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10/01/2006 - 12h03

Brasil indicará dois nomes para assumir missão no Haiti

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O governo brasileiro vai indicar um segundo nome além do que já foi indicado para que a ONU (Organização das Nações Unidas) escolha o novo comandante da missão de paz no Haiti, para substituir o general Urano Teixeira da Matta Bacellar, encontrado morto no sábado (7).

31.ago.2005/AP
O general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar
A informação foi dada nesta terça-feira pelo vice-presidente da República, José Alencar, que se reuniu pela manhã com o comandante do Exército, Francisco Albuquerque, e outros dois generais.

Segundo Alencar, a indicação de um segundo nome para substituir Bacellar, além do general José Elito Carvalho Siqueira, indicado ontem, foi uma exigência das Nações Unidas.

O comandante do Exército informou que os dois indicados pelo governo brasileiro para o comando das tropas de paz no Haiti deverão ser entrevistados na ONU, mas a data ainda não foi divulgada.

Ontem, enquanto o Itamaraty confirmava a indicação de Siqueira para o comando das tropas, a assessoria da vice-Presidência informava que o assunto ainda seria discutido na reunião ocorrida nesta terça-feira.

Alencar negou, no entanto, qualquer mal-estar entre o Comando do Exército e o Itamaraty. "A gente sempre respeita as coisas como elas são. Quem indica nomes para missões dessa natureza é o Comando do Exército, e no caso em apreço, considerando tratar-se de um caso em coordenação da ONU, então a ONU dá a palavra final de aprovação dos nomes que forem apresentados", disse Alencar.

Entretanto, o vice-presidente fez questão de destacar que o nome do general Siqueira foi citado pelo general Albuquerque, no sábado (7), em reunião no Itamaraty, e está mantido como indicação oficial do governo.

Entre as qualidades do novo comandante, Albuquerque apontou a necessidade de que seja um homem de relacionamento internacional, com operacionalidade, e capacidade de relacionamento e argumentação.

O comandante do Exército seguirá para o Haiti no fim desta semana, e depois irá à ONU para discutir os rumos da missão.

ONU

Nesta segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião para determinar os rumos da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), após de Bacellar.

Jean-Marie Guéhenno, subsecretário-geral para Operações de Paz das Nações Unidas, afirmou ontem à Folha de S.Paulo que a ONU já trabalha com o Brasil para estabelecer o sucessor de Bacellar, e afirmou que a situação está "sob controle" no Haiti.

A posição foi reiterada pelo atual presidente do CS, Augustine Mahiga (Tanzânia). Segundo ele, não há motivo para presumir o contrário, especialmente porque o Brasil tem o maior contingente.

Após a indicação oficial do Brasil do novo comandante da Minustah no Haiti, o general será sabatinado na sede da ONU em Nova York. Se for aprovado, seu nome será homologado pelo Departamento de Operações de Paz, ligado ao Conselho de Segurança.

O Brasil conseguiu nesta segunda-feira o apoio da comunidade internacional para continuar à frente da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti. Representantes dos Estados Unidos, França, Canadá, Argentina definiram, em teleconferência, que o melhor para o Haiti seria a continuidade da missão chefiada pelo Brasil.

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