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10/02/2005
-
11h09
da Folha Online
A Coréia do Norte é um dos países mais militarizados do mundo, quando se compara o número de soldados em relação à população. Há 1,1 milhão de membros ativos e 7,4 milhões de reservistas, para uma população com quase 23 milhões de habitantes.
Para se ter uma idéia da força militar do país, a Coréia do Sul tem cerca de 650 mil soldados ativos, e 3 milhões de reservistas, que são apoiados por 37 mil soldados americanos.
Os primeiros indícios de que a Coréia do Norte sustenta um programa nuclear apareceram em 1993, quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) solicitou uma inspeção em alguns locais, que foi negada pelo governo.
Veja quais são os principais fatos que envolvem a crise nuclear da Coréia do Norte, iniciada em 2002:
10 de fevereiro de 2005: Um anúncio do Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Norte admite a existência de armas nucleares no país, e afirma que não vai negociar com nenhum país a interrupção do programa.
2 de fevereiro de 2005: Durante discurso, Bush muda o tom ao falar da Coréia do Norte, e diz que os EUA "trabalham com outros países na Ásia para convencer a Coréia do Norte a abandonar suas ambições nucleares." Três anos antes, o presidente colocara o país como parte do "eixo do mal", integrado também por Irã e Iraque.
18 de janeiro de 2005: A secretária de Estado Condoleezza Rice se refere à Coréia do Norte como um dos "postos da tirania".
Setembro de 2004 A Coréia do Norte se recusa a participar de uma reunião em Pequim (China), para discutir a possível interrupção do seu programa nuclear. As três primeiras reuniões aconteceram nos períodos de 23 e 26 de junho, 25 e 28 de fevereiro, e entre 27 e 29 de agosto de 2003.
Fevereiro de 2004: O pai da bomba atômica do Paquistão, Abdul Qader Khan, admite ter vendido a tecnologia desenvolvida para a Líbia, Irã e Coréia do Norte, que desmente a afirmação de Khan.
12 de maio de 2003: A Coréia do Norte abandona um acordo realizado em 1992 com a Coréia do Sul que tinha por objetivo manter a península coreana livre de armas nucleares.
24 de abril de 2003: O governo da Coréia do Norte diz a funcionários do governo americano, durante reuniões privadas, que detém armas nucleares, e pretende fazer testes, usá-las ou exportá-las, de acordo com as ações americanas. Um funcionário dos EUA diz que os norte-coreanos se ofereceram para interromper o programa nuclear, em troca de ajuda internacional.
23 de abril de 2003: Enviados americanos chegam à Coréia do Norte para discutir com o governo a questão nuclear.
6 de fevereiro de 2003: O governo norte-coreano emite comunicado dizendo que vai reativar usinas nucleares.
10 de janeiro de 2003: O governo da Coréia do Norte anuncia que vai se retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
12 de dezembro de 2002: A Coréia do Norte anuncia o reinicio das atividades nas usinas nucleares em Yongbyon, que estavam paradas desde o acordo do país com os EUA, em 1994.
11 de novembro de 2002: Os EUA, junto ao Japão e a Coréia do Sul, decidem cortar o suprimento de petróleo para a Coréia do Norte, estabelecido em 1994, por um acordo com os EUA.
16 de outubro de 2002: Funcionários do governo americano dizem que a Coréia do Norte tem um programa de enriquecimento de urânio, indispensável para a fabricação de armas de destruição em massa.
29 de janeiro de 2002: Bush chama a Coréia do Norte, Irã e Iraque de "eixo do mal", durante discurso.
Dezembro de 2001: Bush diz que Iraque e Coréia do Norte devem "explicações" caso tenham programa de desenvolvimento de armas nucleares.
Leia mais
Coréia do Norte admite pela 1º vez ter armas nucleares
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear da Coréia do Norte
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Saiba mais sobre a crise nuclear da Coréia do Norte
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A Coréia do Norte é um dos países mais militarizados do mundo, quando se compara o número de soldados em relação à população. Há 1,1 milhão de membros ativos e 7,4 milhões de reservistas, para uma população com quase 23 milhões de habitantes.
Para se ter uma idéia da força militar do país, a Coréia do Sul tem cerca de 650 mil soldados ativos, e 3 milhões de reservistas, que são apoiados por 37 mil soldados americanos.
Os primeiros indícios de que a Coréia do Norte sustenta um programa nuclear apareceram em 1993, quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) solicitou uma inspeção em alguns locais, que foi negada pelo governo.
Veja quais são os principais fatos que envolvem a crise nuclear da Coréia do Norte, iniciada em 2002:
10 de fevereiro de 2005: Um anúncio do Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Norte admite a existência de armas nucleares no país, e afirma que não vai negociar com nenhum país a interrupção do programa.
2 de fevereiro de 2005: Durante discurso, Bush muda o tom ao falar da Coréia do Norte, e diz que os EUA "trabalham com outros países na Ásia para convencer a Coréia do Norte a abandonar suas ambições nucleares." Três anos antes, o presidente colocara o país como parte do "eixo do mal", integrado também por Irã e Iraque.
18 de janeiro de 2005: A secretária de Estado Condoleezza Rice se refere à Coréia do Norte como um dos "postos da tirania".
Setembro de 2004 A Coréia do Norte se recusa a participar de uma reunião em Pequim (China), para discutir a possível interrupção do seu programa nuclear. As três primeiras reuniões aconteceram nos períodos de 23 e 26 de junho, 25 e 28 de fevereiro, e entre 27 e 29 de agosto de 2003.
Fevereiro de 2004: O pai da bomba atômica do Paquistão, Abdul Qader Khan, admite ter vendido a tecnologia desenvolvida para a Líbia, Irã e Coréia do Norte, que desmente a afirmação de Khan.
12 de maio de 2003: A Coréia do Norte abandona um acordo realizado em 1992 com a Coréia do Sul que tinha por objetivo manter a península coreana livre de armas nucleares.
24 de abril de 2003: O governo da Coréia do Norte diz a funcionários do governo americano, durante reuniões privadas, que detém armas nucleares, e pretende fazer testes, usá-las ou exportá-las, de acordo com as ações americanas. Um funcionário dos EUA diz que os norte-coreanos se ofereceram para interromper o programa nuclear, em troca de ajuda internacional.
23 de abril de 2003: Enviados americanos chegam à Coréia do Norte para discutir com o governo a questão nuclear.
6 de fevereiro de 2003: O governo norte-coreano emite comunicado dizendo que vai reativar usinas nucleares.
10 de janeiro de 2003: O governo da Coréia do Norte anuncia que vai se retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
12 de dezembro de 2002: A Coréia do Norte anuncia o reinicio das atividades nas usinas nucleares em Yongbyon, que estavam paradas desde o acordo do país com os EUA, em 1994.
11 de novembro de 2002: Os EUA, junto ao Japão e a Coréia do Sul, decidem cortar o suprimento de petróleo para a Coréia do Norte, estabelecido em 1994, por um acordo com os EUA.
16 de outubro de 2002: Funcionários do governo americano dizem que a Coréia do Norte tem um programa de enriquecimento de urânio, indispensável para a fabricação de armas de destruição em massa.
29 de janeiro de 2002: Bush chama a Coréia do Norte, Irã e Iraque de "eixo do mal", durante discurso.
Dezembro de 2001: Bush diz que Iraque e Coréia do Norte devem "explicações" caso tenham programa de desenvolvimento de armas nucleares.
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