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07/10/2005 - 19h06

EUA encerram operação no Iraque com 50 rebeldes e 6 marines mortos

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da Folha Online

Uma ampla ofensiva do Exército americano no Iraque, que durou seis dias, terminou nesta sexta-feira deixando 50 insurgentes mortos, segundo informações do Exército.

No total, seis marines americanos morreram durante a Operação Punho de Ferro-- que teve início em 01 de outubro em cidades próximas da fronteira iraquiana com a Síria-- e foi a primeira de uma série de ofensivas que o Exército realizou na semana passada na região, que concentra insurgentes sunitas.

De acordo com o Exército, as operações serão suspensas pouco antes do referendo sobre a Constituição iraquiana, marcado para o próximo dia 15, para que os sunitas possam comparecer à votação. Os sunitas ameaçaram boicotar o referendo se as operações militares continuassem.

Embora a ofensiva militar tenha terminado, o Exército divulgou um comunicado informando que um posto das forças de coalizão permanecerá na cidade de Sadah, a 12 quilômetros da fronteira síria, na tentativa de impedir a entrada de militantes por meio da fronteira.

No anúncio, o Exército não especifica a nacionalidade das tropas.

Mortes

Horas antes do fim da ofensiva, a explosão de uma bomba matou dois marines na região de Qaim, próxima de Sadah, segundo o Exército.

Nesta quinta-feira, na região de Bagdá-- longe da região onde foi realizada a ofensiva-- uma segunda bomba matou outros quatro marines em Karmah, cidade vizinha de Fallujah, de acordo com o Exército.

Segundo informou um comunicado do Exército, os mil marines e soldados envolvidos na operação mataram 50 supostos rebeldes durante os seis dias de operação.

Nesta quinta-feira, aviões militares dos EUA lançaram quatro bombas em um hotel abandonado invadido por militantes em Karabilah, perto de Sadah, matando 20 rebeldes.

Operações

Em uma operação menor, cerca de 500 soldados americanos e iraquianos vasculharam a região sul de Ramadi, capital da Província de Anbar, 115 km a oeste de Bagdá.

As forças iraquianas e americanas também iniciaram, recentemente, a operação Saratoga no norte do Iraque, para garantir a segurança em cidades como Kirkuk e Sulaimaniyah, no período que precede o referendo.

Na região do vale do rio Eufrates, que passa pela região oeste da Província de Anbar, em direção à capital, cerca de 2.500 soldados americanos e centenas de soldados iraquianos realizaram uma operação nas cidades de Haditha, Haqqania e Parwana, na Operação River Gate, iniciada nesta quinta-feira.

O Exército anunciou a morte de seis insurgentes na operação, realizada 220 km ao norte de Bagdá.

Segurança

O Exército americano afirma que as operações intimidam os insurgentes e garantem uma atmosfera tranqüila para os eleitores durante o referendo.

No entanto, líderes sunitas temem que as ofensivas desencorajem a população a participar da votação. O alto índice de participação é importante para os sunitas, já que a facção pretende derrubar a Constituição no referendo.

O líder sunita Saleh al Mutlaq, fez um apelo pelo fim da violência durante o Ramadã (mês sagrado dos muçulmanos), que acontece no nono mês do calendário islâmico e dura 28 dias. Durante este período, comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer.

"É proibido para os muçulmanos combater durante este mês sagrado, principalmente às vésperas do referendo a respeito da Constituição", afirmou o líder sunita. "Eu peço a todos que deixem de lado a violência, ao menos durante o Ramadã, e tentem dar início a um diálogo entre todos os partidos envolvidos", acrescentou.

Constituição

Oito dias antes de os iraquianos irem às urnas para aprovar ou rejeitar a nova Constituição, muitos ainda aguardam o recebimento das cópias do texto da Carta. A distribuição já teve início em algumas regiões de Bagdá, mas parece não ter começado no restante do país.

Líderes americanos e iraquianos esperavam que a Constituição unisse as diferentes facções e enfraquecesse o apoio dos sunitas à insurgência.

No entanto, os sunitas se opuseram à versão da Carta, afirmando que seu caráter federalista dividiria o Iraque em dois Estados -- um xiita, ao sul, e outro curdo, ao norte-- deixando apenas o centro do país --que não tem recursos petrolíferos-- com os sunitas.

Com agências internacionais

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