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15/12/2005 - 09h04

Iraque registra participação alta em dia de votação

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da Folha Online

Iraquianos começaram a ir às urnas nesta quinta-feira para eleger o primeiro governo permanente do país após a queda do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein (1979-2003). Os postos de votação abriram às 7h (2h de Brasília), e informações preliminares da comissão eleitoral indicam que um grande número de civis estão votando nas regiões de maioria sunita. O nível de violência é baixo, mas rebeldes atacaram ao norte e na capital Bagdá, e mataram duas pessoas.

Hasan Sarbakhsian/AP
Iraquiana vota em posto eleitoral montado em território iraniano
Várias explosões atingiram Bagdá logo na manhã desta quinta-feira. A Zona Verde --um complexo superprotegido que comporta casas de membros do governo e embaixadas-- foi atacada, mas não há informações sobre vítimas no local. Nas cidades ao norte do país, Tal Afar e Mossul, insurgentes atacaram postos de votação, e mataram duas pessoas.

O pleito começou oficialmente nesta segunda-feira, quando presidiários, doentes e membros das forças de segurança, em um total de quase 300 mil pessoas, foram às urnas. um dia depois, mais de 1 milhão de iraquianos residentes em 15 países tiveram oportunidade de votar.

Segundo a Comissão Eleitoral Iraquiana, 231 partidos e 19 coalizões --representando 7.655 candidatos-- disputarão as 275 vagas do Parlamento.

Das 275 cadeiras, 230 são distribuídas entre as 18 Províncias. As outras 45 são chamadas "vagas nacionais" e estão reservadas aos partidos que não conseguirem representação a nível provincial, mas cujo resultado nacional for suficientemente elevado.

O novo Parlamento, eleito por quatro anos, deverá eleger um conselho presidencial (presidente e dois vice-presidentes) e um primeiro-ministro.

Quase três anos depois da invasão do Iraque por parte da coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos, que resultou na queda de Saddam Hussein em abril de 2003, esta eleição marca uma nova etapa na instauração de instituições permanentes. No dia 15 de outubro passado, a nova Constituição foi aprovada em um referendo.

Sunitas

Muitos sunitas estão indo aos postos de votação, até mesmo em cidades consideradas "bastiões rebeldes", como Ramadi e Haqlaniyah, na tentativa de aumentar a representação dessa facção religiosa no Parlamento, que obteve pouco poder após as eleições de janeiro passado, quando a maior parte da população sunita resolveu boicotar o pleito.

Em Fallujah, a oeste de Bagdá, e também considerada um bastião rebelde --duramente atacada pelo Exército americano em novembro de 2004-- centenas de pessoas esperavam em uma fila na frente de um posto de votação montado em uma escola. Vários eleitores diziam que votavam com o objetivo de "tirar os americanos" do país e o governo xiita do poder.

"É um governo extremista que gostaríamos que acabasse, assim como a ocupação [americana]", afirmou Ahmed Majid, 31, que esperava na fila para votar em Fallujah.

Líderes xiitas também pediram para que os eleitores comparecessem às urnas. O grande aiatolá Ali al Sistani --o mais importante clérigo xiita do Iraque-- pediu para que os eleitores apóiem os candidatos e defendam seus princípios.

Com agências internacionais

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