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31/03/2005 - 17h05

Cardeal diz que morte de Terri Schiavo foi "ataque contra Deus"

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da Folha Online

O cardeal português José Saraiva Martins, chefe da Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano, afirmou que a remoção do tubo de alimentação de Terri Schiavo, 41, que provocou sua morte nesta quinta-feira foi "um ataque contra Deus."

O cardeal afirmou que o papa João Paulo 2º está ensinando ao mundo "não somente com seu sofrimento, mas também com seu grande respeito" que a vida é o bem "mais precioso que nós temos".

Os comentários refletem a opinião geral do prelado do Vaticano sobre o caso de Schiavo.

"A interrupção prolongada de sua alimentação (...) está nos levando a decretar de forma injusta uma inocente à morte, em uma das formas mais cruéis e inumanas", afirmou Renato Martino, diretor do Conselho para Justiça e Paz do Vaticano, nesta quinta-feira.

"O inviolável respeito pelo ser humano (...) permite, sem nenhum eufemismo, classificar esse episódio como assassinato. É impossível ficar inerte, sem ser cúmplice", disse Martino.

O porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, afirmou nesta quinta-feira que a morte de Terri "perturbou consciências", já que "uma existência foi interrompida e a morte foi arbitrariamente apressada, já que que deixar alguém morrer de inanição não pode ser considerado um caso de morte por meios excepcionais."

Terri sofreu uma lesão cerebral há 15 anos devido a uma parada cardíaca que bloqueou a oxigenação de seu cérebro, fazendo com que ela entrasse em estado vegetativo persistente. Seu marido e guardião legal, Michael Schiavo, pediu à Justiça americana a permissão para que o tubo de alimentação que a mantinha viva fosse retirado, sob a alegação de que ela havia pedido --antes de entrar em estado vegetativo-- que sua vida não fosse mantida artificialmente, caso algo lhe acontecesse.

A Justiça estadual da Flórida determinou a remoção do tubo na sexta-feira (18). Na última semana, a família da paciente travou uma dura batalha legal na tentativa de mantê-la viva. Todas as decisões das cortes americanas foram favoráveis ao marido.

Os pais de Terri --Bob e Mary Schindler-- afirmaram, ao contrário que a filha tinha condições de apresentar melhora, caso recebesse o tratamento correto. Eles defendiam, também, que o diagnóstico apontado pelos médicos estava errado, e que Terri não estava em estado vegetativo e apresentava traços mínimos de consciência.

Com agências internacionais

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