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15/08/2005
-
08h36
da Folha Online
Após 38 anos de ocupação, soldados israelenses enfrentam a resistência de ativistas e moradores das colônias judaicas da faixa de Gaza que deverão sair da região, segundo o plano de retirada que começa a ser aplicado hoje.
Moradores formaram correntes humanas e queimaram pneus para impedir a entrada dos soldados, que entregam cartas de despejo.
Também nesta segunda-feira, uma explosão atingiu um veículo das Forças Multinacionais e de Observadores (FMO), ferindo dois membros das forças de paz, perto da fronteira do Egito com Gaza. Não há informações, até esse momento, se essa explosão tem relação com a retirada.
De acordo com as autoridades egípcias, duas mulheres canadenses que trabalhavam na força de paz foram atingidas, e não correm risco de morte. O Ministério do Interior egípcio não divulgou qual foi o tipo de explosivo usado.
Membros da FMO disseram que a explosão ocorreu às 8h (2h de Brasília), e atingiu o veículo em que estavam, logo após deixarem o aeroporto localizado entre a fronteira, que está sendo usado como base.
Paciência
Em Gaza, policiais e soldados esperam pacientemente pela saída dos colonos, evitando qualquer tipo de enfrentamento direto com ativistas que tenham se infiltrado na região para participar dos bloqueios contra as forças de segurança, ou moradores que se recusam a sair.
"Hoje é um dia doloroso, mas histórico", disse o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz.
Nas próximas três semanas, o governo de Israel planeja remover todas as 21 colônias da faixa de Gaza e quatro da Cisjordânia. A retirada marca a primeira vez que Israel retira assentamentos de áreas que foram capturadas com a Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, e que fazem parte da demanda palestina para a criação de seu futuro Estado.
Enquanto o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, diz que a retirada vai melhorar a segurança em Israel, vários ativistas e moradores se opõem ao plano.
Palestinos
Não são apenas os colonos e ativistas que os soldados israelenses têm que enfrentar. Nesta segunda-feira, membros das forças de segurança de Israel deram tiros para o alto a fim de "espantar" vários palestinos que iniciaram uma caminhada em direção ao bloco de colônias judaicas de Gush Katif.
O grupo, impedido pelo Exército de Israel, chegou a queimar uma placa que indicava um assentamento.
Na cidade de Gaza, membros do grupo extremista palestino Hamas portavam bandeiras e cartazes, proclamando a retirada como um "resultado dos ataques" dos militantes sobre Israel. "O sangue dos mártires nos levou à libertação", dizia um dos cartazes.
Com agências internacionais
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Após 38 anos de ocupação, soldados israelenses enfrentam a resistência de ativistas e moradores das colônias judaicas da faixa de Gaza que deverão sair da região, segundo o plano de retirada que começa a ser aplicado hoje.
Moradores formaram correntes humanas e queimaram pneus para impedir a entrada dos soldados, que entregam cartas de despejo.
Também nesta segunda-feira, uma explosão atingiu um veículo das Forças Multinacionais e de Observadores (FMO), ferindo dois membros das forças de paz, perto da fronteira do Egito com Gaza. Não há informações, até esse momento, se essa explosão tem relação com a retirada.
De acordo com as autoridades egípcias, duas mulheres canadenses que trabalhavam na força de paz foram atingidas, e não correm risco de morte. O Ministério do Interior egípcio não divulgou qual foi o tipo de explosivo usado.
Membros da FMO disseram que a explosão ocorreu às 8h (2h de Brasília), e atingiu o veículo em que estavam, logo após deixarem o aeroporto localizado entre a fronteira, que está sendo usado como base.
Paciência
Em Gaza, policiais e soldados esperam pacientemente pela saída dos colonos, evitando qualquer tipo de enfrentamento direto com ativistas que tenham se infiltrado na região para participar dos bloqueios contra as forças de segurança, ou moradores que se recusam a sair.
"Hoje é um dia doloroso, mas histórico", disse o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz.
Nas próximas três semanas, o governo de Israel planeja remover todas as 21 colônias da faixa de Gaza e quatro da Cisjordânia. A retirada marca a primeira vez que Israel retira assentamentos de áreas que foram capturadas com a Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, e que fazem parte da demanda palestina para a criação de seu futuro Estado.
Enquanto o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, diz que a retirada vai melhorar a segurança em Israel, vários ativistas e moradores se opõem ao plano.
Palestinos
Não são apenas os colonos e ativistas que os soldados israelenses têm que enfrentar. Nesta segunda-feira, membros das forças de segurança de Israel deram tiros para o alto a fim de "espantar" vários palestinos que iniciaram uma caminhada em direção ao bloco de colônias judaicas de Gush Katif.
O grupo, impedido pelo Exército de Israel, chegou a queimar uma placa que indicava um assentamento.
Na cidade de Gaza, membros do grupo extremista palestino Hamas portavam bandeiras e cartazes, proclamando a retirada como um "resultado dos ataques" dos militantes sobre Israel. "O sangue dos mártires nos levou à libertação", dizia um dos cartazes.
Com agências internacionais
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