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20/04/2005
-
12h43
RODRIGO WERNECK
Colaboração para a Folha Online, de Roma
A regra de manter em segredo qualquer informação do conclave foi respeitada à risca pelos quatro cardeais brasileiros que participaram da eleição do papa Bento 16. Nesta quarta-feira, os arcebispos limitaram-se a falar da emoção da escolha de Joseph Ratzinger, sem contar a votação obtida pelo sumo pontífice alemão.
Os quatro cardeais --todos eles estreantes em conclaves-- não confirmaram sequer se a escolha do papa Bento 16 foi quase unânime, como admitiram alguns cardeais nesta quarta-feira em Roma. Eles ainda disseram que é cedo para falar em uma visita de Ratzinger ao Brasil.
Dom José Freire Falcão, cardeal-arcebispo de Brasília, falou que as votações foram sempre precedidas de rezas, em clima de cordialidade e fraternidade. "Não houve momento de oposição", afirmou dom Falcão, para quem o conclave serviu também para conhecer outros cardeais-eleitores.
"Como éramos de muitos países, pela primeira vez muitos de nós nos conhecemos", revelou.
Já o cardeal-arcebispo metropolitano de São Paulo, dom Cláudio Hummes, que chegou a ser cotado para substituir o papa João Paulo 2º, lembrou que a escolha do nome de Ratzinger foi comemorada com muitos aplausos pelos cardeais. Segundo ele, não há problema no fato de o novo pontífice ser alemão.
"Quando vim para o conclave, não pensei se queria um papa da América Latina, da América do Norte, da Ásia ou da África. Não tinha preocupação nem que fosse europeu. Tinha a fé de que, por ele, Cristo falaria", disse dom Cláudio, para quem a preocupação com os pobres é obrigação de todo religioso, independentemente de sua origem.
Dom Eusébio Scheid, arcebispo do Rio, fez questão de dizer que os alemães "falam pouco" e "fazem muito" pelos pobres. "Mas eles [alemães] não dão publicidade ao que fazem", afirmou.
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Colaboração para a Folha Online, de Roma
A regra de manter em segredo qualquer informação do conclave foi respeitada à risca pelos quatro cardeais brasileiros que participaram da eleição do papa Bento 16. Nesta quarta-feira, os arcebispos limitaram-se a falar da emoção da escolha de Joseph Ratzinger, sem contar a votação obtida pelo sumo pontífice alemão.
Os quatro cardeais --todos eles estreantes em conclaves-- não confirmaram sequer se a escolha do papa Bento 16 foi quase unânime, como admitiram alguns cardeais nesta quarta-feira em Roma. Eles ainda disseram que é cedo para falar em uma visita de Ratzinger ao Brasil.
Dom José Freire Falcão, cardeal-arcebispo de Brasília, falou que as votações foram sempre precedidas de rezas, em clima de cordialidade e fraternidade. "Não houve momento de oposição", afirmou dom Falcão, para quem o conclave serviu também para conhecer outros cardeais-eleitores.
"Como éramos de muitos países, pela primeira vez muitos de nós nos conhecemos", revelou.
Já o cardeal-arcebispo metropolitano de São Paulo, dom Cláudio Hummes, que chegou a ser cotado para substituir o papa João Paulo 2º, lembrou que a escolha do nome de Ratzinger foi comemorada com muitos aplausos pelos cardeais. Segundo ele, não há problema no fato de o novo pontífice ser alemão.
"Quando vim para o conclave, não pensei se queria um papa da América Latina, da América do Norte, da Ásia ou da África. Não tinha preocupação nem que fosse europeu. Tinha a fé de que, por ele, Cristo falaria", disse dom Cláudio, para quem a preocupação com os pobres é obrigação de todo religioso, independentemente de sua origem.
Dom Eusébio Scheid, arcebispo do Rio, fez questão de dizer que os alemães "falam pouco" e "fazem muito" pelos pobres. "Mas eles [alemães] não dão publicidade ao que fazem", afirmou.
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