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15/02/2006
-
18h06
da France Presse, em Washington
O Pentágono não confirmou a autenticidade das imagens levadas ao ar nesta quarta-feira por uma rede de TV australiana que mostram abusos na prisão iraquiana de Abu Ghraib, mas disse estar preocupado com a possibilidade de elas incitarem ainda mais a violência no mundo muçulmano.
"O Departamento [de Defesa] acredita que a veiculação de imagens pode apenas incitar desnecessariamente a violência no mundo e aumentar o perigo para nossos homens e mulheres militares que estão servindo em locais pelo mundo", disse Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono.
A rede pública de TV australiana SBS veiculou fotos e um vídeo feito em Abu Ghraib que mostra alguns prisioneiros cheios de sangue, outros sem roupa e um sujo com excrementos.
"Não tenho qualquer informação específica sobre estas imagens", disse Whitman.
No entanto, ele recordou que o Pentágono vem investigando todas as fotografias de abusos em Abu Ghraib que foram entregues às autoridades em 2004 pelo soldado Joseph Darby, que revelou o escândalo. "Há mais de 600 investigações criminais sobre abuso de presos", garantiu Whitman.
Apenas um pequeno número dessas imagens veio a público, e o Pentágono tenta evitar a publicação das outras 70 imagens sob alegação de que isso iria incitar a violência no mundo muçulmano. Whitman não soube dizer se algumas dessas imagens foram mostradas pela SBS.
As imagens vieram à tona num momento em que as tensões no mundo muçulmano já estão inflamadas, em virtude das charges sobre o profeta Maomé publicadas por um jornal dinamarquês e depois republicadas por outros periódicos europeus.
As investigações oficiais alegam que o abuso em Abu Ghraib ocorreu por quebra da disciplina, e não por uma política oficial de tratamento de presos.
Críticos têm ressaltado a falta de êxito em punir os líderes militares mais graduados e defendem uma investigação independente.
O oficial mais graduado punido pela crise foi a general Janis Karpinski, que comandou Abu Ghraib em 2003 e 2004, quando os abusos ocorreram.
Janis Karpinski foi retirada do comando e rebaixada a coronel depois que uma investigação determinou que ela era culpada de furto e negligência do dever. Ela afirmou ter sido escolhida como bode expiatório.
Em 2004, o Centro para Direitos Constitucionais e outras organizações de direitos humanos foram à Justiça pela liberação das fotografias proibidas sob alegação do Ato de Liberdade de Informação.
"Ninguém na cadeia de comando foi realmente punido por essas imagens horripilantes, e nunca uma comissão independente foi permitida a atuar, disse o diretor do Centro para Direitos Constitucionais, Bill Goodman.
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O Pentágono não confirmou a autenticidade das imagens levadas ao ar nesta quarta-feira por uma rede de TV australiana que mostram abusos na prisão iraquiana de Abu Ghraib, mas disse estar preocupado com a possibilidade de elas incitarem ainda mais a violência no mundo muçulmano.
"O Departamento [de Defesa] acredita que a veiculação de imagens pode apenas incitar desnecessariamente a violência no mundo e aumentar o perigo para nossos homens e mulheres militares que estão servindo em locais pelo mundo", disse Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono.
A rede pública de TV australiana SBS veiculou fotos e um vídeo feito em Abu Ghraib que mostra alguns prisioneiros cheios de sangue, outros sem roupa e um sujo com excrementos.
"Não tenho qualquer informação específica sobre estas imagens", disse Whitman.
No entanto, ele recordou que o Pentágono vem investigando todas as fotografias de abusos em Abu Ghraib que foram entregues às autoridades em 2004 pelo soldado Joseph Darby, que revelou o escândalo. "Há mais de 600 investigações criminais sobre abuso de presos", garantiu Whitman.
Apenas um pequeno número dessas imagens veio a público, e o Pentágono tenta evitar a publicação das outras 70 imagens sob alegação de que isso iria incitar a violência no mundo muçulmano. Whitman não soube dizer se algumas dessas imagens foram mostradas pela SBS.
As imagens vieram à tona num momento em que as tensões no mundo muçulmano já estão inflamadas, em virtude das charges sobre o profeta Maomé publicadas por um jornal dinamarquês e depois republicadas por outros periódicos europeus.
As investigações oficiais alegam que o abuso em Abu Ghraib ocorreu por quebra da disciplina, e não por uma política oficial de tratamento de presos.
Críticos têm ressaltado a falta de êxito em punir os líderes militares mais graduados e defendem uma investigação independente.
O oficial mais graduado punido pela crise foi a general Janis Karpinski, que comandou Abu Ghraib em 2003 e 2004, quando os abusos ocorreram.
Janis Karpinski foi retirada do comando e rebaixada a coronel depois que uma investigação determinou que ela era culpada de furto e negligência do dever. Ela afirmou ter sido escolhida como bode expiatório.
Em 2004, o Centro para Direitos Constitucionais e outras organizações de direitos humanos foram à Justiça pela liberação das fotografias proibidas sob alegação do Ato de Liberdade de Informação.
"Ninguém na cadeia de comando foi realmente punido por essas imagens horripilantes, e nunca uma comissão independente foi permitida a atuar, disse o diretor do Centro para Direitos Constitucionais, Bill Goodman.
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