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25/03/2005 - 15h03

Pais de Schiavo entram com nova apelação em corte dos EUA

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da Folha Online

Bob e Mary Schindler, pais de Terri Schiavo, 41, que se encontra em estado vegetativo há 15 anos, entraram com uma nova apelação na 11º Corte de Apelações de Atlanta, para tentar reverter a decisão da Justiça de manter a paciente sem receber alimentação.

Terri foi desconectada do tubo de alimentação na sexta-feira (18), e já demonstra sinais de desidratação. Segundo os médicos que tratam de sua saúde, ela pode viver sem os cuidados necessários por um período entre uma e duas semanas.

Manifestantes que se opõem à morte da paciente pedem a intervenção do governador da Flórida, Jeb Bush, que pode decretar a reinserção do tubo em Terri. Ele disse, entretanto, que não pode fazer muito mais por ela. "Tenho o dever de respeitar a lei", afirmou.

Perda

Pela manhã, O tribunal federal de Tampa, na Flórida, rejeitou novamente nesta sexta-feira a reinserção do tubo de alimentação em Terri.

O juiz James Whittemore, que revisou o caso, deveria decidir entre a emissão de uma interdição provisória para reconectar a paciente ao aparelho de alimentação, enquanto uma outra ação judicial a favor da vida da paciente corre nos tribunais. Essa foi a segunda vez que ele nega a recolocação do tubo.

O principal argumento do pedido de restituição emergencial do tubo foi baseado em um relatório médico atestando que Terri pode apresentar um "estado mínimo de consciência", e não estar em estado vegetativo.

As leis do Estado da Flórida dizem que uma pessoa com danos cerebrais graves, e que não tenha deixado instruções expressas sobre seu tratamento, não pode ser desconectada dos aparelhos que mantêm sua vida, a menos que esteja em estado vegetativo.

Há 15 anos, o cérebro de Terri sofreu graves danos porque seu coração parou de bater por alguns minutos --provavelmente devido a uma parada cardíaca causada por deficiência de potássio. Desde então, ela se encontra no que os médicos chamam de estado vegetativo persistente.

Remoção

A determinação da corte estadual para remoção do tubo de alimentação ocorrida na sexta-feira (18), atende aos pedidos do marido de Terri e seu guardião legal, Michael Schiavo.

Ele argumenta que Terri pediu reiteradas vezes, antes de entrar em estado vegetativo, que sua vida não fosse mantida artificialmente. Não há documentos que comprovem esse pedido. Além disso, Michael defende a posição de que não há mais esperanças de cura para a mulher.

"É muito frustrante. Terri sentirá fome e sede até a morte", afirmou Bobby Schindler, irmão da paciente que, segundo ele, "parece uma imagem dos prisioneiros dos campos de concentração."

Brian Schiavo, irmão Michael, afirmou à rede de TV americana CNN que ela "aparenta desidratação", mas não sente dores. A fome é "simplesmente parte do processo de morte."

Com agências internacionais

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