Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/12/2005 - 15h48

Lideranças políticas lutam por mais poder no Iraque

Publicidade

da Folha Online

Cerca de 15 milhões de iraquianos devem ir às urnas nesta quinta-feira para eleger o primeiro governo permanente do país desde a queda do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein (1979-2003). Veja quais são as principais lideranças políticas do país que podem influenciar o resultado do pleito:

Ibrahim al Jaafari

O primeiro-ministro interino do Iraque tem como marca principal a tentativa de diálogo com a insurgência sunita. Pertencente ao Partido Dawa, que chegou ao poder devido a uma aliança com os xiitas antes das eleições de janeiro passado --que definiu o governo de transição do país. Apesar das tentativas de negociação com rebeldes, a tensão sectária no Iraque só aumentou neste ano.

Durante boa parte do governo de Saddam, Al Jaafari ficou exilado no Irã e no Reino Unido. Voltou ao Iraque como um político popular, mas críticos o vêem agora como uma liderança que tem pouco poder de influência.

Abdul Aziz al Hakim

O líder do Supremo Conselho para a Revolução Islâmica no Iraque --o maior partido xiita-- é um aliado forte de Al Jaafari, e é conhecido por sua ligação com o governo iraniano.

Al Hakim chegou à liderança do partido depois que um atentado a bomba matou seu irmão, o antigo dirigente do Supremo Conselho, aiatolá Mohammed Baqer al Hakim, em agosto de 2003.

O dirigente não tem nenhum cargo no governo, mas seu partido controla vários ministérios iraquianos, incluindo o Ministério do Interior, comandado pelo xiita Bayan Jabr, que tem recebido diversas acusações de torturar prisioneiros sunitas.

Iyad Allawi

O ex-premiê interino do Iraque, apoiado pelos Estados Unidos, é visto como um político capaz de unir as diferentes facções religiosas no país. Um exemplo disso é a coalizão que formou para concorrer nestas eleições, a Lista Iraquiana Nacional, que congrega líderes xiitas e sunitas.

Ex-membro do Partido Baath, de Saddam, se opôs ao antigo ditador quando este ainda estava no poder, com a ajuda dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Durante seu governo, Allawi teve sinal verde dos americanos para realizar ofensivas de grande porte contra os rebeldes iraquianos.

Adel Abdul Mehdi

Mehdi é membro do Supremo Conselho para a Revolução Islâmica no Iraque, um dos vice-presidentes do país, e ex-ministro das Finanças durante o governo de Allawi.

O economista ficou exilado na França, onde estudou, e tem sido cotado como o próximo premiê iraquiano.

O xiita já sofreu ao menos uma tentativa de atentado contra sua vida, mas escapou ileso.

Ahmad Chalabi

Chalabi era apoiado antigamente pelos Estados Unidos, mas acabou perdendo a ajuda americana depois de denúncias sobre um suposto desvio de dinheiro dos cofres iraquianos. Apesar disso, ele fez várias alianças estratégicas, que o mantiveram no poder, mesmo com a desaprovação de uma boa parcela dos iraquianos

Vice-premiê interino e chefe de uma organização do governo que cuida do petróleo iraquiano, Chalabi é ambicioso, e pode tentar ganhar mais poder após o pleito de dezembro.

Ali al Sistani

O grande aiatolá Ali al Sistani tem sido a liderança religiosa que representa a moderação xiita após a queda de Saddam. De origem iraniana, ficou afastado da política enquanto o ex-ditador esteve no poder mas, após sua queda, ganhou muita influência, principalmente entre autoridades americanas no Iraque.

Moqtada al Sadr

Moqtada al Sadr é um clérigo xiita que já liderou duas revoltas contra o governo dos Estados Unidos, mas acabou aceitando o cessar-fogo, no final do ano passado, e agora tenta obter poder por meio de alianças políticas.

Seus candidatos tentam derrotar nas eleições os membros do Supremo Conselho para a Revolução Islâmica no Iraque e do Partido Dawa.

Masoud Barzani

O líder do Partido Democrata do Curdistão lutou ao lado dos Estados Unidos durante a queda de Saddam que massacrou os curdos durante seu período de governo.

Barzani fez várias alianças com partidos xiitas, e analistas dizem que os curdos devem manter o poder conquistado após as eleições de janeiro último.

Jalal Talabani

O presidente interino do Iraque, Jalal Talabani, dirige a União Patriótica do Curdistão e já foi líder guerrilheiro, na época em que Saddam estava no poder.

Talabani dedicou toda sua carreira política à causa curda, e se tornou o primeiro dirigente curdo do Estado iraquiano. Ele disse que não quer se reeleger.

Saleh al Mutlak

Político sunita que lidera a Frente pelo Diálogo Nacional, Al Mutlak ganhou proeminência durante os debates sobre a nova Constituição iraquiana, que ele rejeita.

Empresário iraquiano, combate a presença americana em seu país, mas defende a resistência sem armas.

Ghazi al Yawar

Um dos dois vice-presidentes iraquianos, o sunita foi presidente durante o primeiro governo interino, que tomou o poder em julho de 2004 e foi substituído no início deste ano. É líder do clã Shamar, e é formado como engenheiro civil.

Adnan al Dulaimi

O sunita Adnan al Dulaimi, chefe da Conferência Geral do Povo Iraquiano, é um dos maiores críticos do atual governo do Iraque e da presença americana no país. Ele tem conseguido se estabelecer com um dos líderes dessa facção religiosa, devido a alianças com outros partidos sunitas.

Tareq al Hashemi

Al Hashemi dirige o Partido Islâmico Iraquiano, visto como a maior legenda sunita. Contrário a outras lideranças sunitas, defendeu a Constituição iraquiana.

Ele defende a idéia de que os sunitas devem integrar o processo político para ganhar mais influência no país.

Leia mais
  • Entenda como serão as eleições

    Especial
  • Leia cobertura completa sobre as eleições parlamentares no Iraque
  • Leia o que já foi publicado sobre as eleições parlamentares no Iraque
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página