Publicidade
Publicidade
14/02/2006
-
16h28
da France Presse, em Nova York
da Folha Online
O Conselho de Segurança da ONU renovou por unanimidade nesta terça-feira o mandato da força de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti por pelo menos mais seis meses.
O conselho de 15 membros adotou a resolução proposta pela Argentina que estende o mandato da Minustah (Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti) até 15 de agosto "com a intenção de renovar por mais períodos".
A Minustah, que foi estabelecida em 2004 e está sob comando do Brasil, é formada por 7.500 soldados, entre eles mais de 1.200 brasileiros.
O conselho havia estendido o mandato no ano passado até 15 de fevereiro.
Apesar de as eleições presidencial e legislativa terem sido realizadas na terça-feira (7) em meio a um clima de relativa tranqüilidade, as Nações Unidas temem uma retirada precipitada, já que a segurança no país continua sendo muito precária, particularmente na capital, Porto Príncipe.
A resolução congratula os haitianos pelo sucesso no primeiro turno das eleições e expressa o total apoio aos esforços da Minustah em continuar ajudando as autoridades do país "a garantir a segurança e a estabilidade após as eleições".
Apuração
Nesta terça-feira, os haitianos continuavam esperando os resultados finais das eleições de 7 de fevereiro em meio a um clima de tensão, devido aos últimos dias de protestos.
O candidato que lidera a disputa pela Presidência do Haiti, o ex-presidente René Préval, afirmou nesta terça-feira que ocorreram "erros grosseiros e provavelmente uma gigantesca fraude" nas eleições do dia 7 de fevereiro.
Eleitores de Préval têm protestado contra os resultados parciais da apuração dos votos desde o final da semana passada, quando os números mostraram o ex-presidente abaixo da marca de 50%, o que levaria o pleito para um segundo turno.
"Nós queremos que o desejo do povo do Haiti seja respeitado", afirmou Préval em uma entrevista coletiva.
Préval, ex-aliado do presidente deposto Jean-Bertrand Aristide, deu as declarações após retornar a Porto Príncipe em meio a violentos protestos de seus partidários, que acusam as autoridades de manipular os votos a fim de evitar que ele vença no primeiro turno. Ontem, uma pessoa morreu e várias pessoas ficaram feridas em um tiroteio na capital.
"Nós estamos preocupados com a situação nas ruas, onde tem ocorrido atos violentos", afirmou o candidato depois de chegar de sua propriedade no interior do país.
Ontem, Préval reuniu-se com autoridades das Nações Unidas no Haiti e embaixadores dos Estados Unidos, França, Canadá e Brasil. "Nós queremos ver como poderemos salvar o processo", declarou ele.
Leslie Manigat, o candidato que está em segundo lugar na apuração, pediu nesta terça-feira respeito às "regras do jogo" e a realização de um segundo turno caso nenhum dos candidatos supere os 50% dos votos, segundo a agência France Presse.
Milhares de simpatizantes de Préval voltaram às ruas nesta terça-feira para se manifestar na capital haitiana, instalando barricadas e queimando pneus. Pouco a pouco, no entanto, foram dispersados de forma pacífica pelas tropas da Minustah.
Assim como ontem, quando foram registrados atos de violência, os manifestantes exigiam que os resultados finais das eleições realizadas há uma semana fossem anunciados e que Préval fosse proclamado novo presidente do país.
Leia mais
Amorim quer que ONU discuta situação no Haiti
ONU e autoridades haitianas pedem calma à população do país
Soldados da ONU disparam tiros para conter manifestantes no Haiti
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições no Haiti
Leia cobertura completa sobre as eleições no Haiti
Conselho de Segurança da ONU renova mandato da missão no Haiti
Publicidade
da Folha Online
O Conselho de Segurança da ONU renovou por unanimidade nesta terça-feira o mandato da força de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti por pelo menos mais seis meses.
O conselho de 15 membros adotou a resolução proposta pela Argentina que estende o mandato da Minustah (Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti) até 15 de agosto "com a intenção de renovar por mais períodos".
A Minustah, que foi estabelecida em 2004 e está sob comando do Brasil, é formada por 7.500 soldados, entre eles mais de 1.200 brasileiros.
O conselho havia estendido o mandato no ano passado até 15 de fevereiro.
Apesar de as eleições presidencial e legislativa terem sido realizadas na terça-feira (7) em meio a um clima de relativa tranqüilidade, as Nações Unidas temem uma retirada precipitada, já que a segurança no país continua sendo muito precária, particularmente na capital, Porto Príncipe.
A resolução congratula os haitianos pelo sucesso no primeiro turno das eleições e expressa o total apoio aos esforços da Minustah em continuar ajudando as autoridades do país "a garantir a segurança e a estabilidade após as eleições".
Apuração
Nesta terça-feira, os haitianos continuavam esperando os resultados finais das eleições de 7 de fevereiro em meio a um clima de tensão, devido aos últimos dias de protestos.
O candidato que lidera a disputa pela Presidência do Haiti, o ex-presidente René Préval, afirmou nesta terça-feira que ocorreram "erros grosseiros e provavelmente uma gigantesca fraude" nas eleições do dia 7 de fevereiro.
Eleitores de Préval têm protestado contra os resultados parciais da apuração dos votos desde o final da semana passada, quando os números mostraram o ex-presidente abaixo da marca de 50%, o que levaria o pleito para um segundo turno.
"Nós queremos que o desejo do povo do Haiti seja respeitado", afirmou Préval em uma entrevista coletiva.
Préval, ex-aliado do presidente deposto Jean-Bertrand Aristide, deu as declarações após retornar a Porto Príncipe em meio a violentos protestos de seus partidários, que acusam as autoridades de manipular os votos a fim de evitar que ele vença no primeiro turno. Ontem, uma pessoa morreu e várias pessoas ficaram feridas em um tiroteio na capital.
"Nós estamos preocupados com a situação nas ruas, onde tem ocorrido atos violentos", afirmou o candidato depois de chegar de sua propriedade no interior do país.
Ontem, Préval reuniu-se com autoridades das Nações Unidas no Haiti e embaixadores dos Estados Unidos, França, Canadá e Brasil. "Nós queremos ver como poderemos salvar o processo", declarou ele.
Leslie Manigat, o candidato que está em segundo lugar na apuração, pediu nesta terça-feira respeito às "regras do jogo" e a realização de um segundo turno caso nenhum dos candidatos supere os 50% dos votos, segundo a agência France Presse.
Milhares de simpatizantes de Préval voltaram às ruas nesta terça-feira para se manifestar na capital haitiana, instalando barricadas e queimando pneus. Pouco a pouco, no entanto, foram dispersados de forma pacífica pelas tropas da Minustah.
Assim como ontem, quando foram registrados atos de violência, os manifestantes exigiam que os resultados finais das eleições realizadas há uma semana fossem anunciados e que Préval fosse proclamado novo presidente do país.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice