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15/12/2005 - 13h17

Iraquianos de Fallujah têm forte participação nas eleições

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da France Presse, em Bagdá

Famílias inteiras fizeram fila nesta quinta-feira nos locais de votação da cidade rebelde iraquiana de Fallujah para participar nas eleições legislativas, em meio a edifícios esburacados pelos combates registrados desde a invasão do Iraque, em março de 2003.

"Os habitantes de Fallujah votarão de joelhos, se for necessário, porque estas eleições são muito importantes para nós e determinam a vida política do país durante os quatro anos que de mandato do Parlamento", afirmou Amr Hamed, um engenheiro de 30 anos.

Pouco mais de um ano depois de 15 mil marines americanos terem retomado o controle da cidade, casa por casa, algumas ruas desta localidade sunita situada 50 km ao oeste de Bagdá continuam submersas nos escombros, mas, mesmo assim, a população parece decidida a entrar no processo eleitoral.

Os eleitores, muitos acompanhados pelos filhos, formaram filas diante das seções eleitorais, bem diferente do que aconteceu nas eleições gerais de janeiro, celebradas em uma cidade deserta, apenas dois meses depois da reconquista por parte das forças americanas.

A comunidade sunita, que boicotou as eleições de janeiro, se mobilizou desta vez para não ficar relegada a um papel passivo por falta de representação no Parlamento e no governo, dominados pelos rivais tradicionais xiitas e curdos.

"Os xiitas têm muito mais vagas do que merecem, o que provocou um terrorismo de Estado e assassinatos", afirmou Meky Latif diante de um colégio eleitoral.

"Quero votar pelos que conheço bem e pelos verdadeiros iraquianos", afirmou Abdallah Hussein em sua cadeira de rodas.

A cidade está recheada de cartazes eleitorais, entre os quais se destacam as listas sunitas da Frente Iraquiana da Concórdia e da Frente Iraquiana para o Diálogo Nacional. A grande rival de ambas é a lista sunita local do prefeito.

"A participação é importante e a situação da segurança é estável', comentou Dari Abdelhadi al Zawbai, subprefeito de Fallujah, que acrescentou que "31 colégios eleitorais estão abertos, dos quais 20 funcionam normalmente".

Porém, denunciou a existência de problemas em alguns deles, nos quais não há urnas ou cédulas. Além disso, algumas pessoas procuram em vão seus nomes nas listas. A culpa, segundo ele, é da comissão eleitoral.

A polícia vigiava de perto o desenrolar das eleições e patrulhas de blindados americanos estão estacionados a uma certa distância para garantir que tudo funcione de acordo com os planos previstos.

Quase 150 homens estão mobilizados na cidade e outros 4.000 marines estão na retaguarda.

Os soldados americanos são conscientes de que a melhora da situação se deve às forças policiais iraquianas que souberam ganhar a confiança da população.

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