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13/10/2005
-
08h36
da Folha Online
Rebeldes tchetchenos fizeram nesta quinta-feira uma série de ataques simultâneos na cidade de Naltchik, capital da república russa Kabardino-Balkária, uma das mais violentas áreas na região do Cáucaso. No confronto com agentes de segurança, ao menos 63 pessoas morreram --50 rebeldes e 13 civis-- e os agressores mantêm reféns em uma delegacia de polícia.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o bloqueio da cidade e uma ofensiva das forças de segurança.
De acordo com a agência de notícias russa Interfax, o vice-ministro russo do Interior, Alexander Chekalin, disse, ao sair de uma reunião com Putin que "o presidente ordenou" às forças de segurança que mantenham todos os militantes em Naltchik e que "qualquer pessoa portando armas seja eliminada".
A morte de 50 supostos militantes tchetchenos foi confirmada por Chekalin, segundo a agência de notícias Interfax. Médicos em hospitais de Naltchik afirmam que há mais de 70 feridos.
O confronto em Naltchik começou na manhã desta quinta-feira, quando um grupo de supostos rebeldes tchetchenos invadiu vários prédios do governo em Naltchik, incluindo o Ministério do Interior. Os agressores também invadiram o quartel-general da polícia e, em instantes, o conflito se espalhou por várias partes da cidade. O tiroteio entre policiais e agressores prosseguiu e até uma escola da região teve que ser esvaziada às pressas, já que os supostos rebeldes tentavam entrar no local.
De acordo com agências de notícias russas, mais de 300 rebeldes teriam realizado o ataque à cidade. Mas o Serviço de Segurança Federal da Rússia [FSB, a agência de inteligência] negou essa informação, mas não esclareceu quantas pessoas invadiram a cidade.
A região de Kabardino-Balkária --assim como outras regiões na Rússia-- tem registrado um crescimento de movimentos extremistas islâmicos e o aumento da violência contra as forças de segurança, soldados e outros membros do governo.
Seqüestro
O enviado do governo russo à região, Dmitry Kozak, afirmou em entrevista à rede de TV estatal Vesti que há "vários reféns" presos em uma das delegacias de polícia de Naltchik que foram invadidas.
"Não há desordem ou ataque em massa [em Naltchik]. Infelizmente,os confrontos continuam na delegacia de polícia nº 3, e os rebeldes fizeram reféns. Uma operação [para libertá-los] já foi iniciada", afirmou.
Segundo ele, o resto da cidade já está "sob controle".
Responsabilidade
Segundo a agência de notícias Associated Press, rebeldes tchetchenos reivindicaram a responsabilidade pelos ataques em Naltchik.
O site na web Kavkaz Center --conhecido por ser uma "voz" dos rebeldes ligados a Shamil Basayev-- disse ter recebido uma "curta mensagem", sobre o ataque, de autoria da Frente do Cáucaso, um grupo que, segundo o texto no site, é parte das forças rebeldes tchetchenas e inclui um outro grupo denominado Yarmuk.
O Yarmuk seria formado apenas por militantes islâmicos e é sediado em Kabardino-Balkária.
Basayev é o homem mais procurado na Rússia, e o governo oferece uma recompensa de US$ 10 milhões a quem tiver informações que levem a ele. O rebelde reivindicou a responsabilidade pelos piores ataques terroristas ocorridos na região, incluindo um atentado em um teatro de Moscou em 2002, que deixou 160 pessoas mortas, e o seqüestro a uma escola de Beslan (Ossétia do Norte), em 2004, onde 330 pessoas morreram.
Com agências internacionais
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Tchetchenos atacam cidade no Cáucaso e 63 morrem; rebeldes fazem reféns
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Rebeldes tchetchenos fizeram nesta quinta-feira uma série de ataques simultâneos na cidade de Naltchik, capital da república russa Kabardino-Balkária, uma das mais violentas áreas na região do Cáucaso. No confronto com agentes de segurança, ao menos 63 pessoas morreram --50 rebeldes e 13 civis-- e os agressores mantêm reféns em uma delegacia de polícia.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-russia_republicas_270.gif)
De acordo com a agência de notícias russa Interfax, o vice-ministro russo do Interior, Alexander Chekalin, disse, ao sair de uma reunião com Putin que "o presidente ordenou" às forças de segurança que mantenham todos os militantes em Naltchik e que "qualquer pessoa portando armas seja eliminada".
A morte de 50 supostos militantes tchetchenos foi confirmada por Chekalin, segundo a agência de notícias Interfax. Médicos em hospitais de Naltchik afirmam que há mais de 70 feridos.
O confronto em Naltchik começou na manhã desta quinta-feira, quando um grupo de supostos rebeldes tchetchenos invadiu vários prédios do governo em Naltchik, incluindo o Ministério do Interior. Os agressores também invadiram o quartel-general da polícia e, em instantes, o conflito se espalhou por várias partes da cidade. O tiroteio entre policiais e agressores prosseguiu e até uma escola da região teve que ser esvaziada às pressas, já que os supostos rebeldes tentavam entrar no local.
De acordo com agências de notícias russas, mais de 300 rebeldes teriam realizado o ataque à cidade. Mas o Serviço de Segurança Federal da Rússia [FSB, a agência de inteligência] negou essa informação, mas não esclareceu quantas pessoas invadiram a cidade.
A região de Kabardino-Balkária --assim como outras regiões na Rússia-- tem registrado um crescimento de movimentos extremistas islâmicos e o aumento da violência contra as forças de segurança, soldados e outros membros do governo.
Seqüestro
O enviado do governo russo à região, Dmitry Kozak, afirmou em entrevista à rede de TV estatal Vesti que há "vários reféns" presos em uma das delegacias de polícia de Naltchik que foram invadidas.
"Não há desordem ou ataque em massa [em Naltchik]. Infelizmente,os confrontos continuam na delegacia de polícia nº 3, e os rebeldes fizeram reféns. Uma operação [para libertá-los] já foi iniciada", afirmou.
Segundo ele, o resto da cidade já está "sob controle".
Responsabilidade
Segundo a agência de notícias Associated Press, rebeldes tchetchenos reivindicaram a responsabilidade pelos ataques em Naltchik.
O site na web Kavkaz Center --conhecido por ser uma "voz" dos rebeldes ligados a Shamil Basayev-- disse ter recebido uma "curta mensagem", sobre o ataque, de autoria da Frente do Cáucaso, um grupo que, segundo o texto no site, é parte das forças rebeldes tchetchenas e inclui um outro grupo denominado Yarmuk.
O Yarmuk seria formado apenas por militantes islâmicos e é sediado em Kabardino-Balkária.
Basayev é o homem mais procurado na Rússia, e o governo oferece uma recompensa de US$ 10 milhões a quem tiver informações que levem a ele. O rebelde reivindicou a responsabilidade pelos piores ataques terroristas ocorridos na região, incluindo um atentado em um teatro de Moscou em 2002, que deixou 160 pessoas mortas, e o seqüestro a uma escola de Beslan (Ossétia do Norte), em 2004, onde 330 pessoas morreram.
Com agências internacionais
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