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07/02/2006
-
19h01
da France Presse, em Porto Príncipe
As eleições no Haiti começaram tumultuadas, já que alguns locais de votação não abriram no horário previsto e provocaram tumulto devido ao grande número de pessoas reunidas, com um saldo preliminar de dois mortos, um por asfixia e outro por ataque cardíaco.
Várias pessoas ficaram feridas ou desmaiaram após serem arrastadas pela multidão que se reunia nos centros de votação.
Muitos eleitores levantaram bem antes do amanhecer e caminharam várias horas até os locais de votação, a fim de participar das primeiras eleições desde que o ex-presidente Jean Bertrand Aristide abandonou o país, arrasado pela violência, em 2002.
Durante a noite, não houve relatos de violência. "Tivemos uma noite muito calma, ao contrário da véspera de outras eleições haitianas", disse à imprensa Juan Gabriel Valdés, representante especial do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan.
Mas a tensão continua alta num país acossado por bandos armados, dominado pela pobreza e com um histórico de eleições fraudulentas e golpes de estado militares.
"Em Porto Príncipe morreram duas pessoas, uma de ataque cardíaco e a outra por asfixia", declarou a France Presse um funcionário da ONU que pediu anonimato, ao mesmo tempo em que atribuiu estas mortes à inexperiência dos haitianos e a seu frenesi em votar.
Segundo correspondentes da France Presse e rádios haitianas, pelo menos seis pessoas ficaram feridas.
Em outro centro de votação da capital, uma mulher sofreu queimaduras quando foi empurrada pela multidão para cima do cano de escapamento da moto de um policial.
A ira foi paulatinamente tomando conta das pessoas que se apresentaram cedo para votar diante da confusão e da desorganização.
A tensão aumentou especialmente nos arredores do violento bairro de Cité Soleil, onde os eleitores reclamavam irados: "Abram! Abram!".
Uma força policial e militar da ONU de cerca de 9.500 homens, que luta para restaurar a ordem desde a partida de Aristide, foi mobilizada através do país caribenho para proteger os centros de votação.
Nos bairros mais pobres da capital, a maioria apóia o ex-presidente René Préval, 63, que foi um aliado de Aristide e é favorito para vencer o pleito, segundo pesquisas de opinião.
"Todos aqui votaremos por Préval, o amamos", disse Arisme Junior, 22, que, assim como muitos outros que vivem no violento bairro de Cité Soleil, espera que haja mais trabalho após as eleições, A taxa de desemprego é de mais de 60%.
Aristide foi muito popular entre os haitianos pobres, que são mais de 77% dos 8,5 milhões de habitantes e que culpam Estados Unidos, França e Canadá por sua saída do poder.
Préval recebe pouco apoio dos haitianos de maior poder aquisitivo, que preferem o industrial Carlos Henry Baker, 50, ou o ex-presidente Leslie Manigat, 75.
As pesquisas apontam Préval com uma vantagem de pelo menos 27% sobre Baker e Manigat.
Se nenhum dos candidatos obtiver 50% dos votos, os dois primeiros disputarão um segundo turno.
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As eleições no Haiti começaram tumultuadas, já que alguns locais de votação não abriram no horário previsto e provocaram tumulto devido ao grande número de pessoas reunidas, com um saldo preliminar de dois mortos, um por asfixia e outro por ataque cardíaco.
Várias pessoas ficaram feridas ou desmaiaram após serem arrastadas pela multidão que se reunia nos centros de votação.
Muitos eleitores levantaram bem antes do amanhecer e caminharam várias horas até os locais de votação, a fim de participar das primeiras eleições desde que o ex-presidente Jean Bertrand Aristide abandonou o país, arrasado pela violência, em 2002.
Durante a noite, não houve relatos de violência. "Tivemos uma noite muito calma, ao contrário da véspera de outras eleições haitianas", disse à imprensa Juan Gabriel Valdés, representante especial do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan.
Mas a tensão continua alta num país acossado por bandos armados, dominado pela pobreza e com um histórico de eleições fraudulentas e golpes de estado militares.
"Em Porto Príncipe morreram duas pessoas, uma de ataque cardíaco e a outra por asfixia", declarou a France Presse um funcionário da ONU que pediu anonimato, ao mesmo tempo em que atribuiu estas mortes à inexperiência dos haitianos e a seu frenesi em votar.
Segundo correspondentes da France Presse e rádios haitianas, pelo menos seis pessoas ficaram feridas.
Em outro centro de votação da capital, uma mulher sofreu queimaduras quando foi empurrada pela multidão para cima do cano de escapamento da moto de um policial.
A ira foi paulatinamente tomando conta das pessoas que se apresentaram cedo para votar diante da confusão e da desorganização.
A tensão aumentou especialmente nos arredores do violento bairro de Cité Soleil, onde os eleitores reclamavam irados: "Abram! Abram!".
Uma força policial e militar da ONU de cerca de 9.500 homens, que luta para restaurar a ordem desde a partida de Aristide, foi mobilizada através do país caribenho para proteger os centros de votação.
Nos bairros mais pobres da capital, a maioria apóia o ex-presidente René Préval, 63, que foi um aliado de Aristide e é favorito para vencer o pleito, segundo pesquisas de opinião.
"Todos aqui votaremos por Préval, o amamos", disse Arisme Junior, 22, que, assim como muitos outros que vivem no violento bairro de Cité Soleil, espera que haja mais trabalho após as eleições, A taxa de desemprego é de mais de 60%.
Aristide foi muito popular entre os haitianos pobres, que são mais de 77% dos 8,5 milhões de habitantes e que culpam Estados Unidos, França e Canadá por sua saída do poder.
Préval recebe pouco apoio dos haitianos de maior poder aquisitivo, que preferem o industrial Carlos Henry Baker, 50, ou o ex-presidente Leslie Manigat, 75.
As pesquisas apontam Préval com uma vantagem de pelo menos 27% sobre Baker e Manigat.
Se nenhum dos candidatos obtiver 50% dos votos, os dois primeiros disputarão um segundo turno.
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