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07/07/2005
-
19h25
da Folha Online
Uma reportagem publicada pela revista americana "Newsweek" em 17 de novembro do ano passado sugeria que a inteligência americana já suspeitava de que Londres pudesse ser alvo de ataques da rede terrorista Al Qaeda [de Osama bin Laden].
Desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, houve vários alarmes de possíveis ataques contra o Reino Unido, sobretudo após a invasão do Afeganistão, em 2001, e do início da Guerra do Iraque, em março de 2003. O premiê britânico, Tony Blair, foi um dos principais aliados do presidente Bush nas duas investidas militares.
Nesta quinta-feira, após os ataques em Londres --que deixaram ao menos 37 mortos e 700 feridos-- o sub-comissário da polícia londrina, Brian Paddick, disse que as autoridades britânicas estavam chocadas com os ataques, mas não surpresas. Apesar disso, ele afirmou não ter recebido nenhum aviso de possibilidade de ataque contra o país [recentemente].
A reportagem de Michael Isikoff e Mark Hosenball [leia íntegra da reportagem, em inglês], publicada em novembro passado, aponta que, segundo fontes da inteligência dos EUA, o alerta laranja decretado pela Casa Branca no final do ano passado seria motivado também pelo risco de ataques terroristas contra a capital do Reino Unido, e não apenas contra centros financeiros americanos.
De acordo com a reportagem, os ataques seriam planejados por células da Al Qaeda no Reino Unido e no Paquistão, associadas a Khalid Shaikh Mohammed --acusado de ser o mentor dos ataques de 11 de Setembro nos Estados Unidos.
Segundo a "Newsweek", os agentes da inteligência tiveram acesso ao plano terrorista após a descoberta de um valioso arquivo de computador em poder de Mohammed Noor Khan --suposto responsável pela comunicação entre as células do grupo-- que foi preso no Paquistão.
O plano incluiria a explosão de uma bomba de grande potência em um centro econômico ou político do Reino Unido --para demonstrar oposição política ao governo britânico.
As evidências recolhidas no Reino Unido e no Paquistão incluiriam mensagens trocadas entre suspeitos nos dois países em um intrincado código. Os agentes conseguiram decifrar as mensagens depois da prisão de um membro do grupo que se dispôs a colaborar.
Segundo relato de fontes da inteligência à "Newsweek", os planos do ataque eram bastante elaborados e flexíveis.
Os possíveis alvos do atentado --que incluiriam o aeroporto londrino de Heathrow, o Parlamento e a catedral de Westminster-- eram analisados em detalhes no plano. No entanto, de acordo com as evidências recolhidas, a rede terrorista ainda não teria um alvo definido.
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Desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, houve vários alarmes de possíveis ataques contra o Reino Unido, sobretudo após a invasão do Afeganistão, em 2001, e do início da Guerra do Iraque, em março de 2003. O premiê britânico, Tony Blair, foi um dos principais aliados do presidente Bush nas duas investidas militares.
Nesta quinta-feira, após os ataques em Londres --que deixaram ao menos 37 mortos e 700 feridos-- o sub-comissário da polícia londrina, Brian Paddick, disse que as autoridades britânicas estavam chocadas com os ataques, mas não surpresas. Apesar disso, ele afirmou não ter recebido nenhum aviso de possibilidade de ataque contra o país [recentemente].
A reportagem de Michael Isikoff e Mark Hosenball [leia íntegra da reportagem, em inglês], publicada em novembro passado, aponta que, segundo fontes da inteligência dos EUA, o alerta laranja decretado pela Casa Branca no final do ano passado seria motivado também pelo risco de ataques terroristas contra a capital do Reino Unido, e não apenas contra centros financeiros americanos.
De acordo com a reportagem, os ataques seriam planejados por células da Al Qaeda no Reino Unido e no Paquistão, associadas a Khalid Shaikh Mohammed --acusado de ser o mentor dos ataques de 11 de Setembro nos Estados Unidos.
Segundo a "Newsweek", os agentes da inteligência tiveram acesso ao plano terrorista após a descoberta de um valioso arquivo de computador em poder de Mohammed Noor Khan --suposto responsável pela comunicação entre as células do grupo-- que foi preso no Paquistão.
O plano incluiria a explosão de uma bomba de grande potência em um centro econômico ou político do Reino Unido --para demonstrar oposição política ao governo britânico.
As evidências recolhidas no Reino Unido e no Paquistão incluiriam mensagens trocadas entre suspeitos nos dois países em um intrincado código. Os agentes conseguiram decifrar as mensagens depois da prisão de um membro do grupo que se dispôs a colaborar.
Segundo relato de fontes da inteligência à "Newsweek", os planos do ataque eram bastante elaborados e flexíveis.
Os possíveis alvos do atentado --que incluiriam o aeroporto londrino de Heathrow, o Parlamento e a catedral de Westminster-- eram analisados em detalhes no plano. No entanto, de acordo com as evidências recolhidas, a rede terrorista ainda não teria um alvo definido.
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