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30/05/2005 - 13h13

UE já atravessou várias crises desde 1954

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da France Presse, em Bruxelas

A União Européia, que enfrenta uma profunda crise depois do "não" francês à sua Constituição, conseguiu superar diversos obstáculos desde 1954.

Veja as principais crises superadas pela UE desde sua criação:

30 de agosto de 1954: o projeto da Comunidade Européia de Defesa (CED) fracassa, já que a França não ratifica o tratado assinado em maio de 1952. É a primeira crise européia. Com o resultado, é necessário esperar até a década de 90 para ver o início de uma política externa européia de segurança e defesa.

14 de janeiro de 1963: o general Charles de Gaulle (1890-1970) veta a adesão do Reino Unido. Voltará a fazê-lo no dia 27 de novembro de 1967. O Reino Unido só ingressaria na UE em 1973.

1º de julho de 1965: crise da "cadeira vazia". Ruptura das negociações entre França e os outros países membros depois de uma disputa pelo financiamento da Política Agrícola Comum (PAC). Durante sete meses, a França se negará a ocupar seus cargos nas instâncias comunitárias.

30 de novembro de 1979- "I want my money back" ("quero meu dinheiro de volta"). A primeira-ministra britânica Margaret Thatcher insiste durante uma reunião de cúpula em Dublin para obter um desconto na contribuição britânica ao orçamento europeu. Depois de cinco anos de crise, "Maggie" consegue uma vitória total no dia 26 de junho de 1984 em Fontainebleau (França).

2 de junho de 1992: o tratado de Maastricht [visando à criação da moeda única] é rejeitado em referendo pelos dinamarqueses, que aprovam um segundo texto com modificações substanciais [isenção da participação no euro e na política de defesa comum] em 1993.

17 de setembro de 1992: Reino Unido e Itália provocam uma tempestade monetária ao suspender sua participação no Sistema Monetário Europeu (SME).

16 de março de 1999: renúncia coletiva da Comissão Européia, presidida pelo luxemburguês Jacques Santer, depois de um relatório devastador que denuncia sua "grave responsabilidade" em casos de fraude.

Dezembro de 2000: os Quinze se reúnem em Nice para prever o funcionamento das instituições européias depois da ampliação a 25 membros em 1º de maio de 2004. Conseguem apenas um acordo mínimo e extremamente complexo depois de quatro dias e quatro noites de conversações.

8 de junho de 2001: 54% dos irlandeses rejeitam o tratado de Nice em um referendo. No dia 19 de outubro de 2002, 62% dos irlandeses aprovam o texto.

Princípio de 2003: divisão da Europa pela crise iraquiana. Enquanto Alemanha e França se opõem a uma intervenção americana, os dirigentes de oito países [Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal, Dinamarca, Polônia, República Tcheca e Hungria] assinam uma carta de apoio aos Estados Unidos, que mais tarde recebeu a adesão de outros países do Leste Europeu.

25 de novembro de 2003: os ministros das Finanças da eurozona abrem uma crise em torno do Pacto de Estabilidade, ao suspender os procedimentos iniciados contra Alemanha e França por problemas em seus déficits. Os pequenos Estados afirmam que os "grandes" não se submetem às mesmas regras.

13 de dezembro de 2003: os 25 países da futura UE ampliada não conseguem chegar a um acordo em Bruxelas para dotar a Europa de sua primeira Constituição, depois de uma disputa sobre o sistema de voto a ser aplicado.

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