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11/12/2005
-
16h32
da France Presse, em Santiago do Chile
Nem as reiteradas afrontas, nem os gritos de "que se vaya" (vá embora) no momento de votar conseguiram apagar o sorriso do rosto do candidato direitista Sebastián Piñera, que se disse convencido de que passará para o segundo turno para enfrentar a favorita nas pesquisas, a socialista Michelle Bachelet.
Piñera, das fileiras do partido de direita moderado Renovação Nacional (RN), chegou à seção eleitoral no Instituto Superior de Comércio (Insuco) com Sebastián e Cristóbal, dois de seus quatro filhos, em meio a um tumulto e ao empurra-empurra de jornalistas e cinegrafistas.
Antes de entrar, teve que enfrentar os gritos e afrontas de detratores situados fora do local de votação, em pleno centro de Santiago, onde também votou o presidente Ricardo Lagos e está inscrito o ex-ditador Augusto Pinochet, impedido de votar por responder a processo por duas acusações.
Apesar dos gritos, Piñera brincou a todo momento com os cerca de 100 jornalistas que esperavam por sua votação e conversou com vários deles, apesar de ao entrar dizer que era a hora de calar para que o povo falasse.
Segundo turno
Antes de votar na mesa 126 - localizada em frente à do presidente Lagos -, o candidato se mostrou convencido de que passará para o segundo turno e enfrentará Michelle Bachelet.
"Estou certo de que vamos ter segundo turno e neste segundo turno vamos ter dois caminhos: um representado por Michelle Bachelet e outro chefiado por mim em uma nova coalizão", disse Piñera, na fila de votação, onde teve que esperar sua vez atrás de 10 eleitores.
Piñera não quis passar à frente, embora todos os que esperavam para votar tenham lhe cedido o lugar. "Farei fila como todos os cidadãos", disse o candidato, sempre com sorriso nos lábios.
Após esperar cerca de meia hora, Piñera conseguiu votar, finalmente. Ao sair, alguns eleitores começaram a gritar com insistência: "¡que se vaya!, ¡que se vaya!" (vá embora, vá embora).
"Estou muito contente de ter votado porque o voto, mais que uma obrigação é um direito de todos os cidadãos", disse o candidato depois de votar.
"Passarei para o segundo turno, que é um livro aberto que ainda não foi escrito", insistiu, ignorando as vaias. O candidato disputa votos com outro candidato da direita, o conservador Joaquín Lavín.
Bachelet, do Partido Socialista, tem a preferência do eleitorado, com 40% das intenções de voto, contra 20% para Piñera, o mesmo percentual de Lavín, da União Democrata Independente (UDI).
Em um eventual segundo turno disputarão os dois candidatos que obtiverem a maior votação neste domingo, desde que nenhum deles consiga 50% mais 1 dos votos.
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Apesar de protestos, Piñera vota confiante de que irá para segundo turno
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Nem as reiteradas afrontas, nem os gritos de "que se vaya" (vá embora) no momento de votar conseguiram apagar o sorriso do rosto do candidato direitista Sebastián Piñera, que se disse convencido de que passará para o segundo turno para enfrentar a favorita nas pesquisas, a socialista Michelle Bachelet.
Piñera, das fileiras do partido de direita moderado Renovação Nacional (RN), chegou à seção eleitoral no Instituto Superior de Comércio (Insuco) com Sebastián e Cristóbal, dois de seus quatro filhos, em meio a um tumulto e ao empurra-empurra de jornalistas e cinegrafistas.
Antes de entrar, teve que enfrentar os gritos e afrontas de detratores situados fora do local de votação, em pleno centro de Santiago, onde também votou o presidente Ricardo Lagos e está inscrito o ex-ditador Augusto Pinochet, impedido de votar por responder a processo por duas acusações.
Apesar dos gritos, Piñera brincou a todo momento com os cerca de 100 jornalistas que esperavam por sua votação e conversou com vários deles, apesar de ao entrar dizer que era a hora de calar para que o povo falasse.
Segundo turno
Antes de votar na mesa 126 - localizada em frente à do presidente Lagos -, o candidato se mostrou convencido de que passará para o segundo turno e enfrentará Michelle Bachelet.
"Estou certo de que vamos ter segundo turno e neste segundo turno vamos ter dois caminhos: um representado por Michelle Bachelet e outro chefiado por mim em uma nova coalizão", disse Piñera, na fila de votação, onde teve que esperar sua vez atrás de 10 eleitores.
Piñera não quis passar à frente, embora todos os que esperavam para votar tenham lhe cedido o lugar. "Farei fila como todos os cidadãos", disse o candidato, sempre com sorriso nos lábios.
Após esperar cerca de meia hora, Piñera conseguiu votar, finalmente. Ao sair, alguns eleitores começaram a gritar com insistência: "¡que se vaya!, ¡que se vaya!" (vá embora, vá embora).
"Estou muito contente de ter votado porque o voto, mais que uma obrigação é um direito de todos os cidadãos", disse o candidato depois de votar.
"Passarei para o segundo turno, que é um livro aberto que ainda não foi escrito", insistiu, ignorando as vaias. O candidato disputa votos com outro candidato da direita, o conservador Joaquín Lavín.
Bachelet, do Partido Socialista, tem a preferência do eleitorado, com 40% das intenções de voto, contra 20% para Piñera, o mesmo percentual de Lavín, da União Democrata Independente (UDI).
Em um eventual segundo turno disputarão os dois candidatos que obtiverem a maior votação neste domingo, desde que nenhum deles consiga 50% mais 1 dos votos.
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