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20/04/2005
-
18h57
RODRIGO WERNECK
Colaboração para a Folha Online, de Roma
Uma simples visita do papa Bento 16 ao apartamento em que morava em Roma causou tumulto e alvoroço entre os fiéis na tarde desta quarta-feira.
O alemão Joseph Ratzinger residia a menos de 50 metros do portão principal de acesso ao Vaticano, e o trajeto de hoje foi suficiente para atrair as atenções de uma multidão de cerca de mil pessoas, segundo a polícia italiana.
Ao menos cem policiais trabalharam no esquema de segurança que fez a escolta dos três carros da comitiva de Bento 16 entre o Vaticano e o prédio localizado na praça Città Leonina, vizinha à praça São Pedro. Os veículos tiveram dificuldades para avançar no meio do público.
Após a visita, o sumo pontífice voltou à Casa de Santa Marta --onde vai dormir esta noite-- por volta das 19h (14h de Brasília).
Antes de embarcar no carro de volta ao Vaticano, Bento 16 conversou com assessores e saudou rapidamente os fiéis.
Durante todo o dia, turistas e católicos esperaram na praça São Pedro por um aceno de Ratzinger, mas o papa alemão não apareceu em nenhuma das janelas do Palácio Apostólico.
No fim da tarde, informados da presença dele em seu apartamento privado, muitos deles mudaram a vigília de lugar.
Um dos fiéis que aguardavam a saída de Bento 16 de sua antiga casa era o romano Giuseppe Piratzo. Ele carregava um cartaz com a foto de Ratzinger e
a inscrição "Bem-vindo, Bento" e uma mensagem de apoio ao novo sumo pontífice, mas não conseguiu vê-lo direito entre o paredão de policiais.
"Como João Paulo 2º já não conseguia falar em seus últimos dias, sei que era Bento 16 quem tomava as decisões na igreja. Por isso, admiro-o muito e torço para que todos o reconheçam", disse.
Primeiro dia
Hoje, no primeiro dia de pontificado, Ratzinger visitou também o apartamento em que vai morar na condição de sumo pontífice. Ele abriu as portas do aposento papal, no Palácio Apostólico, fechado desde 2 de abril (dia da morte de Karol Josef Wojtyla). A Constituição Apostólica proíbe a entrada de qualquer pessoa no local enquanto um novo papa não é eleito.
Segundo a Santa Sé, não há previsão de quando Ratzinger ocupará definitivamente o quarto, que passará por uma reforma. Enquanto a obra não estiver pronta, o papa dormirá na Casa de Santa Marta, mesmo lugar em que repousaram os cardeais na única noite do conclave.
Ainda nesta quarta-feira, Bento 16 visitou a sede da Congregação Doutrina da Fé, onde recebeu cumprimentos de amigos, e almoçou com colaboradores da Cúria Romana.
Posse
A primeira missa pública de Bento 16, em que inicia oficialmente o seu pontificado está confirmada para domingo (24). A tradicional celebração deve ocorrer às 10h de Roma (5h do Brasil). Já a primeira entrevista coletiva de Ratzinger deve acontecer no sábado.
Para a missa de domingo, a Defesa Civil italiana anunciou que vai fechar o espaço aéreo na região de Roma para garantir a segurança de chefes de Estado e representantes de governos de todo o mundo que assistirão à cerimônia.
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Colaboração para a Folha Online, de Roma
Uma simples visita do papa Bento 16 ao apartamento em que morava em Roma causou tumulto e alvoroço entre os fiéis na tarde desta quarta-feira.
O alemão Joseph Ratzinger residia a menos de 50 metros do portão principal de acesso ao Vaticano, e o trajeto de hoje foi suficiente para atrair as atenções de uma multidão de cerca de mil pessoas, segundo a polícia italiana.
Ao menos cem policiais trabalharam no esquema de segurança que fez a escolta dos três carros da comitiva de Bento 16 entre o Vaticano e o prédio localizado na praça Città Leonina, vizinha à praça São Pedro. Os veículos tiveram dificuldades para avançar no meio do público.
Após a visita, o sumo pontífice voltou à Casa de Santa Marta --onde vai dormir esta noite-- por volta das 19h (14h de Brasília).
Antes de embarcar no carro de volta ao Vaticano, Bento 16 conversou com assessores e saudou rapidamente os fiéis.
Durante todo o dia, turistas e católicos esperaram na praça São Pedro por um aceno de Ratzinger, mas o papa alemão não apareceu em nenhuma das janelas do Palácio Apostólico.
No fim da tarde, informados da presença dele em seu apartamento privado, muitos deles mudaram a vigília de lugar.
Um dos fiéis que aguardavam a saída de Bento 16 de sua antiga casa era o romano Giuseppe Piratzo. Ele carregava um cartaz com a foto de Ratzinger e
a inscrição "Bem-vindo, Bento" e uma mensagem de apoio ao novo sumo pontífice, mas não conseguiu vê-lo direito entre o paredão de policiais.
"Como João Paulo 2º já não conseguia falar em seus últimos dias, sei que era Bento 16 quem tomava as decisões na igreja. Por isso, admiro-o muito e torço para que todos o reconheçam", disse.
Primeiro dia
Hoje, no primeiro dia de pontificado, Ratzinger visitou também o apartamento em que vai morar na condição de sumo pontífice. Ele abriu as portas do aposento papal, no Palácio Apostólico, fechado desde 2 de abril (dia da morte de Karol Josef Wojtyla). A Constituição Apostólica proíbe a entrada de qualquer pessoa no local enquanto um novo papa não é eleito.
Segundo a Santa Sé, não há previsão de quando Ratzinger ocupará definitivamente o quarto, que passará por uma reforma. Enquanto a obra não estiver pronta, o papa dormirá na Casa de Santa Marta, mesmo lugar em que repousaram os cardeais na única noite do conclave.
Ainda nesta quarta-feira, Bento 16 visitou a sede da Congregação Doutrina da Fé, onde recebeu cumprimentos de amigos, e almoçou com colaboradores da Cúria Romana.
Posse
A primeira missa pública de Bento 16, em que inicia oficialmente o seu pontificado está confirmada para domingo (24). A tradicional celebração deve ocorrer às 10h de Roma (5h do Brasil). Já a primeira entrevista coletiva de Ratzinger deve acontecer no sábado.
Para a missa de domingo, a Defesa Civil italiana anunciou que vai fechar o espaço aéreo na região de Roma para garantir a segurança de chefes de Estado e representantes de governos de todo o mundo que assistirão à cerimônia.
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