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08/01/2006
-
19h14
da France Presse, em Roma
O turco Mehmet Ali Agca tinha 23 anos quando tentou matar João Paulo 2º no dia 13 de maio de 1981. Antes disso, ele já tinha assassinado um jornalista em seu país de origem. Agca quase conseguiu matar o papa, atirando quando o sumo pontífice atravessava a praça São Pedro, no Vaticano, em meio à multidão.
Alguns meses depois do atentado, Agca foi condenado à prisão perpétua e levado para o presídio Montacuto de Ancona. João Paulo 2º o perdoou ainda no leito do hospital, onde se recuperava dos graves ferimentos do atentado, e o visitou na prisão no dia 28 de dezembro de 1983. O papa também recebeu a mãe do terrorista em 1985, no Vaticano.
Em março de 1999, Agca escreveu ao embaixador da Turquia em Roma para dizer que tinha saudades da sua terra e queria cumprir a pena em seu país de origem pelo assassinato do jornalista.
Nascido em 1958, em uma família muito pobre de Hekimhan, província de Malatya (leste da Turquia), Agca estudou na faculdade de Ciências Econômicas de Istambul, onde começou a se relacionar com integrantes do extrema-direita nacionalista.
Ele militou na organização de jovens chamada "os idealistas", próxima ao partido de Ação Nacionalista, cujo chefe, o ex-coronel Aspalan Turques, foi preso no momento do atentado da Praça de São Pedro.
Agca já havia sido preso na Turquia, no dia 25 de junho de 1979, acusado do assassinato de Abdi Ipecki, chefe de redação do jornal "Milliyet". Durante o interrogatório, deu a impressão de que era um homem determinado, de sangue frio. "Não sou nem de direita nem de esquerda. Sou um terrorista independente", disse na época.
Antes do julgamento, escapou da prisão, no dia 25 de novembro. Foi condenado à revelia. Depois de fugir, telefonou e escreveu várias vezes à imprensa para afirmar que seu único objetivo era "matar João Paulo 2º", que deveria visitaria a Turquia. Não conseguiu atentar contra a vida do Papa na ocasião, mas deixou o país e foi para a Líbia, em 1980, antes de viajar a Roma, onde chegou bem perto de concretizar sua intenção.
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O turco Mehmet Ali Agca tinha 23 anos quando tentou matar João Paulo 2º no dia 13 de maio de 1981. Antes disso, ele já tinha assassinado um jornalista em seu país de origem. Agca quase conseguiu matar o papa, atirando quando o sumo pontífice atravessava a praça São Pedro, no Vaticano, em meio à multidão.
Alguns meses depois do atentado, Agca foi condenado à prisão perpétua e levado para o presídio Montacuto de Ancona. João Paulo 2º o perdoou ainda no leito do hospital, onde se recuperava dos graves ferimentos do atentado, e o visitou na prisão no dia 28 de dezembro de 1983. O papa também recebeu a mãe do terrorista em 1985, no Vaticano.
Em março de 1999, Agca escreveu ao embaixador da Turquia em Roma para dizer que tinha saudades da sua terra e queria cumprir a pena em seu país de origem pelo assassinato do jornalista.
Nascido em 1958, em uma família muito pobre de Hekimhan, província de Malatya (leste da Turquia), Agca estudou na faculdade de Ciências Econômicas de Istambul, onde começou a se relacionar com integrantes do extrema-direita nacionalista.
Ele militou na organização de jovens chamada "os idealistas", próxima ao partido de Ação Nacionalista, cujo chefe, o ex-coronel Aspalan Turques, foi preso no momento do atentado da Praça de São Pedro.
Agca já havia sido preso na Turquia, no dia 25 de junho de 1979, acusado do assassinato de Abdi Ipecki, chefe de redação do jornal "Milliyet". Durante o interrogatório, deu a impressão de que era um homem determinado, de sangue frio. "Não sou nem de direita nem de esquerda. Sou um terrorista independente", disse na época.
Antes do julgamento, escapou da prisão, no dia 25 de novembro. Foi condenado à revelia. Depois de fugir, telefonou e escreveu várias vezes à imprensa para afirmar que seu único objetivo era "matar João Paulo 2º", que deveria visitaria a Turquia. Não conseguiu atentar contra a vida do Papa na ocasião, mas deixou o país e foi para a Líbia, em 1980, antes de viajar a Roma, onde chegou bem perto de concretizar sua intenção.
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