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21/11/2005
-
09h32
da France Presse, em Nova Déli
O número de pessoas contaminadas na América Latina com o vírus HIV, causador da Aids, aumentou para 1,8 milhão em 2005, segundo relatório publicado nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e a OMS (Organização Mundial da Saúde), que aponta também que o número de contágio por uso de drogas injetáveis diminuiu no Brasil.
Cerca de 200 mil pessoas foram infectadas pelo HIV neste ano, e 66 mil morreram por causa da Aids na América Latina.
Segundo o relatório, divulgado antecipadamente à imprensa, "entre os jovens (latino-americanos) com idades entre 15 e 24 anos, estima-se que 0,4% das mulheres e 0,6% dos homens conviviam com o HIV em 2005".
As porcentagens mais altas são registradas, segundo o informe, "nos países menores, como Belize, Guatemala e Honduras, onde cerca de 1% ou mais dos adultos estavam infectados pelo HIV no fim de 2003".
Sexo entre homens
O relatório destaca também que, em quase todos os países latino-americanos, os maiores níveis de infecção pelo HIV são registrados nos homens que têm relações sexuais com outros homens (de 2% a 28% em diferentes regiões). Com relação a prostitutas, o nível varia de 0% para 6,3%.
Nas cidades brasileiras, a contribuição do consumo de drogas intravenosas para a transmissão do HIV parece ter diminuído. Parte deste êxito pode ser atribuída aos programas de redução de risco. Estimativas oficiais procedentes do sistema nacional de vigilância do HIV indicam que três quartos dos 200 mil consumidores de drogas intravenosas existentes hoje no Brasil não utilizam seringas esterilizadas, segundo a OMS e a Unaids.
Na Argentina, a maioria das novas infecções é produzido durante relações heterossexuais sem proteção, com um crescente número de mulheres infectadas pelo HIV, diz o estudo.
O consumo de drogas intravenosas e as relações sexuais entre homens seguem impulsionando a propagação do HIV na Argentina, especialmente nas zonas urbanas das províncias de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé, acrescenta o relatório.
Igualmente, o HIV penetrou nas zonas rurais do Paraguai, especialmente na fronteira com a Argentina e o Brasil.
América Central
Na América Central, as relações sexuais sem proteção são a causa principal da expansão do vírus, indicam a OMS e a Unaids. Honduras tem aproximadamente um terço da população que vive com o HIV nesta sub-região.
A Aids é a principal causa de morte entre as mulheres hondurenhas e, provavelmente, é a segunda causa de hospitalização em todo o país.
No México, "quase 90% dos casos de Aids notificados oficialmente são atribuídos às relações sexuais sem proteção, sendo que metade desses casos referem-se a relações sexuais entre homens", diz o estudo.
Quanto aos tratamentos, o informe indica que melhorou o acesso a anti-retrovirais, com destaque especial à situação do Brasil, seguido por Argentina, Chile, Cuba, México, Uruguai e Venezuela.
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Cerca de 200 mil pessoas foram infectadas pelo HIV neste ano, e 66 mil morreram por causa da Aids na América Latina.
Segundo o relatório, divulgado antecipadamente à imprensa, "entre os jovens (latino-americanos) com idades entre 15 e 24 anos, estima-se que 0,4% das mulheres e 0,6% dos homens conviviam com o HIV em 2005".
As porcentagens mais altas são registradas, segundo o informe, "nos países menores, como Belize, Guatemala e Honduras, onde cerca de 1% ou mais dos adultos estavam infectados pelo HIV no fim de 2003".
Sexo entre homens
O relatório destaca também que, em quase todos os países latino-americanos, os maiores níveis de infecção pelo HIV são registrados nos homens que têm relações sexuais com outros homens (de 2% a 28% em diferentes regiões). Com relação a prostitutas, o nível varia de 0% para 6,3%.
Nas cidades brasileiras, a contribuição do consumo de drogas intravenosas para a transmissão do HIV parece ter diminuído. Parte deste êxito pode ser atribuída aos programas de redução de risco. Estimativas oficiais procedentes do sistema nacional de vigilância do HIV indicam que três quartos dos 200 mil consumidores de drogas intravenosas existentes hoje no Brasil não utilizam seringas esterilizadas, segundo a OMS e a Unaids.
Na Argentina, a maioria das novas infecções é produzido durante relações heterossexuais sem proteção, com um crescente número de mulheres infectadas pelo HIV, diz o estudo.
O consumo de drogas intravenosas e as relações sexuais entre homens seguem impulsionando a propagação do HIV na Argentina, especialmente nas zonas urbanas das províncias de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé, acrescenta o relatório.
Igualmente, o HIV penetrou nas zonas rurais do Paraguai, especialmente na fronteira com a Argentina e o Brasil.
América Central
Na América Central, as relações sexuais sem proteção são a causa principal da expansão do vírus, indicam a OMS e a Unaids. Honduras tem aproximadamente um terço da população que vive com o HIV nesta sub-região.
A Aids é a principal causa de morte entre as mulheres hondurenhas e, provavelmente, é a segunda causa de hospitalização em todo o país.
No México, "quase 90% dos casos de Aids notificados oficialmente são atribuídos às relações sexuais sem proteção, sendo que metade desses casos referem-se a relações sexuais entre homens", diz o estudo.
Quanto aos tratamentos, o informe indica que melhorou o acesso a anti-retrovirais, com destaque especial à situação do Brasil, seguido por Argentina, Chile, Cuba, México, Uruguai e Venezuela.
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