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19/04/2005
-
14h49
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A direção que a Igreja Católica vai seguir daqui para a frente ainda é uma incógnita, na avaliação de d. Mauro Morelli, que deixou a diocese de Duque de Caxias no fim de março para se dedicar a projetos pessoais.
Segundo d. Mauro, a tendência conservadora do novo papa ainda não é suficiente para estabelecer as diretrizes que a igreja vai seguir no futuro. "É um tempo novo, uma situação nova, cabe a ele decidir qual o rumo que a compreensão da fé deve tomar", disse.
Sobre os principais desafios que a igreja vai enfrentar no futuro, d. Mauro afirmou que a idade avançada é um dos primeiros entraves que o novo papa terá que lidar. Joseph Ratzinger completou 78 anos no último sábado. "A igreja é desafiada pela história, o novo papa vai ser desafiado pela urgência do tempo. Ele tem idade avançada, mas sempre se colocou diante da figura do papa como um humilde servidor na linha do Senhor", disse.
O religioso destacou a capacidade de atrair novos fiéis como uma característica necessária ao novo papa. "Acredito que o espírito de Deus conduz a igreja, espero que o novo papa corresponda ao que Deus deseja nesse momento, seja um bom pastor, saiba buscar as ovelhas, caminhar em todo lugar e ter muita misericórdia", afirmou.
Apesar das expectativas de que Joseph Ratzinger dê continuidade aos trabalhos de internacionalização e rigidez moral do pontificado anterior, d. Mauro disse que nem sempre o novo papa teve um perfil tão conservador e que parte desta postura pode ser atribuída ao cargo exercido por Ratzinger na Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, o órgão que ficou no lugar do antigo tribunal de Inquisição.
"Ele é sem dúvida um dos teólogos de renome da igreja, em outros tempos tinha uma posição mais branda, mas assumiu uma tarefa que lhe foi dada pelo papa anterior, de guardião da doutrina da fé, que marca as pessoas que a vivenciaram", explicou.
O novo papa deverá valorizar o colégio de bispos no mundo, na avaliação de d. Mauro. Este ano deverá ser realizado um novo sínodo, a assembléia de bispos do mundo inteiro que se reúne periodicamente sob a presidência do papa para tratar de problemas da igreja.
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Para d. Mauro Morelli, Ratzinger será "desafiado pela urgência do tempo"
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A direção que a Igreja Católica vai seguir daqui para a frente ainda é uma incógnita, na avaliação de d. Mauro Morelli, que deixou a diocese de Duque de Caxias no fim de março para se dedicar a projetos pessoais.
Segundo d. Mauro, a tendência conservadora do novo papa ainda não é suficiente para estabelecer as diretrizes que a igreja vai seguir no futuro. "É um tempo novo, uma situação nova, cabe a ele decidir qual o rumo que a compreensão da fé deve tomar", disse.
Sobre os principais desafios que a igreja vai enfrentar no futuro, d. Mauro afirmou que a idade avançada é um dos primeiros entraves que o novo papa terá que lidar. Joseph Ratzinger completou 78 anos no último sábado. "A igreja é desafiada pela história, o novo papa vai ser desafiado pela urgência do tempo. Ele tem idade avançada, mas sempre se colocou diante da figura do papa como um humilde servidor na linha do Senhor", disse.
O religioso destacou a capacidade de atrair novos fiéis como uma característica necessária ao novo papa. "Acredito que o espírito de Deus conduz a igreja, espero que o novo papa corresponda ao que Deus deseja nesse momento, seja um bom pastor, saiba buscar as ovelhas, caminhar em todo lugar e ter muita misericórdia", afirmou.
Apesar das expectativas de que Joseph Ratzinger dê continuidade aos trabalhos de internacionalização e rigidez moral do pontificado anterior, d. Mauro disse que nem sempre o novo papa teve um perfil tão conservador e que parte desta postura pode ser atribuída ao cargo exercido por Ratzinger na Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, o órgão que ficou no lugar do antigo tribunal de Inquisição.
"Ele é sem dúvida um dos teólogos de renome da igreja, em outros tempos tinha uma posição mais branda, mas assumiu uma tarefa que lhe foi dada pelo papa anterior, de guardião da doutrina da fé, que marca as pessoas que a vivenciaram", explicou.
O novo papa deverá valorizar o colégio de bispos no mundo, na avaliação de d. Mauro. Este ano deverá ser realizado um novo sínodo, a assembléia de bispos do mundo inteiro que se reúne periodicamente sob a presidência do papa para tratar de problemas da igreja.
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