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02/04/2005
-
20h08
JANAÍNA LAGE
da Folha Online, no Rio
A coordenadora de duas visitas do papa João Paulo 2º ao Rio de Janeiro, a professora Maria Cristina Sá, afirma que o momento mais marcante das viagens ao Brasil foi a visita ao morro do Vidigal.
Segundo Sá, a morte do papa representa um momento de profunda emoção para todos os católicos que têm a oportunidade de refletir sobre o legado deixado por João Paulo 2º.
A visita do papa ao Brasil em 1980 durou doze dias. Os momentos mais marcantes foram o encontro com operários paulistas no Estádio do Morumbi e a missa campal para 160 mil pessoas no Maracanã.
Na avaliação de Sá, no entanto, a visita ao morro do Vidigal foi um testemunho de solidariedade.
"Era época de expulsão de moradores da favela, a visita do papa significou um marco da conquista do direito de moradia", disse.
Sá destaca que o papa escolheu o Sermão da Montanha com uma parábola para falar sobre as condições necessárias para um mundo mais justo.
O papa referiu-se à Igreja dos pobres e declarou que ela não é "de uma classe ou de uma só casta. (...) A igreja dos pobres não quer servir àquilo que causa as tensões e faz explodir a luta entre os homens".
O favela do Vidigal foi escolhida porque a Igreja Católica desenvolvia lá projetos sociais e porque o morro tinha forte apelo popular.
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Ida ao Vidigal foi momento mais marcante, diz coordenadora da visita do papa
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da Folha Online, no Rio
A coordenadora de duas visitas do papa João Paulo 2º ao Rio de Janeiro, a professora Maria Cristina Sá, afirma que o momento mais marcante das viagens ao Brasil foi a visita ao morro do Vidigal.
Segundo Sá, a morte do papa representa um momento de profunda emoção para todos os católicos que têm a oportunidade de refletir sobre o legado deixado por João Paulo 2º.
A visita do papa ao Brasil em 1980 durou doze dias. Os momentos mais marcantes foram o encontro com operários paulistas no Estádio do Morumbi e a missa campal para 160 mil pessoas no Maracanã.
Na avaliação de Sá, no entanto, a visita ao morro do Vidigal foi um testemunho de solidariedade.
"Era época de expulsão de moradores da favela, a visita do papa significou um marco da conquista do direito de moradia", disse.
Sá destaca que o papa escolheu o Sermão da Montanha com uma parábola para falar sobre as condições necessárias para um mundo mais justo.
O papa referiu-se à Igreja dos pobres e declarou que ela não é "de uma classe ou de uma só casta. (...) A igreja dos pobres não quer servir àquilo que causa as tensões e faz explodir a luta entre os homens".
O favela do Vidigal foi escolhida porque a Igreja Católica desenvolvia lá projetos sociais e porque o morro tinha forte apelo popular.
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