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10/03/2005
-
17h31
da France Presse, em Moscou
Os separatistas tchetchenos confirmaram nesta quinta-feira a nomeação de Abdul Khalim Sadulayev --uma personalidade pouco conhecida-- para o lugar do presidente independentista Aslan Maskhadov, morto há dois dias em uma operação das forças especiais russas.
"Na quarta-feira houve um encontro do comitê de defesa dos independentistas e a decisão tomada foi a de nomear Abdul Khalim Sadulayev", declarou Akhmed Zakayev, emissário no exterior do líder separatista morto.
O líder rebelde tchetcheno Shamil Basayev havia anunciado ontem em um site ligado que o xeque Abdul Khalim sucederia Askhadov na presidência independentista.
A personalidade do novo presidente ainda é obscura, principalmente porque não há muitas informações disponíveis sobre ele. As poucas coisas que foram publicadas a seu respeito são, em alguns casos, contraditórias.
Os partidários de Maskhadov, que encarnam a tendência moderada do separatismo, descartam a radicalização, pois a corrente de Sadulayev seria próxima à orientação do desaparecido presidente tchetcheno.
"Sadulayev, 35, era uma das pessoas mais próximas a Aslan Maskhadov em território tchetcheno e foi membro do tribunal da sharia (lei islâmica)", afirmou Zakayev, falando de Londres (Reino Unido), onde mora como refugiado político.
Zakayev se declarou confiante na capacidade de Sadulayev de "dar seqüência à política". Segundo ele, Sadulayev é tchetcheno e não saudita, conforme noticiou a imprensa russa nesta quinta-feira.
"Ele é de Argun [localidade a leste de Grozny, a capital tchetchena] e é um homem justo em quem Maskhadov confiaria para continuar sua luta", disse Umar Khambiev, outro emissário de Maskhadov, que mora na França.
No entanto, o comunicado de Basayev na internet garantia que a jihad [guerra santa] ia continuar.
"Os mujahedines [guerreiros islâmicos] vêm e vão. Aqueles que combateram em nome de Maskhadov podem descansar. E, para aqueles que combateram em nome de Alá, a jihad continua", dizia o comunicado.
O texto subentende que o novo presidente adere à linha dos radicais, relegando a segundo plano a guerra pelo independentismo e priorizando a luta em nome do islamismo.
O jornal russo econômico "Kommersant" garante por outro lado que Sadulayev é conhecido como um pregador do wahabita (islamismo radical), segundo informações obtidas no Ministério do Interior tchetcheno.
Mas Khambiev não tardou a negar esta versão, alegando que as forças pró-russas tentam relacionar o novo líder ao wahabismo para tirar seu prestígio.
Inúmeros russos acreditam, no entanto, que qualquer que seja o sucessor eleito pela rebelião separatista, o verdadeiro chefe em campo seria mais adiante Shamil Basayev, terrorista tchetcheno nº 1.
Basayev é considerado o cérebro do seqüestro de Beslan, na Ossétia do Norte [república russa], que terminou com a morte de mais de 300 pessoas, mais da metade era de crianças.
Com agências internacionais
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Separatistas tchetchenos nomeiam novo presidente
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Os separatistas tchetchenos confirmaram nesta quinta-feira a nomeação de Abdul Khalim Sadulayev --uma personalidade pouco conhecida-- para o lugar do presidente independentista Aslan Maskhadov, morto há dois dias em uma operação das forças especiais russas.
"Na quarta-feira houve um encontro do comitê de defesa dos independentistas e a decisão tomada foi a de nomear Abdul Khalim Sadulayev", declarou Akhmed Zakayev, emissário no exterior do líder separatista morto.
O líder rebelde tchetcheno Shamil Basayev havia anunciado ontem em um site ligado que o xeque Abdul Khalim sucederia Askhadov na presidência independentista.
A personalidade do novo presidente ainda é obscura, principalmente porque não há muitas informações disponíveis sobre ele. As poucas coisas que foram publicadas a seu respeito são, em alguns casos, contraditórias.
Os partidários de Maskhadov, que encarnam a tendência moderada do separatismo, descartam a radicalização, pois a corrente de Sadulayev seria próxima à orientação do desaparecido presidente tchetcheno.
"Sadulayev, 35, era uma das pessoas mais próximas a Aslan Maskhadov em território tchetcheno e foi membro do tribunal da sharia (lei islâmica)", afirmou Zakayev, falando de Londres (Reino Unido), onde mora como refugiado político.
Zakayev se declarou confiante na capacidade de Sadulayev de "dar seqüência à política". Segundo ele, Sadulayev é tchetcheno e não saudita, conforme noticiou a imprensa russa nesta quinta-feira.
"Ele é de Argun [localidade a leste de Grozny, a capital tchetchena] e é um homem justo em quem Maskhadov confiaria para continuar sua luta", disse Umar Khambiev, outro emissário de Maskhadov, que mora na França.
No entanto, o comunicado de Basayev na internet garantia que a jihad [guerra santa] ia continuar.
"Os mujahedines [guerreiros islâmicos] vêm e vão. Aqueles que combateram em nome de Maskhadov podem descansar. E, para aqueles que combateram em nome de Alá, a jihad continua", dizia o comunicado.
O texto subentende que o novo presidente adere à linha dos radicais, relegando a segundo plano a guerra pelo independentismo e priorizando a luta em nome do islamismo.
O jornal russo econômico "Kommersant" garante por outro lado que Sadulayev é conhecido como um pregador do wahabita (islamismo radical), segundo informações obtidas no Ministério do Interior tchetcheno.
Mas Khambiev não tardou a negar esta versão, alegando que as forças pró-russas tentam relacionar o novo líder ao wahabismo para tirar seu prestígio.
Inúmeros russos acreditam, no entanto, que qualquer que seja o sucessor eleito pela rebelião separatista, o verdadeiro chefe em campo seria mais adiante Shamil Basayev, terrorista tchetcheno nº 1.
Basayev é considerado o cérebro do seqüestro de Beslan, na Ossétia do Norte [república russa], que terminou com a morte de mais de 300 pessoas, mais da metade era de crianças.
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