para não agravar a situação.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse neste domingo que pretende voltar ao Sri Lanka, onde esteve na sexta-feira, para visitar todas as regiões, depois da polêmica provocada pelo fato de não ter sobrevoado as zonas controladas por rebeldes.

Na Índia, o balanço oficial provisório do maremoto aumentou neste domingo a 10.022 mortos e 5.617 desaparecidos, que em sua grande maioria se consideram mortos.

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