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10/11/2005
-
09h26
da Folha Online
Depois de 38 áreas na França terem decretado toque de recolher --limitando a permanência das pessoas nas ruas durante a noite--, o número de veículos incendiados voltou a ser menor que no auge dos distúrbios, quando mais de mil carros chegaram a ser destruídos em um único dia. Os distúrbios já ocorrem há 14 dias.
Na noite desta quarta-feira, 482 carros foram destruídos no país. A polícia deteve 203 pessoas.
O toque de recolher foi implementado depois que o governo francês decretou estado de emergência e entrou em vigor à meia-noite desta terça-feira.
A medida permite que autoridades prendam pessoas envolvidas em atos de vandalismo, limitem o movimento de pessoas ou veículos, confisquem armas e fechem espaços públicos para impedir a ação das gangues.
Menos violência
O diretor-geral da Polícia Nacional francesa, Michel Gaudin, afirmou que a redução dos danos nesta 14º noite de distúrbios foi significativa na periferia de Paris, onde se contabilizaram 95 carros queimados, frente aos 150 da noite anterior, em que a redução também tinha sido grande.
Fora dessa região, o Ministério do Interior contabilizou 387 veículos incendiados, quando na noite da terça para quarta-feira tinham sido 407 carros queimados.
A região da Alsácia (nordeste) foi uma das áreas mais afetadas nas últimas horas pela onda de violência, com 40 carros queimados, a metade na capital, Estrasburgo. Na cidade de Belfort, muito próxima à Alsácia, uma creche foi parcialmente destruída pelo fogo provocado por um coquetel molotov. Duas pessoas foram detidas nesse incidente.
No oeste do país, houve novos distúrbios e destruição em cidades como Rouen, Le Havre, Nantes, Rennes, Caen, Tours e Quimper, com dezenas de carros incendiados.
O estopim da revolta, iniciada por jovens filhos de imigrantes há 14 dias, em sua maioria do norte da África, foi a morte acidental de dois adolescentes, que morreram eletrocutados ao entrar numa subestação de energia. Eles estariam tentando se esconder da polícia. Até agora, mais de 6.000 veículos foram destruídos nos protestos, e uma pessoa foi morta.
Mas o motivo real dos distúrbios, de acordo com analistas, é a revolta contra a exclusão social dos habitantes dos subúrbios das grandes cidades, só inflamada pela morte dos dois adolescentes.
Calma
Claude Gueant, colaborador do ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, afirmou que as manifestações "parecem ter diminuído".
O primeiro-ministro Dominique de Villepin e o presidente Jacques Chirac enfrentam uma grande pressão dentro do país para dar uma resposta efetiva a um dos mais sérios episódios promovidos por manifestantes na França desde a década de 60.
Sarkozy afirmou a parlamentares franceses nesta quarta-feira que 120 estrangeiros detidos durante as manifestações serão expulsos da França.
Com agências internacionais
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Toque de recolher em 38 áreas diminui violência na França
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Depois de 38 áreas na França terem decretado toque de recolher --limitando a permanência das pessoas nas ruas durante a noite--, o número de veículos incendiados voltou a ser menor que no auge dos distúrbios, quando mais de mil carros chegaram a ser destruídos em um único dia. Os distúrbios já ocorrem há 14 dias.
Peter Dejong/AP |
Mulher recolhe bonecas e observa escola de enfermagem incendiada no subúrbio de Lille |
O toque de recolher foi implementado depois que o governo francês decretou estado de emergência e entrou em vigor à meia-noite desta terça-feira.
A medida permite que autoridades prendam pessoas envolvidas em atos de vandalismo, limitem o movimento de pessoas ou veículos, confisquem armas e fechem espaços públicos para impedir a ação das gangues.
Menos violência
O diretor-geral da Polícia Nacional francesa, Michel Gaudin, afirmou que a redução dos danos nesta 14º noite de distúrbios foi significativa na periferia de Paris, onde se contabilizaram 95 carros queimados, frente aos 150 da noite anterior, em que a redução também tinha sido grande.
Fora dessa região, o Ministério do Interior contabilizou 387 veículos incendiados, quando na noite da terça para quarta-feira tinham sido 407 carros queimados.
A região da Alsácia (nordeste) foi uma das áreas mais afetadas nas últimas horas pela onda de violência, com 40 carros queimados, a metade na capital, Estrasburgo. Na cidade de Belfort, muito próxima à Alsácia, uma creche foi parcialmente destruída pelo fogo provocado por um coquetel molotov. Duas pessoas foram detidas nesse incidente.
No oeste do país, houve novos distúrbios e destruição em cidades como Rouen, Le Havre, Nantes, Rennes, Caen, Tours e Quimper, com dezenas de carros incendiados.
O estopim da revolta, iniciada por jovens filhos de imigrantes há 14 dias, em sua maioria do norte da África, foi a morte acidental de dois adolescentes, que morreram eletrocutados ao entrar numa subestação de energia. Eles estariam tentando se esconder da polícia. Até agora, mais de 6.000 veículos foram destruídos nos protestos, e uma pessoa foi morta.
Mas o motivo real dos distúrbios, de acordo com analistas, é a revolta contra a exclusão social dos habitantes dos subúrbios das grandes cidades, só inflamada pela morte dos dois adolescentes.
Calma
Claude Gueant, colaborador do ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, afirmou que as manifestações "parecem ter diminuído".
O primeiro-ministro Dominique de Villepin e o presidente Jacques Chirac enfrentam uma grande pressão dentro do país para dar uma resposta efetiva a um dos mais sérios episódios promovidos por manifestantes na França desde a década de 60.
Sarkozy afirmou a parlamentares franceses nesta quarta-feira que 120 estrangeiros detidos durante as manifestações serão expulsos da França.
Com agências internacionais
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