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12/12/2005 - 09h04

Governo sírio condena ataque no Líbano

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da Efe, em Damasco

A Síria condenou o atentado que matou nesta segunda-feira o deputado e jornalista libanês Gibran Tueni, conhecido por sua firme oposição à influência do governo sírio na política do Líbano. Outras três pessoas morreram no atentado ocorrido na capital Beirute, onde um carro-bomba explodiu no momento em que o comboio em que estava o parlamentar passava.

Em comunicado divulgado por meio da agência de notícias oficial Sana, a Síria classificou o ataque como "ato estúpido" perpetrado pelos "inimigos do Líbano".

"O ataque ocorre em um momento calculado para multiplicar as acusações contra a Síria. Condenamos todos os assassinatos e atentados, e destacamos que aqueles que os perpetram são inimigos do Líbano", afirma a nota.

Tueini dirigia o jornal libanês "An Nahar", e era integrante da oposição à Síria que assumiu, em junho passado, o poder em Beirute.

Ele é o terceiro político e jornalista a sofrer um atentado mortal no Líbano desde 14 de fevereiro passado, quando o ex-primeiro-ministro Rafik al Hariri foi assassinado da mesma forma no centro de Beirute.

Outras 14 explosões feriram dezenas de libaneses, entre eles o ministro da Defesa, Elias Murr, e a conhecida jornalista da rede de TV LBC, May Chidiac, desde o início deste ano.

Elias Murad, diretor do jornal libanês "Al Baath", partidário da Síria, disse que o assassinato de Tueini é "um crime imoral e cruel".

"É um ato perpetrado com o objetivo de prejudicar a Síria, após autoridades sírias terem cooperado com a investigação internacional. As acusações dos libaneses são bobas. A Síria não tem interesse em tudo isso", disse Murad.

Acusação

O atentado ocorreu poucos dias antes de o chefe da comissão internacional que investiga o assassinato de Al Hariri, o promotor alemão Detlev Mehlis, entregar seu relatório definitivo ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Em seu segundo relatório preliminar à ONU, Mehlis apontava a hipótese de que os secretos serviços sírios e parte da inteligência libanesa estivessem envolvidos no atentado.

O atentado contra Al Hariri e a onda de críticas e acusações à Síria que se seguiu tanto no Líbano quanto na comunidade internacional obrigaram o governo sírio a retirar milhares de soldados que mantinha no país vizinho desde a guerra civil libanesa (1979-1990).

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