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18/08/2005
-
09h01
OSIAS WURMAN
especial para a Folha Online
As cenas na TV não deixam dúvidas sobre o que representa para o povo de Israel a saída política de Gaza. Mais dramáticas tornam-se as imagens quando, soldados com a estrela de David no peito, arrastam irmãos que rezam desesperadamente os salmos de David, em busca de uma salvação divina que traga o cancelamento da decisão governamental.
Nós, brasileiros, somos abençoados pela inexistência de conflitos com nossos vizinhos, o que torna difícil entender o sentimento de dor dos que estão sendo expulsos de suas casas após 10, 20 e mais de 30 anos de moradia estimulada por decisão governamental.
A ocupação de Gaza foi conseqüência da Guerra dos Seis Dias , em julho de l967 , quando o Estado de Israel foi atacado por seus vizinhos árabes.
Importante lembrar que Gaza nunca foi território palestino pois os egípcios ocuparam a área em l948, durante a Guerra da Independência contra Israel, lançada logo após a saída dos mandatários ingleses que ocupavam a região.
Indiscutivelmente, a ordem de um governo eleito democraticamente, deve ser respeitada, mas a contrapartida palestina é fundamental para que não seja o último gesto pacifista do governo de Ariel Sharon.
Nas relações internacionais o principio da avenida de duas mãos deve ser seguido: uma mão leva e a outra traz .
Se a ANP (Autoridade Nacional Palestina) não souber capitalizar este gesto israelense como uma ação pacifista , deixando continuar o clima de falso triunfalismo proclamado pelos grupos terroristas, como Hamas e Jihad Islâmico, que já queimam bandeiras de Israel em troca da retirada , terá colocado em prática o trágico ditado popular, característico da era de Arafat [Iasser, líder palestino que morreu em novembro último]: "os palestinos nunca perdem a chance de perder uma chance".
Como brasileiros de fé judaica, oramos diariamente para que a atual divisão do povo judeu seja corrigida, muito em breve, por momentos de paz no Oriente Médio, e que a paz devolva a esperança de um futuro convívio palestino-israelense que possibilite a construção de uma nação palestina que deseja viver e crescer em paz, ao lados de seus primos israelenses.
Osias Wurman é presidente da Fierj (Federação Israelita do Rio de Janeiro)
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Nós, brasileiros, somos abençoados pela inexistência de conflitos com nossos vizinhos, o que torna difícil entender o sentimento de dor dos que estão sendo expulsos de suas casas após 10, 20 e mais de 30 anos de moradia estimulada por decisão governamental.
A ocupação de Gaza foi conseqüência da Guerra dos Seis Dias , em julho de l967 , quando o Estado de Israel foi atacado por seus vizinhos árabes.
Importante lembrar que Gaza nunca foi território palestino pois os egípcios ocuparam a área em l948, durante a Guerra da Independência contra Israel, lançada logo após a saída dos mandatários ingleses que ocupavam a região.
Indiscutivelmente, a ordem de um governo eleito democraticamente, deve ser respeitada, mas a contrapartida palestina é fundamental para que não seja o último gesto pacifista do governo de Ariel Sharon.
Nas relações internacionais o principio da avenida de duas mãos deve ser seguido: uma mão leva e a outra traz .
Se a ANP (Autoridade Nacional Palestina) não souber capitalizar este gesto israelense como uma ação pacifista , deixando continuar o clima de falso triunfalismo proclamado pelos grupos terroristas, como Hamas e Jihad Islâmico, que já queimam bandeiras de Israel em troca da retirada , terá colocado em prática o trágico ditado popular, característico da era de Arafat [Iasser, líder palestino que morreu em novembro último]: "os palestinos nunca perdem a chance de perder uma chance".
Como brasileiros de fé judaica, oramos diariamente para que a atual divisão do povo judeu seja corrigida, muito em breve, por momentos de paz no Oriente Médio, e que a paz devolva a esperança de um futuro convívio palestino-israelense que possibilite a construção de uma nação palestina que deseja viver e crescer em paz, ao lados de seus primos israelenses.
Osias Wurman é presidente da Fierj (Federação Israelita do Rio de Janeiro)
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