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11/12/2005 - 20h05

Bachelet lidera disputa pela presidência do Chile com 12% das urnas apuradas

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da Folha Online

A candidata socialista Michelle Bachelet, com 44,76% dos votos lidera a disputa pela presidência do Chile, com os primeiros dados oficiais do escrutínio dos votos, seguido pelo candidato Sebastián Piñera, com 26,73% dos votos e por Joaquín Lavin, com 23,52%, segundo informações do Ministério do Interior. Os primeiros resultados apontam para a realização de um segundo turno, previsto para o dia 15 de janeiro. A parcial leva em conta a apuração de 804.762 votos, de 4,190 urnas, ou 12% do total.

Bachelet, uma socialista que foi torturada durante a ditadura de Augusto Pinochet, deve levar adiante a mistura de sucesso do atual presidente Ricardo Lagos, de adoção da economia de mercado com reformas sociais de esquerda. Se vitoriosa, a ex-ministra da Defesa será a primeira presidente mulher da história chilena, mas também representará a continuidade do bloco político Concertação governista, no poder desde 1990.

Os 8.220.897 cidadãos do censo eleitoral votaram para renovar também 20 cadeiras do Senado e os 120 assentos da Câmara dos Deputados. Cerca de 250 mil novos eleitores e uma maioria de mulheres, 400 mil a mais do que os homens, são as novidades do censo das eleições de hoje no Chile.

O ganhador desta eleição sucederá o presidente socialista Ricardo Lagos, mas, se não obtiver 50% mais um dos votos, deverá concorrer a um segundo turno com o segundo colocado em 15 de janeiro.

O segundo colocado quase inevitavelmente será um candidato da direita chilena. Como também anteciparam as pesquisas o rival de Bachelet será Piñera, um bilionário e ex-senador, represetante da direita moderada chilena, que prometeu criar 1 milhão de empregos para combater a elevada taxa de desocupação de seu país.

As últimas pesquisas ratificaram a posição de Bachelet como favorita, embora também tenham corroborado a alta probabilidade de um segundo turno, ao qual passariam a socialista e um de seus oponentes da direita, que estão empatados entre si.

Uma das características dessa eleição foi a ausência do ex-ditador Pinochet tanto fisica quanto simbolicamente. Antigos aliados rejeitam qualquer vinculação ao antigo líder, que hoje enfrenta vários corrupção e violação de direitos humanos na idade dos 90 anos. Pinochet não pode votar porque justamente esta preso pela segunda acusação.

No âmbito da América Latina, o Chile, um estreito país de 16 milhões de habitantes, tornou um modelo regional de estabilidade política e econômica, com uma moderna infra-estrutura, pouca corrupção e um dos mais baixos índices de pobreza.

O atual presidente Lagos deixa o poder com uma taxa de aprovação de 60% e uma economia acelerada pela alta dos preços do cobre, o principal item de exportação, e uma forte demanda por outros como celulose, vinho, salmão e fertilizantes.

Com Agências internacionais

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