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07/09/2005
-
08h51
da Folha Online
Cerca de cem homens mascarados e armados atacaram a forte segurança que guardava a casa do ex-chefe da segurança palestina Moussa Arafat, 65, e o assassinaram com mais de 20 tiros nesta quarta-feira.
O grupo conseguiu quebrar o bloqueio dos guardas e tirar Moussa [primo do líder Iasser Arafat, morto em novembro último], ainda de pijama, para fora da casa, onde foi alvejado pelos agressores.
A ação foi reivindicado por um grupo armado palestino chamado Comitês de Resistência Popular. Moussa fora comandante até abril das forças da Segurança Nacional, e era um dos militares mais odiados pela população, segundo fontes locais, devido a sua suposta participação em delitos de corrupção.
Moussa --que era conselheiro de segurança de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP)-- morreu na rua, em frente sua casa, após cerca de 30 minutos de troca de tiros entre os agressores e dezenas de seguranças. O crime ocorre poucos dias depois de Israel pôr fim a 38 anos de ocupação da faixa de Gaza.
Tiros
De acordo com fontes médicas citadas por agências internacionais, o corpo de Moussa recebeu 23 tiros. Em julho de 2003, ele escapara de uma tentativa de assassinato.
Segundo fontes dos serviços de segurança, não há dúvida de que Moussa, cujo filho Manal foi seqüestrado, foi assassinado por palestinos.
O crime acontece no momento em que os serviços de segurança palestinos se preparam para assumir o controle da faixa de Gaza, após a desocupação e Israel. O território será entregue oficialmente ao controle palestino no próximo dia 15.
ANP
O presidente da ANP visitou a residência de Moussa logo após o crime para examinar as conseqüências do ato.
"O presidente Mahmoud Abbas condenou o assassinato do general Moussa Arafat, seu conselheiro militar, e determinou que o ministério do Interior e os serviços de segurança façam todos os esforços necessários para encontrar os autores deste crime e levá-los à Justiça", afirma um comunicado da ANP.
Moussa Arafat havia sido demitido da chefia da segurança nacional em abril, quando Abbas destituiu vários funcionários ligados a Iasser Arafat.
Em julho de 2004, Arafat --então presidente da ANP-- foi durante criticado por escolher seu primo Moussa para ocupar o comando dos serviços de segurança. A nomeação ao cargo --do primo e seguidor de longa data de Arafat-- deflagrou protestos violentos considerados o maior desafio à autoridade de Arafat à época.
As Brigadas dos Mártires de al Aqsa, grupo armado vinculado ao Fatah [partido ligado a Arafat e, agora, a Abbas], lideraram o movimento de protesto armado contra Moussa, acusado de ser o "símbolo" da corrupção que minava a ANP. A rejeição ao nome de Moussa foi tão grande que três dias após ele assumir o cargo o general-de-brigada Abdel Razek Majaide foi chamado para ocupar um posto superior ao dele.
O primo de Arafat retornou aos territórios palestinos em meados dos anos 90, após os acordos de Oslo (1993). Nomeado chefe da inteligência militar, participou da repressão dos grupos armados e ganhou a reputação de "agir com brutalidade".
Com agências internacionais
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Cerca de cem homens mascarados e armados atacaram a forte segurança que guardava a casa do ex-chefe da segurança palestina Moussa Arafat, 65, e o assassinaram com mais de 20 tiros nesta quarta-feira.
O grupo conseguiu quebrar o bloqueio dos guardas e tirar Moussa [primo do líder Iasser Arafat, morto em novembro último], ainda de pijama, para fora da casa, onde foi alvejado pelos agressores.
08.jul.2004/EFE |
Moussa Arafat, assassinado a tiros nesta quarta-feira |
Moussa --que era conselheiro de segurança de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP)-- morreu na rua, em frente sua casa, após cerca de 30 minutos de troca de tiros entre os agressores e dezenas de seguranças. O crime ocorre poucos dias depois de Israel pôr fim a 38 anos de ocupação da faixa de Gaza.
Tiros
De acordo com fontes médicas citadas por agências internacionais, o corpo de Moussa recebeu 23 tiros. Em julho de 2003, ele escapara de uma tentativa de assassinato.
Segundo fontes dos serviços de segurança, não há dúvida de que Moussa, cujo filho Manal foi seqüestrado, foi assassinado por palestinos.
O crime acontece no momento em que os serviços de segurança palestinos se preparam para assumir o controle da faixa de Gaza, após a desocupação e Israel. O território será entregue oficialmente ao controle palestino no próximo dia 15.
ANP
O presidente da ANP visitou a residência de Moussa logo após o crime para examinar as conseqüências do ato.
"O presidente Mahmoud Abbas condenou o assassinato do general Moussa Arafat, seu conselheiro militar, e determinou que o ministério do Interior e os serviços de segurança façam todos os esforços necessários para encontrar os autores deste crime e levá-los à Justiça", afirma um comunicado da ANP.
Moussa Arafat havia sido demitido da chefia da segurança nacional em abril, quando Abbas destituiu vários funcionários ligados a Iasser Arafat.
Em julho de 2004, Arafat --então presidente da ANP-- foi durante criticado por escolher seu primo Moussa para ocupar o comando dos serviços de segurança. A nomeação ao cargo --do primo e seguidor de longa data de Arafat-- deflagrou protestos violentos considerados o maior desafio à autoridade de Arafat à época.
As Brigadas dos Mártires de al Aqsa, grupo armado vinculado ao Fatah [partido ligado a Arafat e, agora, a Abbas], lideraram o movimento de protesto armado contra Moussa, acusado de ser o "símbolo" da corrupção que minava a ANP. A rejeição ao nome de Moussa foi tão grande que três dias após ele assumir o cargo o general-de-brigada Abdel Razek Majaide foi chamado para ocupar um posto superior ao dele.
O primo de Arafat retornou aos territórios palestinos em meados dos anos 90, após os acordos de Oslo (1993). Nomeado chefe da inteligência militar, participou da repressão dos grupos armados e ganhou a reputação de "agir com brutalidade".
Com agências internacionais
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