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29/04/2005 - 11h37

Seqüestro de brasileiro no Iraque chega ao 100º dia

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EMILIA BERTOLLI
da Folha Online

Após cem dias de seqüestro, a família do brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, 50, que desapareceu no Iraque depois de um ataque rebelde, ainda espera notícias. "Estamos aguardando alguma informação, não temos nada", disse nesta sexta-feira o pai do brasileiro, João Vasconcellos, 74.

No Brasil, o governo e a construtora Norberto Odebrecht --da qual Vasconcellos Jr. é funcionário-- ainda tentam obter informações sobre o destino de Vasconcellos Jr..

Nesta sexta-feira, a empresa informou à Folha Online que as buscas pelo brasileiro ainda continuam, com a ajuda da Janusian Security Risk Management [empresa de segurança britânica que está em território iraquiano desde 17 de abril de 2003].

Vasconcellos Jr., que trabalhava em projetos de engenharia da Odebrecht, e dois seguranças [que morreram na ação] da Janusian, foram atacados em 19 de janeiro último, em Beiji, ao norte do país.

Fontes da Odebrecht informaram que "há esperança de que Vasconcellos esteja vivo", já que "não há prova do contrário".

TV Globo

No último dia 14, a TV Globo veiculou uma reportagem afirmando que uma "fonte anônima", identificada depois como o reverendo Andrew White, diretor Centro Internacional para Reconciliação e do Instituto Iraquiano da Paz, tinha confirmado a morte de Vasconcellos Jr.

Três dias depois, White negou a informação. O Itamaraty não reconheceu a morte do brasileiro, e continua investigando seu paradeiro. à época da reportagem, a família de Vasconcellos Jr. afirmou que a informação sobre a morte do engenheiro era "pura especulação".

Essa não é a primeira vez em que rumores sobre a morte do brasileiro aparecem. Em março passado, a agência italiana de notícias Ansa noticiou a morte de Vasconcellos Jr., atribuindo a informação à jornalista italiana Giuliana Sgrena, logo após ela ter sido libertada por seqüestradores. Mais tarde, a informação foi negada tanto pela agência como pela jornalista italiana.

Insurgentes

O engenheiro foi seqüestrado em uma ação conjunta reivindicada pelos grupos Brigadas Mujahidin e Exército de Ansar al Sunna, em Beiji.

O seqüestro do brasileiro foi informado por meio de um vídeo [sem áudio] em que apareciam sua carteira de mergulhador e algumas cédulas de reais, mas em nenhum momento foram divulgadas imagens do engenheiro.

Até hoje, nenhum pedido de resgate foi feito à família, à construtora ou ao governo brasileiro, que tenta libertá-lo por meio de sua embaixada na Jordânia.

Brasileiro ferido

O brasileiro Luiz Augusto Branco, 37, que foi ferido no Iraque no último dia 16, chegou nesta quinta-feira ao Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo. Segundo o boletim médico divulgado nesta sexta-feira, seu estado de saúde é "estável".

Segundo o Itamaraty, que confirmou o caso no dia 19, Branco foi ferido após um ataque contra o comboio no qual viajava. Na ocasião, o embaixador no Kuait, Mario Roiter visitou o brasileiro e disse que ele "sofreu queimaduras e fraturas, além de outros ferimentos", e considerou estável seu estado de saúde.

O brasileiro trabalhava para a empresa de segurança australiana Unity Resources Group no Iraque.

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