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04/08/2005 - 11h23

Número 2 da Al Qaeda ameaça ataques contra Londres e EUA

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da Folha Online

O homem considerado o número dois da rede terrorista Al Qaeda, Ayman al Zawahri, apareceu nesta quinta-feira em uma gravação fazendo ameaças de ataques contra britânicos e americanos, e disse que o Vietnã não é nada se comparado ao que ocorrerá contra os EUA.

O terrorista disse que haverá mais ações violentas no Reino Unido se o primeiro-ministro Tony Blair não mudar sua política.

Em fita de vídeo divulgada pela rede de televisão Al Jazira, do Qatar, Zawahri, considerado o "braço direito" de Osama bin Laden, anunciou ações "mais sangrentas" do que os atentados ocorridos em Londres no dia 7 de julho último, quando quatro terroristas suicidas causaram a morte de 52 pessoas e feriram 700, após se explodirem em metrôs e ônibus.

AP
O egípcio Ayman al Zawahri, considerado nº 2 da Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden
Al Zawahri é um cirurgião egípcio, que fundou o Jihad Islâmico do Egito, e ocupa o segundo lugar na lista de mais procurados dos EUA. Ele controla as finanças da rede terrorista e para muitos analistas foi o mentor do 11 de Setembro.

"Blair levou destruição, e vai levar mais destruição e catástrofes, a não ser que parem a agressão contra nós [os muçulmanos]. Abandonem nossos países", disse Al Zawahri, em sua primeira aparição pública após vários meses.

Apesar das ameaças, Al Zawahri não reivindicou os ataques ocorridos em Londres, mas fez elogios aos autores da ação.

No vídeo, o dirigente da Al Qaeda aparece vestindo uma túnica branca e turbante, e com um fuzil Kalashnikov encostado na parede.

EUA

Al Zawahri também mandou um recado aos Estados Unidos, dizendo que haverá "centenas de vítimas" se as tropas americanas não saírem "imediatamente" do Iraque.

"Não há outra solução para a crise do Iraque que a retirada imediata. Do contrário, haverá muitas vítimas. Se não se retirarem agora [os soldados americanos], sem dúvida terão de fazê-lo amanhã, mas depois de recolher dezenas de milhares de mortos e feridos."

O dirigente da Al Qaeda citou na gravação o que chamou de "oportunidade" que ofereceu "aos cruzados" --como se refere aos cristãos-- depois dos atentados de Madri em março de 2004, quando 192 pessoas morreram e cerca de 2.000 ficaram feridas.

O egípcio também usou a Guerra do Vietnã (1965-75) para sinalizar aos americanos que o conflito [que deixou um saldo de mortos de cerca de 58 mil americanos e 1 milhão de vietnamitas] não é "nada se comparado ao que os EUA verão no futuro".

11/9

Ele disse que o que ocorreu Washington e Nova York [referindo-se aos ataque de 11 de Setembro, quando aviões conduzidos por terroristas destruíram as torres gêmeas do World Trade Center e atingiram o Pentágono, que fica nas cercanias de Washington, matando cerca de 3.000 pessoas] é apenas uma pequena amostra.

"O que os espera [aos americanos], fará com que esqueçam o que viram nessas cidades [locais que foram alvo do 11 de Setembro]. Não têm outra opção senão a retirada."

Ele disse ainda não haver possibilidade de os americanos sonharem com a paz enquanto "os Exércitos invasores permanecerem em terras de muçulmanos, e até que os muçulmanos estejam em segurança".

Com agências internacionais

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