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02/04/2005 - 11h44

Estado de inconsciência impede que papa deixe o posto

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RICARDO FELTRIN
Enviado da Folha Online ao Vaticano

A progressiva perda de consciência do papa deve colocar um ponto final nas especulações e, principalmente, nos argumentos de alguns bispos e cardeais em todo o mundo, que passaram os últimos meses defendendo a renúncia de João Paulo 2º --desde que seu estado de saúde se deteriorou. Um deles foi o bispo Karl Lehmann, presidente da Conferência dos Bispos da Alemanha.

A "lei" vigente na milenar Igreja Católica proíbe que qualquer papa seja retirado do pontificado caso esteja inconsciente. Seu "cargo" é mantido até o momento de sua morte. A única forma de um papa deixar o cargo é por meio de sua própria decisão, tomada verbalmente e por escrito.

Isso significa que João Paulo 2º, o 262° papa desde São Pedro (considerando apenas a linhagem em Roma) de fato deverá terminar seu longo pontificado até a morte, como sempre prometeu.

O último papa a renunciar foi Celestino 5º, no século 13. A diferença é que Celestino jamais quis se tornar papa. Eremita, considerado uma espécie de santo pelos "pecadores" cardeais e bispos de então (em eterna guerra por poder e propriedades), Celestino foi eleito praticamente "à força" para que grupos rivais contornassem a crise que culminou em dois anos sem que um papa fosse escolhido após a morte de Nicolau 4º.

Pressionado por ambos os lados e desgostoso, Celestino abdicou em dezembro de 1294, seis meses depois de assumir o pontificado. Acabou sendo preso e morrendo na cadeia dois anos depois.

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