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01/09/2005
-
05h31
da Folha Online
O número oficial de mortos no tumulto ocorrido em uma ponte de Bagdá provocado por rumores de um homem-bomba, nesta quarta-feira, se estabilizou em 953, de acordo com o Ministério do Interior do Iraque. A tragédia deixou ainda 815 feridos, muitos deles em estado grave.
A multidão estava a caminho de uma cerimônia religiosa xiita na mesquita de Kadhimiya, em um distrito do norte de Bagdá, quando uma pessoa não-identificada gritou que havia um homem-bomba entre a multidão, segundo informações da polícia.
Nesta quinta-feira, uma multidão se uniu para o funeral coletivo das vítimas do desabamento. Tendas foram montadas no distrito de Sadr City, uma área pobre habitada majoritariamente por xiitas, em Bagdá, para que os parentes pudessem velar os corpos.
Após o velório, os corpos das vítimas devem ser levados para Najaf --considerada santa pelos xiitas-- para serem enterradas.
O Ministério do Interior informou que a maioria das vítimas é formada por mulheres e crianças muçulmanas xiitas, que morreram pisoteadas ou afogadas.
De acordo com testemunhas, centenas de pessoas começaram a correr e se atiraram no rio de cima da ponte. Muitos idosos morreram na hora. Dezenas de pessoas se afogaram e equipes de resgate trabalham para remover os corpos do rio.
Luto
O primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim al Jaafari, decretou três dias de luto no país.
O ministro do Interior, Bayan Jabor, e dois altos representantes xiitas culparam os sunitas pelo tumulto, dizendo que um deles espalhou o rumor de que haveria um homem-bomba na multidão.
No entanto, o ministro da Defesa, o árabe sunita Saadoun al Dulaimi, disse que a tragédia não está relacionada às tensões sectárias no país desde a invasão liderada pelos EUA, em março de 2003.
"O que aconteceu nada tem a ver com as tensões sectárias", disse Al Dulaimi em entrevista à televisão.
Testemunhas apontaram a falta de organização como principal causa das mortes. Cerca de 250 mil peregrinos haviam viajado de várias partes do Iraque para a celebração.
Com agências internacionais
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Mortes em tumulto em ponte de Bagdá chegam a 953, diz ministério
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O número oficial de mortos no tumulto ocorrido em uma ponte de Bagdá provocado por rumores de um homem-bomba, nesta quarta-feira, se estabilizou em 953, de acordo com o Ministério do Interior do Iraque. A tragédia deixou ainda 815 feridos, muitos deles em estado grave.
A multidão estava a caminho de uma cerimônia religiosa xiita na mesquita de Kadhimiya, em um distrito do norte de Bagdá, quando uma pessoa não-identificada gritou que havia um homem-bomba entre a multidão, segundo informações da polícia.
Nesta quinta-feira, uma multidão se uniu para o funeral coletivo das vítimas do desabamento. Tendas foram montadas no distrito de Sadr City, uma área pobre habitada majoritariamente por xiitas, em Bagdá, para que os parentes pudessem velar os corpos.
Após o velório, os corpos das vítimas devem ser levados para Najaf --considerada santa pelos xiitas-- para serem enterradas.
O Ministério do Interior informou que a maioria das vítimas é formada por mulheres e crianças muçulmanas xiitas, que morreram pisoteadas ou afogadas.
De acordo com testemunhas, centenas de pessoas começaram a correr e se atiraram no rio de cima da ponte. Muitos idosos morreram na hora. Dezenas de pessoas se afogaram e equipes de resgate trabalham para remover os corpos do rio.
Luto
O primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim al Jaafari, decretou três dias de luto no país.
O ministro do Interior, Bayan Jabor, e dois altos representantes xiitas culparam os sunitas pelo tumulto, dizendo que um deles espalhou o rumor de que haveria um homem-bomba na multidão.
No entanto, o ministro da Defesa, o árabe sunita Saadoun al Dulaimi, disse que a tragédia não está relacionada às tensões sectárias no país desde a invasão liderada pelos EUA, em março de 2003.
"O que aconteceu nada tem a ver com as tensões sectárias", disse Al Dulaimi em entrevista à televisão.
Testemunhas apontaram a falta de organização como principal causa das mortes. Cerca de 250 mil peregrinos haviam viajado de várias partes do Iraque para a celebração.
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