Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/08/2005 - 17h16

Ataques após retirada serão respondidos duramente, diz Sharon

Publicidade

da Folha Online

O início da retirada dos colonos judeus de 25 assentamentos de Gaza e da Cisjordânia nessa segunda-feira foi seguido de um aviso do premiê Ariel Sharon, que alertou os palestinos sobre de que haverá duras respostas caso militantes realizem ataques após a retirada.

Em um discurso que coincidiu com o início da retirada, exibido pela televisão, o líder israelense afirmou que se solidariza com a dor dos 8.500 colonos judeus que estão sendo obrigados a se retirar, mas que também entende a situação dos 1,4 milhão de palestinos que vivem na faixa de Gaza.

"Não podemos ficar em Gaza para sempre. Mais de 1 milhão de palestinos vivem na região e sua população dobra a cada geração. Eles vivem em campos de refugiados lotados, em meio a um ódio crescente e sem qualquer perspectiva", afirmou Sharon, durante o discurso que durou 5 minutos.

"O mundo espera pela resposta palestina --uma mão estendida ou o fogo do terror. A uma mão estendida, responderemos com a solidariedade, mas, se houver fogo, responderemos com o mais duro fogo já visto", afirmou.

Sharon discursou ao fim do dia durante o qual colonos dos assentamentos mais linha-dura, que se opõem à retirada, impediram soldados de entregar ordens de retirada que os colonos têm 48 horas para se retirar. Após esse prazo, segundo o plano de Sharon, os moradores serão retirados à força.

Na Cisjordânia, dois assentamentos -- Ganim e Kadim -- foram os primeiros a serem esvaziados, segundo um porta-voz do Exército. A maioria dos colonos já havia saído antes da entrega das ordens de retirada.

Nas próximas três semanas, o governo de Israel planeja remover outras duas colônias da Cisjordânia, além das 21 da faixa de Gaza. A retirada marca a primeira vez que Israel retira assentamentos de áreas que foram capturadas com a Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, e que fazem parte da demanda palestina para a criação de seu futuro Estado.

Plano

Enquanto Sharon diz que a retirada vai melhorar a segurança em Israel. Militantes palestinos vêem a ação como uma vitória e oponentes israelenses não acreditam que o plano irá reduzir a violência. No entanto, pesquisas apontam que a maioria dos israelenses apoia a ação.

De acordo com autoridades israelenses, 66% das famílias de colonos que serão desalojadas em Gaza aceitaram o acordo de compensação do Estado, mas nem todas deixaram a região. As famílias que se recusarem a sair podem perder um terço da recompensa-- que varia de US$ 150 mil a US$ 400 mil por família.

Os palestinos aprovam a retirada israelense, mas temem que a ação seja usada por Sharon para justificar a permanência dos colonos na Cisjordânia --onde 230 mil colonos vivem entre 2,4 milhões de palestinos.

Israel pretende deixar Gaza e os outros dois assentamentos restantes na Cisjordânia até 4 de setembro. A retirada deve ter fim em outubro, quando as últimas tropas israelenses deixarem a região.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Violência israelo-palestina só terá fim com amplo acordo político, diz especialista

    Especial
  • Acompanhe mapa da desocupação
  • Leia cobertura completa sobre a retirada de Gaza
  • Leia o que já foi publicado sobre o plano de retirada
  • Leia o que já foi publicado sobre protestos contra o plano de retirada

  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página