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20/04/2005 - 12h04

"Papa não é lixeiro", diz presidente da CNBB

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RODRIGO WERNECK
Colaboração para a Folha Online, de Roma

O cardeal-arcebispo de Salvador e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majella Agnelo, disse nesta quarta-feira que o papa Bento 16 deve se empenhar em corrigir "pecados" da Igreja Católica. No entanto, afirmou, sua atuação deve acontecer pela pregação religiosa, sem perseguições.

"Não se pode pensar que o papa agora é lixeiro. Ele não está aí correndo atrás de toda a sujeira", comparou dom Geraldo. O presidente da CNBB comentava, em Roma, um texto [desconhecido dele] lido por Joseph Ratzinger durante a meditação da Via Crucis, na Sexta-feira Santa deste ano, em que Bento 16 representou o papa João Paulo 2º.

Na ocasião, Ratzinger falou em "imundice" dentro da Igreja. "Quanta imundície há na igreja, mesmo entre aqueles que, no sacerdócio, devem pertencer inteiramente a Ele. Quanto orgulho, quanta auto-suficiência", afirmou o agora papa Bento 16.

O cardeal-arcebispo do Rio, dom Eusébio Scheid, também admitiu problemas na Igreja. Para ele, "a Igreja pode não estar limpa como deveria estar".

Já o cardeal-arcebispo metropolitano de São Paulo, dom Cláudio Hummes, disse que o papa Bento 16 deve lutar para afastar "sombras".

"Sempre reconhecemos que a Igreja é feita de homens pecadores. Bispos, padres, religiosos, somos todos pecadores tentando ser santos. Mas logicamente (o pecado) deve ser combatido para que não avance. E tenho a certeza de que o papa vai fazer um esforço para que as sombras tenham o menor espaço possível", sinalizou.

O presidente da CNBB aproveitou para atacar teólogos críticos de posturas conservadoras da Igreja Católica, como o brasileiro Leonardo Boff. "Algumas vezes os nossos teólogos estão preocupados em dizer uma opinião como se fosse uma verdade da fé", disse.

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