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02/12/2005 - 15h02

Ataque rebelde mata dez marines no Iraque

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da Folha Online

Um ataque a bomba ocorrido na cidade de Fallujah, a oeste da capital do Iraque, Bagdá, matou dez marines (fuzileiros navais), segundo comunicado oficial do Exército dos Estados Unidos. O atentado representa mais um golpe à popularidade do presidente americano, George W. Bush, que tem recebido diversas críticas devido ao número de militares mortos na Guerra do Iraque desde 2003, que já chega a 2.123.

De acordo com o "The New York Times", o número de grupos insurgentes no Iraque deve chegar a cem.

O último ataque de grande porte feito contra soldados americanos ocorreu em 3 de agosto passado, quando 14 marines e um civil árabe foram mortos por uma bomba caseira em Haditha, também a oeste do Iraque.

Segundo o texto divulgado nesta sexta-feira, uma bomba colocada em uma estrada de Fallujah explodiu no exato momento em que os soldados passavam a pé. Outros 11 marines ficaram feridos. O explosivo parecia ter sido fabricado de forma improvisada, e foi feito com pedaços de munição de artilharia.

Jacob Silberberg/AP
Soldado do Exército dos EUA observa olhar de menino iraquiano para sua arma
A morte dos marines ocorreu um dia depois do discurso do presidente Bush, afirmando só deixar o Iraque após ter a "vitória" sobre os "terroristas" e a invasão de uma cidade próxima a Fallujah, Ramadi, por um contingente de 500 soldados iraquianos e 2.000 marines.

A cidade de Ramadi é a capital da Província de Al Anbar, uma área do oeste do Iraque que já sofreu inúmeras ofensivas do Exército americano, que tenta conter a violência na região, predominantemente sunita. Segundo os americanos, depois que os militares acabaram com a insurgência em Fallujah (50 km a oeste de Bagdá), há mais de um ano, os rebeldes fizeram de Ramadi a sua base de operações.

Ramadi e Fallujah --esta última um dos maiores bastiões rebeldes e uma das primeiras cidades a sofrer uma grande ofensiva americana-- fica em uma região conhecida por Triângulo Sunita, conhecida por ser um bastião anti-Estados Unidos.

Controle

Ontem, um grupo de cerca de 400 rebeldes iraquianos invadiu a cidade de Ramadi, atacaram a base do Exército americano na cidade, e atiraram contra escritórios da administração de Ramadi e fecharam várias ruas. Insurgentes também distribuíram panfletos dizendo que a Al Qaeda no Iraque iria tomar o controle de Ramadi e que o país seria "um cemitério para os americanos e seus aliados".
O terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi --que lidera a rede Al Qaeda no Iraque-- prometeu tomar o controle da cidade.

Na manhã desta sexta-feira, ao menos 500 soldados americanos e iraquianos entraram em Ramadi novamente para prosseguir com a ofensiva na cidade.

De acordo com o comunicado do Exército, a operação tem por objetivo criar condições para a realização das eleições legislativas do próximo dia 15 na Província de Al Anbar. Até agora, o Exército não divulgou os resultados dessa operação.

Com agências internacionais

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