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27/04/2005 - 17h40

Crise política atinge vários países da América Latina

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EMILIA BERTOLLI
da Folha Online

Vários países da América Latina vivem crises políticas que já derrubaram vários governantes, o último foi Lúcio Gutiérrez, deposto pelo Congresso sob acusação de "abandono de cargo" e "uso da força para reprimir manifestações antigoverno".

Veja a seguir a situação de alguns países latino-americanos.

Bolívia - A tensão na Bolívia, devido a pressão de grupos esquerdistas que exigem o aumento dos impostos sobre as empresas estrangeiras que exploram gás natural, levaram o presidente Carlos Mesa a renunciar em 7 de março último. O Congresso rejeitou a renúncia. Mesa, agora, tenta antecipar as eleições [mas não tem apoio do Congresso] e negociar com o Chile uma saída para o mar, para iniciar a exportação de gás.


Equador - O então presidente Lúcio Gutiérrez foi deposto do cargo na semana passada, após intensas manifestações contra a sua permanência no governo. A crise equatoriana começou em dezembro passado, quando o presidente dissolveu a Suprema Corte. O Brasil deu asilo político a Gutiérrez, e a Presidência foi assumida por Alfredo Palácio. O novo governo ainda não foi formalmente reconhecido.

Haiti - A crise no Haiti começou há um ano, com uma rebelião na cidade de Goinaves, que depois atingiu a capital Porto Príncipe. O conflito levou o país a sofrer intervenção da ONU, que enviou forças de paz lideradas pelo Brasil à região. A principal preocupação agora é que haja segurança para a realização das eleições, ainda neste ano. No controle do Haiti está a Minustah (Força de Estabilização da ONU no Haiti).

Nicarágua - Há três semanas, manifestantes iniciaram protestos por causa do aumento da tarifa de ônibus e da alta dos preços da gasolina e dos alimentos. A intensidade das manifestações cresceu nos últimos dois dias, e alguns setores da população já pedem a renúncia do presidente Enrique Bolaños. Na noite desta terça-feira, manifestantes atiraram pedras contra o presidente.

Peru - Enfrentando denúncias de corrupção, o presidente Alejandro Toledo fez um acordo com a oposição para conseguir levar seu mandato até o final, previsto para 2006. No início do ano, um grupo nacionalista pedindo pela renúncia do presidente ocupou uma delegacia, localizada a sudeste da capital Lima. O resultado foi a morte de quatro reféns pelo grupo, e a convocação do estado de emergência no país pelo presidente.

Venezuela - Apesar de a Venezuela não enfrentar uma crise institucional, como seus vizinhos, o maior desafio do presidente Hugo Chávez são as suas relações com os Estados Unidos. Chávez acusa os EUA de participar da tentativa de tirá-lo do poder em 2002, e ameaça cortar a venda de petróleo. Em resposta, os EUA endureceram a política externa contra o país.

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