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04/03/2005
-
07h47
da Folha Online
A Síria será tratada como "pária" pela comunidade internacional se não retirar suas tropas do Líbano, declarou nesta sexta-feira à BBC o ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw.
"Os sírios têm uma opção estratégica muito clara. Se retirarem [da Síria] suas forças de uma maneira sensata e rápida retornarão à comunidade internacional", afirmou o chanceler. "Se não fizerem isso, serão tratados como párias, não só pelo Ocidente, mas também pela maioria de seus vizinhos árabes", acrescentou.
Segundo Straw, não há, de forma alguma, a intenção de uso de força militar contra a Síria, mas disse também que o país precisa perceber que a situação na região mudou, e que [deixar o Líbano] "é uma decisão estratégica que a Síria deve tomar agora.
A crise política no Líbano se aprofundou nesta quinta-feira depois que políticos pró-Síria [no poder] pediram pela formação de um governo de unidade nacional, ignorando os pedidos da oposição.
Eles também acusaram os oposicionistas --que comandaram os protestos na capital Beirute nos últimos dias-- de contribuir para a crise econômica que atinge o país.
As manifestações populares levaram o então primeiro-ministro libanês, Omar Karami, a pedir sua renúncia nesta segunda-feira.
Durante os protestos, oposição exigiu a retirada dos 14 mil soldados e membros da inteligência síria que estão no país, além de pedir pela renúncia dos chefes de segurança libaneses.
Líderes oposicionistas também disseram que o presidente libanês, Emile Lahoud, terá que aceitar as exigências, para que haja avanço nas conversações sobre a formação de um governo de unidade nacional.
Nesta quinta-feira, o presidente sírio, Bashar al Assad, viajou para a Arábia Saudita, na tentativa de conseguir apoio para a crise com o Líbano, o que poderia também aliviar a pressão internacional, já que o reino é aliado dos Estados Unidos.
Apesar dos esforços de Assad, e de suas declarações afirmando que a retirada irá acontecer, os próprios líderes árabes têm demandado que o presidente assuma uma posição mais clara. O chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, pediu nesta quinta-feira que a Síria siga o acordo de Al Taif, realizado em 1989 entre autoridades libanesas e sírias, para a retirada dos soldados. O tratado nunca foi cumprido.
Os soldados sírios estão presentes no território libanês desde 1976, ano seguinte ao início da guerra civil no Líbano, que terminou em 1991.
Pressão
Sem uma definição clara da posição síria a respeito dos soldados no Líbano, a pressão internacional só tem aumentado.
O chanceler alemão, Gerhard Schröder, afirmou nesta quinta-feira que a Síria tem que sair do Líbano "imediatamente", dando oportunidade de "independência e crescimento" ao país.
Com agências internacionais
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A Síria será tratada como "pária" pela comunidade internacional se não retirar suas tropas do Líbano, declarou nesta sexta-feira à BBC o ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw.
"Os sírios têm uma opção estratégica muito clara. Se retirarem [da Síria] suas forças de uma maneira sensata e rápida retornarão à comunidade internacional", afirmou o chanceler. "Se não fizerem isso, serão tratados como párias, não só pelo Ocidente, mas também pela maioria de seus vizinhos árabes", acrescentou.
Segundo Straw, não há, de forma alguma, a intenção de uso de força militar contra a Síria, mas disse também que o país precisa perceber que a situação na região mudou, e que [deixar o Líbano] "é uma decisão estratégica que a Síria deve tomar agora.
A crise política no Líbano se aprofundou nesta quinta-feira depois que políticos pró-Síria [no poder] pediram pela formação de um governo de unidade nacional, ignorando os pedidos da oposição.
Eles também acusaram os oposicionistas --que comandaram os protestos na capital Beirute nos últimos dias-- de contribuir para a crise econômica que atinge o país.
As manifestações populares levaram o então primeiro-ministro libanês, Omar Karami, a pedir sua renúncia nesta segunda-feira.
Durante os protestos, oposição exigiu a retirada dos 14 mil soldados e membros da inteligência síria que estão no país, além de pedir pela renúncia dos chefes de segurança libaneses.
Líderes oposicionistas também disseram que o presidente libanês, Emile Lahoud, terá que aceitar as exigências, para que haja avanço nas conversações sobre a formação de um governo de unidade nacional.
Nesta quinta-feira, o presidente sírio, Bashar al Assad, viajou para a Arábia Saudita, na tentativa de conseguir apoio para a crise com o Líbano, o que poderia também aliviar a pressão internacional, já que o reino é aliado dos Estados Unidos.
Apesar dos esforços de Assad, e de suas declarações afirmando que a retirada irá acontecer, os próprios líderes árabes têm demandado que o presidente assuma uma posição mais clara. O chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, pediu nesta quinta-feira que a Síria siga o acordo de Al Taif, realizado em 1989 entre autoridades libanesas e sírias, para a retirada dos soldados. O tratado nunca foi cumprido.
Os soldados sírios estão presentes no território libanês desde 1976, ano seguinte ao início da guerra civil no Líbano, que terminou em 1991.
Pressão
Sem uma definição clara da posição síria a respeito dos soldados no Líbano, a pressão internacional só tem aumentado.
O chanceler alemão, Gerhard Schröder, afirmou nesta quinta-feira que a Síria tem que sair do Líbano "imediatamente", dando oportunidade de "independência e crescimento" ao país.
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