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26/01/2005 - 11h46

Após um mês da tragédia na Ásia, total de mortos chega a 275 mil

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da Folha Online

Um mês depois da tragédia que atingiu o sul da Ásia e o leste da África, os países afetados ainda contam seus mortos e os números não param de crescer. Mais de 275 mil pessoas são consideradas mortas, mas apenas 143.877 corpos foram encontrados. No total, há 146 mil desaparecidos.

Só na Indonésia, país mais afetado pelos tsunamis [ondas gigantes], 96 mil pessoas morreram. Outras 132 mil que continuam desaparecidas serão oficializadas como mortas quando a catástrofe completar um ano, em 26 de dezembro próximo. Apesar disso, as autoridades indonésias suspenderam as buscas aos desaparecidos por considerar o resgate de pessoas com vida uma "tarefa impossível".

Há um mês, um terremoto de 9 graus na escala Richter, que teve seu epicentro no mar --próximo à ilha de Sumatra, na Indonésia-- provocou tsunamis que chegaram a dez metros de altura e invadiram a costa de diversos países nos dois continentes.

A catástrofe causou comoção mundial e gerou promessas de doações financeiras de vários países. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o montante necessário para ajudar as regiões afetadas totaliza US$ 977 milhões: a comunidade internacional ofereceu US$ 775 milhões.

Desse dinheiro, apenas US$ 245 milhões "estão no banco", segundo Brian Grogan, da Coordenação para Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha , em inglês), citado pela BBC.

Falta de mantimentos

No Sri Lanka, onde mais de 30 mil pessoas morreram em decorrência do maremoto, centenas de famílias nos vilarejos ao longo da costa, que ficaram desabrigadas, não têm encontrado alimentos e remédios nos centros de abrigos montados pelo governo.

No distrito de Trincomalee, região que abriga a maioria dessas vilas, líderes muçulmanos dizem que as autoridades do governo nunca visitaram a região, segundo o portal cingalês "Tamilnet", em reportagem publicada nesta quinta-feira. Mais de 5 mil pessoas ainda estão desaparecidas no país.

A Índia, que teve 10.753 mortes causadas pelo maremoto, ainda aguarda para saber o destino de outros 5.640 desaparecidos. O arquipélago de Andaman e Nicobar, localizado no golfo de Bengala, foi um dos locais mais afetados pelo maremoto. O governo indiano não permitiu, nas primeiras semanas, que equipes de resgate vasculhassem as mais de 500 ilhas do arquipélago, por causa da existência de uma base militar na região.

Na Tailândia, o maremoto atingiu um dos maiores centros turísticos do país, na zona de Khao Lak, situada na Província de Phang Nga, deixou ao menos 5.384 mortos. Ao menos a metade é composta por turistas estrangeiros. Mais de 3 mil pessoas continuam desaparecidas no país.

Ao menos 310 pessoas morreram na Somália e no Quênia, na costa leste africana.

Minuto de silêncio

Nos países asiáticos atingidos, redes de TV e moradores se uniram para prestar homenagem às vítimas do maremoto.

No Sri Lanka, por exemplo, as redes de televisão e as rádios pararam às 9h36 [o fuso horário do Sri Lanka é de oito horas a mais], o momento exato em que as ondas começaram a invadir a costa.

Na Tailândia, vários monges fizeram uma pequena cerimônia na praia de Phang Nga, onde Bhumi Jensen, 21, neto do rei tailandês Bhumibol Adulyadej, foi arrastado pelas ondas.

Em Phuket, também na Tailândia, médicos e equipes de resgate acenderam velas aos mortos do maremoto.

Na Indonésia, as crianças enfrentaram o seu primeiro dia de aula, e tentam voltar à rotina, mesmo tendo enfrentado a perda de familiares e amigos.

Com agências internacionais

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