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04/04/2005 - 12h37

Cuba decreta três dias de luto oficial pela morte do papa

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da Folha Online

O presidente cubano, Fidel Castro, enviou condolências ao Vaticano pela morte do papa João Paulo 2º, após ter sonegado informações sobre o estado de saúde do sumo pontífice aos católicos da ilha.

Apenas na sexta-feira (1), a rede pública de Cuba permitiu que o cardeal Jaime Ortega [o principal representante católico no país] desse informações sobre João Paulo 2º.

O governo decretou luto oficial de três dias pela morte do papa, apesar da situação delicada que a Igreja Católica enfrenta na ilha. Pouco antes da morte do sumo pontífice, reportagens realizadas pela TV cubana mostravam declarações do papa criticando as sanções americanas contra Cuba, além da Guerra do Iraque, mas nenhum detalhe sobre a saúde de João Paulo 2º foi exibido ou divulgado. Cuba censura o acesso de informações sobre a Igreja Católica na imprensa.

Fidel enviou uma mensagem ao Vaticano expressando 'um profundo luto do povo e do governo', e dizendo que 'a humanidade vai manter uma recordação emocionada do trabalho infatigável de Sua Santidade João Paulo 2º a favor da paz, da justiça e da solidariedade em todos os povos'.

O comunicado do presidente também citou a visita histórica que o papa fez à ilha em 1998, dizendo: 'o evento permanecerá gravado na memória da nossa nação como um momento de transcendência das relações entre Cuba e o Vaticano'.

Durante o período de luto serão suspensos todos os jogos de beisebol --esporte preferido dos cubanos--, assim como celebrações de aniversários de algumas organizações comunistas. A bandeira cubana foi hasteada a meio pau neste domingo.

Delegação

O ministro cubano das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, anunciou a formação de uma delegação cubana que vai participar do funeral do papa. A autoridade definiu João Paulo 2º como 'um amigo de Cuba' que 'combateu o neoliberalismo e lutou pela paz'.

O Estado de Cuba se tornou oficialmente ateísta depois da revolução de 1959, que levou Fidel ao poder, mas o governo tirou qualquer referência ao ateísmo da Constituição há mais de duas décadas, e permitiu que religiosos passassem a fazer parte do Partido Comunista.

O ateísmo caiu em Cuba em 1992, quando o país ficou isolado, após o colapso da ex-União Soviética. O Natal só pôde ser comemorado novamente na ilha em 1997, um mês antes da visita do papa.

Com agências internacionais

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