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16/12/2005
-
19h34
da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, se recusou nesta sexta-feira a comentar a reportagem publicada no site do jornal americano "The New York Times", segundo a qual seu governo teria autorizado, em 2002, a instalação de milhares de escutas ilegais com base na luta antiterrorismo no país.
"Não falamos sobre operações da inteligência que estão em curso para proteger o país", disse Bush em entrevista à rede de TV PBS, em sua primeira reação pública a respeito da polêmica gerada sobre o papel da Agência Nacional de Segurança (NSA) na espionagem de americanos e estrangeiros nos EUA.
"Não revelamos fontes nem métodos", afirmou Bush, explicando que a razão da recusa é a existência de "um inimigo que gostaria de saber exatamente o que o governo está fazendo para detê-lo".
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, também se recusou a entrar em detalhes sobre o caso. "O presidente foi muito claro que não ordenaria fazer coisas ilegais. Sempre disse que faria tudo o que pudesse para proteger o povo americano de ataques como sofremos em 11 de Setembro, mas dentro da lei e respeitando as liberdades civis dos americanos", afirmou.
A Casa Branca, no entanto, não desmentiu as informações veiculadas pela imprensa. O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, se amparou no segredo de Estado para negar fazer comentários a respeito da notícia.
Monitoramento
De acordo com o "Times", o monitoramento, que passou a ser feito meses após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, não teve autorização da Justiça americana, geralmente necessária para realizar esse tipo de espionagem.
Segundo o jornal, sob uma ordem presidencial, assinada em 2002, a NSA começou a monitorar todos as ligações telefônicas internacionais e mensagens vindas de provedores de internet de outros países de milhares de pessoas que moram nos Estados Unidos, em um esforço de descobrir se a rede terrorista Al Qaeda "está infiltrada no país".
A NSA colocou escutas ilegais em 500 pessoas nos Estados Unidos e entre 5.000 e 7.000 no exterior-- todas suspeitas de estarem vinculadas com atividades terroristas, informou ainda o jornal americano.
O "Times" diz ainda que vários membros da Agência de Segurança Nacional e ex-funcionários que preferiram manter sua identidade em sigilo, se disseram "preocupados" com a legalidade da operação de monitoramento, desenvolvida desde 2002.
Defensores do programa dizem que ele é uma "ferramenta crítica" para ajudar a prevenir ataques terroristas dentro do território americano.
Com "The New York Times" e agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre espionagem nos EUA
Leia o que já foi publicado sobre o 11 de Setembro
Leia o que já foi publicado sobre George W. Bush
Bush se nega a comentar suposta existência de escutas ilegais
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O presidente americano, George W. Bush, se recusou nesta sexta-feira a comentar a reportagem publicada no site do jornal americano "The New York Times", segundo a qual seu governo teria autorizado, em 2002, a instalação de milhares de escutas ilegais com base na luta antiterrorismo no país.
"Não falamos sobre operações da inteligência que estão em curso para proteger o país", disse Bush em entrevista à rede de TV PBS, em sua primeira reação pública a respeito da polêmica gerada sobre o papel da Agência Nacional de Segurança (NSA) na espionagem de americanos e estrangeiros nos EUA.
"Não revelamos fontes nem métodos", afirmou Bush, explicando que a razão da recusa é a existência de "um inimigo que gostaria de saber exatamente o que o governo está fazendo para detê-lo".
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, também se recusou a entrar em detalhes sobre o caso. "O presidente foi muito claro que não ordenaria fazer coisas ilegais. Sempre disse que faria tudo o que pudesse para proteger o povo americano de ataques como sofremos em 11 de Setembro, mas dentro da lei e respeitando as liberdades civis dos americanos", afirmou.
A Casa Branca, no entanto, não desmentiu as informações veiculadas pela imprensa. O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, se amparou no segredo de Estado para negar fazer comentários a respeito da notícia.
Monitoramento
De acordo com o "Times", o monitoramento, que passou a ser feito meses após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, não teve autorização da Justiça americana, geralmente necessária para realizar esse tipo de espionagem.
Segundo o jornal, sob uma ordem presidencial, assinada em 2002, a NSA começou a monitorar todos as ligações telefônicas internacionais e mensagens vindas de provedores de internet de outros países de milhares de pessoas que moram nos Estados Unidos, em um esforço de descobrir se a rede terrorista Al Qaeda "está infiltrada no país".
A NSA colocou escutas ilegais em 500 pessoas nos Estados Unidos e entre 5.000 e 7.000 no exterior-- todas suspeitas de estarem vinculadas com atividades terroristas, informou ainda o jornal americano.
O "Times" diz ainda que vários membros da Agência de Segurança Nacional e ex-funcionários que preferiram manter sua identidade em sigilo, se disseram "preocupados" com a legalidade da operação de monitoramento, desenvolvida desde 2002.
Defensores do programa dizem que ele é uma "ferramenta crítica" para ajudar a prevenir ataques terroristas dentro do território americano.
Com "The New York Times" e agências internacionais
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