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10/06/2005
-
02h51
da Folha Online
O Congresso da Bolívia aceitou a renúncia do presidente Carlos Mesa no fim da noite desta quinta-feira. Como prometido antes, os dois primeiros na linha sucessória, o presidente do Congresso, Hormando Vaca Díez, e o presidente da Câmara dos Deputados, Mario Cossío, renunciaram. Assim, o novo presidente da Bolívia é o presidente da Suprema Corte de Justiça, Eduardo Rodríguez.
A decisão foi tomada por unanimidade pelos parlamentares em uma sessão emergencial convocada no fim da noite desta quinta-feira, depois de um dia de violentos protestos.
A votação durou poucos minutos. Todos os parlamentares levantaram as mãos para mostrar que aprovavam a renúncia de Mesa. Depois disso, aplaudiram. Em seguida, Díez e Cossío anunciaram oficialmente a renúncia. E Rodríguez assumiu.
Violência e pressão popular
O Congresso chegou a suspender a sessão em que decidiria se aceitaria ou não a renúncia de Carlos Mesa. A decisão havia sido tomada depois que um manifestante foi morto em confronto com a polícia. A morte --a primeira em três semanas de revolta boliviana--levou à suspensão "por falta de segurança".
A reunião extraordinária aconteceu em Sucre (capital constitucional do país). O Congresso optou por sessionar em Sucre já que a capital boliviana, La Paz, está sem combustível e cercada há mais de três semanas por manifestantes que exigem a nacionalização dos hidrocarbonetos.
Os deputados e senadores bolivianos tiveram que se deslocar de La Paz [capital administrativa] para a Sucre, distante 740 quilômetros, a fim de evitar os violentos protestos na capital.
Mas não adiantou. Mesmo longe da capital, os parlamentares sentiram na pele o clima de crescente tensão e as ameaças de uma revolta popular caso o presidente do Congresso assumisse o poder.
Pressionado pela população e pelo Exército, Díez cumpriu sua promessa e renunciou. "Eu rejeito irrevogavelmente a presidência", afirmou.
Mais cedo, o chefe das Forças Armadas, Luis Aranda Granados, pediu para que os parlamentares fizessem tudo para evitar a violência no país. "Respeitem a vontade do povo", disse.
Paz?
"A Bolívia merece melhores dias", afirmou Rodriguez aos parlamentares depois do juramento. "Estou convencido de que uma das minhas tarefas será dar início a um processo eleitoral para renovar e continuar construindo um sistema democrático mais justo", completou.
Com agências internacionais
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Congresso da Bolívia aprova renúncia de Mesa; presidente da Suprema Corte assume
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O Congresso da Bolívia aceitou a renúncia do presidente Carlos Mesa no fim da noite desta quinta-feira. Como prometido antes, os dois primeiros na linha sucessória, o presidente do Congresso, Hormando Vaca Díez, e o presidente da Câmara dos Deputados, Mario Cossío, renunciaram. Assim, o novo presidente da Bolívia é o presidente da Suprema Corte de Justiça, Eduardo Rodríguez.
A decisão foi tomada por unanimidade pelos parlamentares em uma sessão emergencial convocada no fim da noite desta quinta-feira, depois de um dia de violentos protestos.
A votação durou poucos minutos. Todos os parlamentares levantaram as mãos para mostrar que aprovavam a renúncia de Mesa. Depois disso, aplaudiram. Em seguida, Díez e Cossío anunciaram oficialmente a renúncia. E Rodríguez assumiu.
Violência e pressão popular
O Congresso chegou a suspender a sessão em que decidiria se aceitaria ou não a renúncia de Carlos Mesa. A decisão havia sido tomada depois que um manifestante foi morto em confronto com a polícia. A morte --a primeira em três semanas de revolta boliviana--levou à suspensão "por falta de segurança".
A reunião extraordinária aconteceu em Sucre (capital constitucional do país). O Congresso optou por sessionar em Sucre já que a capital boliviana, La Paz, está sem combustível e cercada há mais de três semanas por manifestantes que exigem a nacionalização dos hidrocarbonetos.
Os deputados e senadores bolivianos tiveram que se deslocar de La Paz [capital administrativa] para a Sucre, distante 740 quilômetros, a fim de evitar os violentos protestos na capital.
Mas não adiantou. Mesmo longe da capital, os parlamentares sentiram na pele o clima de crescente tensão e as ameaças de uma revolta popular caso o presidente do Congresso assumisse o poder.
Pressionado pela população e pelo Exército, Díez cumpriu sua promessa e renunciou. "Eu rejeito irrevogavelmente a presidência", afirmou.
Mais cedo, o chefe das Forças Armadas, Luis Aranda Granados, pediu para que os parlamentares fizessem tudo para evitar a violência no país. "Respeitem a vontade do povo", disse.
Paz?
"A Bolívia merece melhores dias", afirmou Rodriguez aos parlamentares depois do juramento. "Estou convencido de que uma das minhas tarefas será dar início a um processo eleitoral para renovar e continuar construindo um sistema democrático mais justo", completou.
Com agências internacionais
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