Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/01/2006 - 22h43

Portugal elege o quarto presidente de sua história democrática

Publicidade

da Efe, em Lisboa

O vencedor das eleições do próximo domingo (22) será o quarto presidente constitucional de Portugal, o sexto desde a Revolução dos Cravos e o 16º desde a proclamação da Primeira República.

Sairá das urnas o substituto de Jorge Sampaio, que chegou ao Palácio de Belém em 1996, após ganhar do atual candidato de centro-direita, Aníbal Cavaco Silva, e foi reeleito cinco anos mais tarde.

Sampaio substituiu outro dos candidatos do próximo domingo, Mário Soares, chefe de Estado por dez anos depois de ser um dos fundadores do Partido Socialista, ministro e primeiro-ministro.

Soares sucedeu em 1986 o general António Ramalho Eanes, primeiro presidente eleito constitucionalmente em Portugal após a revolução que pôs fim a uma longa ditadura em 25 de abril de 1974.

Eanes ganhou em 1976 o primeiro turno das eleições, apesar de sua condição de militar e de sua inexperiência política.

Antes de Eanes, os chefes de Estado que ocuparam o Palácio de Belém depois da Revolução dos Cravos, os marechais António de Spínola e Francisco Costa Gomes, haviam sido designados pela Junta de Salvação Nacional encarregada de dirigir o processo de transição para a democracia.

A Primeira República portuguesa foi proclamada em outubro de 1910. Em agosto do ano seguinte, Manuel de Arriaga se transformou no primeiro presidente do país, substituindo Teófilo Braga, líder do Governo Provisório que preparou o novo sistema político.

Em 1915, Braga sucedeu Arriaga por alguns meses, pois aquele havia renunciado após um mandato dificultado pelas repetidas tentativas de restaurar a monarquia.

O terceiro presidente de Portugal foi Bernardino Machado, que após dois anos de mandato (1915-1917) foi derrubado por um golpe militar liderado por Sidónio Pais, que exerceu a Presidência até ser assassinado, em 1918.

Anos mais tarde, em 1925, Machado recuperou a Presidência, mas foi novamente derrubado por um golpe, seguido desta vez por uma ditadura militar que levaria ao regime autoritário chamado Estado Novo, liderado durante cerca de 40 anos por António de Oliveira Salazar.

Salazar entrou no Executivo português como ministro das Finanças, ocupou a chefia do governo de 1932 a 1968, e também exerceu o cargo de presidente entre a morte do marechal Óscar Carmona e Francisco Craveiro Lopes, em 1951.

No dia 25 de abril de 1974, a Revolução dos Cravos, um movimento militar, derrubou Américo Thomas, acabando com o salazarismo e abrindo o caminho para o regime democrático que perdura até hoje.

Leia mais
  • Divisão da esquerda deve levar Cavaco Silva a vitória em Portugal

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre eleições em Portugal
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página